terça-feira, 4 de maio de 2010

Kehl: tortura, por que não ? Viva a bondade do brasileiro !


“Tortura, por que não ?”


“O assassinato de Pinheiro (o motoboy Eduardo Pinheiro assassinado dentro de um batalhão da PM de São Paulo – PHA) é mais uma prova trágica de que os crimes silenciados ao longo da história de um país tendem a se repetir. Em infeliz conluio com a passividade, perdão, bondade, geral.”

“ … a sociedade brasileira não está nem aí para a tortura cometida no país … a violência policial prosseguiu e cresceu no país, porque nós consentimos – desde que só vitime os sem-cidadania, digo: os pobres.”

“O argumento de que a nossa anistia foi ‘bilateral’ omite a grotesca desproporção das forças que lutavam contra a ditadura (inclusive os escolheram a via da luta armada) e o aparato repressivo dos governos militares. Os prisioneiros torturados não foram mortos em combate.”

“A tortura é crime contra a Humanidade, não anistiável pela nossa lei de 1979.”

“Mas somos um povo tão bom … Fomos o único país, entre as ferozes ditaduras latino-americanas dos anos 60 e 70, que não julgou seus generais nem seus torturadores.”

“A policia mata mais hoje do que no período militar. Mata porque pode matar. Mata porque nós continuamos a dizer tudo bem.”

Fonte: Paulo Henrique Amorim

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