segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Campanha defende mudança de atitude para conter violência

Será lançada, nesta segunda-feira, em Brasília, a “Campanha Ponto Final pelo Fim da Violência contra Mulheres e Meninas”, antecipando o Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, a ser celebrado na quinta-feira, dia 25. A Ponto Final busca mudar as atitudes e crenças sociais relacionadas à discriminação e desigualdade de gênero que sustentam e promovem a violência contra as mulheres. Sua proposta, além de estimular a punição dos agressores, busca compreender como a violência ocorre e os grandes danos que produz para procurar formas de convivência baseadas no respeito.

A campanha, que será veiculada em comerciais de televisão e três vídeos na internet, já recebeu apoio prévio, em todos os estados brasileiros, de entidades, associações e movimento de mulheres como a Associação Brasileira de Enfermagem, a União Brasileira de Mulheres, a Articulação de Mulheres Brasileiras, o Observatório pela Aplicação da Lei Maria da Penha, o Observatório das Favelas do Rio de Janeiro, a Plataforma Dhesca Brasil, a Rede de Mulheres Negras do Paraná, Themis, Maria Mulher, Organização de Mulheres Negras e Associação Comunitária do Campo da Tuca de Porto Alegre.

O evento acontece no auditório da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) e contará com a participação da ministra da pasta, Nilcéa Freire, e também de representantes dos Ministérios da Saúde, Educação e Cultura, de agências das Nações Unidas no Brasil, da sociedade civil e de parlamentares.

Após a promulgação da Lei Maria da Penha, em agosto de 2006, a Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180) efetuou cerca de um milhão de atendimentos até 2009. Durante o Governo Lula, o número de delegacias ou postos especializados passou de 248 para 421; os centros de referência, de 39 para 149; e as casas de abrigo, de 42 para 68. Neste período, foram criadas 147 defensorias, juizados e varas especializadas e 19 núcleos no Ministério Público. O atual governo também trabalha na capacitação de profissionais de educação e gestores estaduais e municipais nos temas gênero, raça, etnia e violência. Mais de 51,3 mil pessoas já passaram por esses cursos.

A coordenação da campanha está a cargo da Rede de Mulheres Latinoamericanas e do Caribe, com o apoio da OXFAM– sigla pela qual é conhecido o Comitê de Oxford de Combate à Fome, confederação de 13 organizações que atua em mais de 100 países na busca de soluções para o problema da pobreza e da injustiça. No Brasil, a campanha envolve a Rede Feminista de Saúde Direitos Sexuais e Reprodutivos, em parceria com a Rede de Homens pela Equidade de Gênero(RHEG), Ações de Gênero Cidadania e Desenvolvimento (Agende) e Coletivo Feminino Plural.

Fonte: Brasília Confidencial

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