Lula aperta a mão do senador paraguaio Robert Acevedo, que sofreu um atentado recentemente, durante uma reunião com o presidente do Paraguai, Fernando Lugo (centro), em Ponta Porã.
A presença do senador governista paraguaio Robert Acevedo - sobrevivente de um atentado promovido por traficantes há oito dias a alguns metros do local onde estavam os chefes de Estado nesta segunda-feira - deu um ar emotivo ao encontro.
Os presidentes instalaram uma placa em memória dessa reunião na avenida que serve de divisão entre os dois países. Posteriormente, eles se dirigiram à sede do 11° Batalhão de Cavalaria de Ponta Porã para discutir acordos contra a violência e outros assuntos pendentes sobre a hidrelétrica binacional Itaipu.
"Os traficantes se meteram com os governos de Brasil e Paraguai. Agora vamos enfrentá-los", disse Lula ao anunciar que ambos os países deverão encarar um combate frontal contra os traficantes.
O senador Acevedo admitiu à AFP que sua vida continua em perigo por conta das denúncias que fez. "Preciso que o governo me proteja, a mim e a minha família, para continuar vivo", declarou.
"Nem usando a violência contra um senador ou matando seus guarda-costas ou proferindo ameaças eles vão conseguir intimidar os governos de Brasil e Paraguai", disse Lula.
No atentado contra o senador paraguaio, dois guarda-costas do parlamentar morreram.
Acevedo afirmou que o narcotráfico movimenta em torno de US$ 50 milhõespor ano, apenas na fronteira entre Brasil e Paraguai.
"Se não determos (o tráfico) agora, essa região vai se tornar uma Ciudad Juárez (México) em pouco tempo", enfatizou.
Fonte: UOL
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