sexta-feira, 30 de abril de 2010

Não podemos perder o rumo - Se você não assitiu, assita e deixa ele falar por nós.

Chávez conquista 100 mil seguidores no Twitter em dois dias



O presidente de Venezuela, Hugo Chávez, conquistou cerca de 100 mil seguidores na rede social Twitter em apenas dois dias. Nesta quinta-feira (29), o líder do executivo escreveu em seu perfil (@chavezcandanga) que "esta tem sido uma explosão inesperada". Na quarta-feira (28), em sua primeira mensagem, Chávez escreveu sobre a viagem que fez ao Brasil para se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

UOL

Como os brucutus do Serra operam a internet

Do site do Paulo Henrique Amorim

Voto aos 16, construindo um novo país

A juventude é um dos pilares de sustentação da democracia. Aqui no nosso país, então, isso é ainda mais forte. Na história do Brasil, a juventude sempre esteve na linha de frente das lutas democráticas e progressistas, seja nas batalhas diretamente políticas, seja naquelas culturais e comportamentais. Foi assim na luta pela Independência, com Tiradentes e os poetas mineiros; no enfrentamento da escravidão, onde jovens líderes enfrentaram os grandes fazendeiros e seus capitães-do-mato; na queda da República Velha, com participação decisiva dos jovens tenentes; no combate ao Estado Novo.

No período histórico mais recente, foi a nossa juventude a ponta de lança no combate à ditadura instalada no Brasil pelo golpe militar de 1964. Moços e moças idealistas, que queriam mudar o país e o mundo, viver num planeta de paz e prosperidade, sem guerras, onde reinassem a paz e o amor.

Muitos deles hoje nos orgulham de pertencer ao nosso partido, o PT. Inclusive a nossa candidata a presidenta, a companheira Dilma Rousseff.

Em todos, os cabelos rarearam e estão brancos, a vida deixou rugas. Mas o brilho nos olhos é o mesmo: todos nós temos orgulho de integrar um partido e apoiar um governo, o do Presidente Lula, que está mudando a vida dos mais pobres e defendendo a soberania nacional.

A juventude também exerceu o protagonismo no movimento das Diretas-Já e no processo de luta de massas que conquistou o impeachment do ex-presidente Fernando Collor. Por isso, fica meu apelo aos jovens: aproveitem o avanço democrático que as forças progressistas conseguiram incluir na Constituição, que é o voto aos 16 anos. Vão até os cartórios eleitorais, até o dia 5 de maio, e façam seu título de eleitor. Um novo país que se constrói precisa de sua juventude. Ela não é só o futuro; é o presente de um Brasil orgulhoso, que acredita em si mesmo, sabe que tem problemas, mas os enfrenta de cabeça erguida, porque sabem que tem potencial para resolvê-los. Mas não se limitem ao voto; juntem-se e participem cotidianamente desta construção. Vamos à luta.

*Hamilton Pereira é deputado estadual pelo PT-SP

Michael Moore: Lula quer "sonho americano" para o Brasil

Presidente brasileiro é "um filho legítimo da classe trabalhadora da América Latina", diz artigo

 A revista norte-americana Time colocou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como um dos líderes mais influentes do mundo. Em texto assinado pelo documentarista norte-americano Michael Moore, a Time qualifica Lula como "um filho legítimo da classe trabalhadora da América Latina" e lembra alguns aspectos de sua trajetória.


Leia a íntegra do texto de Michael Moore:

Luiz Inácio Lula da Silva, por Michael Moore*

Quando os brasileiros elegeram pela primeira vez Luiz Inácio Lula da Silva como presidente, em 2002, os barões do roubo checaram, nervosos, quanto havia de combustível nos tanques de seus jatinhos particulares. Eles haviam transformado o Brasil em um dos mais lugares mais socialmente desiguais da Terra — e agora parecia que era chegada a hora da vingança.

Lula, 64 anos, era um filho genuíno da classe trabalhadora latino-americana — na verdade, um membro fundador do Partido dos Trabalhadores — que, em uma ocasião, chegou a ser preso por liderar uma greve.

Na época em que Lula finalmente chegou à Presidência, após três tentativas sem sucesso, ele era uma figura familiar na vida nacional brasileira. Mas o que o guiou até a política? Teria sido seu conhecimento pessoal de o quanto muitos dos brasileiros precisam trabalhar apenas para sobreviver? Ser obrigado a deixar a escola após a quinta série para sustentar a família? Ter trabalhado como engraxate? Ter perdido parte de um dedo em um acidente de trabalho?

Não. Foi quando, aos 25 anos, ele assistiu a primeira mulher, Maria, morrer durante o oitavo mês de gravidez, junto com o filho que carregava, porque eles não podiam pagar por atendimento médico decente.

Há nisso uma lição para os bilionários do mundo: dê ao povo um bom atendimento em saúde e eles lhe causarão bem menos problemas.

E há também uma lição para o resto de nós: a grande ironia na Presidência de Lula (ele foi eleito em 2006 para um segundo mandato, que se encerra neste ano) é que, ao mesmo tempo em que ele tenta propulsar o Brasil em direção ao primeiro mundo com programas sociais como o Fome Zero, projetado para erradicar a fome, e com planos para melhorar a educação disponível para os membros da classe trabalhadora do país, os Estados Unidos parecem mais, a cada dia, com o que costumava ser o Terceiro Mundo.

O que Lula quer para o Brasil é o que nós chamávamos de "sonho americano". Em constraste, nós nos Estados Unidos, onde agora o 1% mais rico possui mais saúde financeira do que 95% do restante da população combinada, estamos vivendo em uma sociedade que rapidamente está se tornando mais semelhante ao Brasil.

*O último filme de Moore é "Capitalismo: Uma História de Amor".

Tradução: Fernanda Grabauska

Fonte: Jornal Zero Hora

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Chega de Hospitais Psiquiátricos! O portador de transtorno mental tem que ser tratado e não torturado.

“Justiça considera culpados dois agentes por morte de jovem preso em hospital psiquiátrico. Réus ficarão em liberdade.



por Natalia Von Korsch

Rio – Onze anos e 11 dias após o assassinato de Ricardo Gilson, 22, no hospital psiquiátrico em que estava preso, dois dos quatro acusados pelo crime foram condenados, ontem, a 15 anos de prisão. Os agentes penitenciários Jorge José Rigueira da Paixão e Eustáquio Cirino de Souza foram condenados em júri popular por homicídio triplamente qualificado e perderão os cargos.

Mas, até que todos os recursos da defesa sejam esgotados, os réus permanecerão em liberdade e trabalhando. Os outros dois acusados, José Nivaldo Melo, que era chefe de segurança do Hospital Psiquiátrico Fábio Soares Maciel, no Complexo da Frei Caneca, no Catumbi, e a médica Cali Gagliasso Barbosa foram absolvidos.

Após comemorar durante o dia a decisão, a mãe do jovem, Carmem Gilson, lamentou o que chamou de ‘falha da nossa Justiça ultrapassada’ por manter os condenados em liberdade até o fim do processo: “É um balde de água fria. Ganhei, mas não levei. Agora vou esperar mais quanto tempo para ver os culpados pela morte do meu filho atrás das grades? De qualquer forma, foi uma vitória. Pequena, mas uma vitória”.

Nesses 11 anos, Carmem integrou grupos de mães que lutam por justiça e participou ativamente de todo o processo — cobrando da polícia e do Ministério Público — para não deixar o caso ser esquecido. Ela ainda contratou advogados para auxiliar a promotoria.

Quarta-feira, a novelista Glória Perez publicou em seu blog mensagem de Carmem e deu força para a amiga: “Eu a conheço há muitos anos, dessa batalha dura e cotidiana das mães que buscam justiça para seus filhos. Só quem vive sabe”.

Carmem assistiu às oito horas de julgamento usando camisa com a foto de Ricardo e os dizeres de Madre Teresa de Calcutá — “Uma nação que mata seus filhos é uma nação sem futuro” — impressos. “Demorou, mas Deus me ajudou a perdoar os agentes. Só que meu filho não volta mais e os responsáveis têm de pagar”, afirmou. “Dedico essa vitória às mães mais humildes, moradoras de comunidades carentes, que têm medo de denunciar e sofrer represálias”, concluiu.”

Fonte: Observatório de Saúde Mental

PSDB SE OPÕE À PARTICIPAÇÃO SOCIAL


Para muitos pode parecer incompreensível a resistência do governo do PSDB de realizar em São Paulo a Conferência Estadual de Saúde Mental. Por decisão do Conselho Nacional de Saúde, será realizada a IV Conferência Nacional de Saúde Mental, precedida de etapas municipais e estaduais. Em nosso estado, os municípios vêm realizando suas conferências e elegendo delegados em um quadro de incerteza, uma vez que a Secretaria de Estado da Saúde resiste e ainda não confirmou a realização da etapa estadual. Tal atitude está em desacordo com deliberação do Conselho Estadual de Saúde e gera crise político-administrat iva dentro da própria instituição com dirigentes e trabalhadores que atuam na área e que defendem sua realização. O que estará por trás disso?

A primeira tentativa oficial de explicação é que o processo estaria sendo imposto de cima para baixo, a partir do plano federal, e que tal evento não estaria de acordo com o cronograma e prioridades da Secretaria de Estado da Saúde em São Paulo. Explicação que não convence, pois a iniciativa foi aprovada em colegiado plural e referendada em órgãos interinstitucionais do SUS, como a tripartite e a bipartite. Outra, é que o momento seria inoportuno, por se tratar de um ano em que teremos eleições praticamente gerais no país. Ocorre que ela será realizada no primeiro semestre e eleições nunca foram fator impeditivo de realização das conferências. Ao contrário, a sistematização de ideias e propostas decorrentes de uma análise das experiências em curso deve levar à elaboração de documento a ser oferecido às candidatas e aos candidatos majoritários como contribuição ao debate e aos respectivos programas de governo.

A Conferência de Saúde Mental abre novas perspectivas ao assumir-se com caráter intersetorial e estabelece um novo marco de exigências para futuras conferências gerais e temáticas, sendo necessário que os critérios de participação de áreas afins à saúde sejam melhor estudados para não ferir a paridade desejada. Enquanto o governo Lula realiza dezenas de conferências para estimular a participação social, visando à democratização do Estado e das políticas públicas, o governo do PSDB em São Paulo cria dificuldades para a concretização desse direito constitucional. Uma diretriz do SUS, expressa na Lei 8.142/90, que não deveria estar em discussão. Da mesma forma que a existência de conselhos gestores em unidades de saúde. Também neste caso, Alckmin e Serra andaram na contramão da Reforma Sanitária ao, respectivamente, vetar e ingressar com Ação de Declaração de Inconstitucionalida de, diante da promulgação pelo parlamento paulista da Lei n.º 12.516/07, que Roberto Gouveia e eu apro vamos na Assembleia Legislativa para instituir esses colegiados nas unidades sob gestão estadual. Conselhos gestores que já são realidade em muitos municípios brasileiros, inclusive na cidade de São Paulo.

Herança tucana: São Paulo tem cidades ilhadas por pedágios

A implantação de 227 praças de pedágio só no estado de São Paulo deixou cidades como Bauru, Campinas e a própria capital paulista "ilhadas" por praças de cobrança. Todos os veículos, incluinco caminhões, ônibus, automóveis de passeio e motocicletas pagam ao passar por esses pontos.

Campinas, a 92 quilômetros de São Paulo, é o principal exemplo no estado. A cidade tem sete pedágios ao redor. Para ir à vizinha Indaiatuba, um morador de Campinas paga R$ 8,80 de pedágio. Para Capivari, o custo é de R$ 4. Até Americana, gasta-se R$ 5,40. O trajeto até Cosmópolis fica em R$ 5,20. No caso de Itatiba, o gasto é de R$ 5,60.

O trajeto mais caro é o de Campinas a Jaguariúna, em que um carro de passeio gasta R$ 7,90 para percorrer aproximadamente 31 quilômetros. Para ir a São Paulo, um campineiro deixa nas praças de pedágios R$ 12,20 em 92 quilômetros.

Bauru cercada por pedágios

A população de Bauru no Oeste paulista enfrenta problema semelhante. O acesso a várias cidades vizinhas envolve passar pelos postos de cobrança. Uma visita ao distrito de Brasília Paulista, parte de Piratininga, a 22 quilômetros, custa R$ 3. Ir a Pirajuí, sai por R$ 6,80 por 51 quilômetros. Cerca de 33 quilômetros depois, o motorista paga mais R$ 3,20.

Uma comerciante de Bauru que fizer compras de calçados em Jaú, a 57 km, deixa R$ 7,30 no pedágio na ida e o mesmo valor na volta.

Já quem for ao médico no Hospital da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Botucatu paga três vezes, num total de R$ 10,60. O primeiro deles fica a menos de 50 quilômetros de Bauru, na cidade de Agudos, o segundo em Areiópolis e o terceiro em Botucatu. Ida e volta fica em R$ 21,20.

Só estão livres de pedágio os motoristas que se deslocam pela rodovia Cezario José de Castilho (SP-321) para Iacanga ou na rodovia comandante João Ribeiro de Barros (SP-294) para Duartina ou Marília.

Mapa da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) mostra que quatro rodovias estaduais e três federais partem de São Paulo, além das praças no trecho Oeste do Rodoanel.

Acir Mezzadri, coordenador do "Fórum Nacional Contra o Pedágio", ironiza a situação de São Paulo: "Logo teremos pedágios no caminho da roça, é uma aberração".

Segundo o professor de Economia da Universidade Federal Fluminense (RJ) Carlos Enrique Guanziroli, os pedágios aumentam os custos de alimentos e materiais de construção e podem levar empresas à falência. "Quando você coloca pedágio, as pessoas procuram outro shopping, outro restaurante onde não haja essa cobrança. Algumas empresas poderiam entrar em falência", diz o especialista.

Para Francisco Pelucio, do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de São Paulo e região (Setcesp), no final das contas o ônus do pedágio recai sobre o consumidor final. "O frete mais o pedágio encarecem o produto, e o custo é embutido no preço de venda. Quem realmente paga é o consumidor", afirma.

Fonte: Sindicato dos Psicólogos do Esatdo de Saõ Paulo

Como sempre, Igreja preconceituosa

CNBB critica adoção de crianças por casais homossexuais


A adoção por casais homossexuais não permite que a criança cresça em um ambiente familiar formado por pai e mãe, segundo o padre Luiz Antônio Bento, assessor da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O direito à adoção por casais gays foi reconhecido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em decisão inédita.

De acordo com o padre, nem sempre o que é legal é moral e ético. Para ele, as crianças têm o direito de conviver com as figuras masculinas e feminina no papel de pais. O pastor Paulo Freire, da igreja evangélica Assembleia de Deus, tem posição semelhante à do padre Bento. "A criança precisa da figura do pai e da mãe para entender a vida", disse. Toni Reis, presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), afirma que as críticas à decisão do STJ incitam o preconceito.

Fonte: Contexto Livre

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Estado é responsável por violência nas escolas

Hamilton Pereira critica omissão do Governo do Estado em relação a programas de combate à violência nas escolas

O deputado estadual Hamilton Pereira (PT) responsabiliza o governo do estado de São Paulo pela incidência de atos de violência nas escolas da rede. A manifestação do parlamentar se deu a partir de uma matéria veiculada no telejornal "Bom Dia São Paulo", retratando o caso da escola "Reverendo Ovídio Antônio de Souza", de Sorocaba, que no último final de semana foi invadida e depredada pela 30ª vez desde 2006.


Hamilton Pereira lembra que 2006 foi o ano em que o então governador José Serra anunciou como primeira medida de seu governo para a área da educação o corte de 50% no orçamento estadual para o "Escola da Família". Segundo o deputado, o corte levou à extinção do Programa em 2.882 escolas de todo o estado, sendo que em Sorocaba afetou praticamente 60% das escolas estaduais (49 das 82 unidades de ensino).

A escola de Sorocaba foi invadida durante o final de semana quando encontrava-se fechada. Pelo menos quatro salas de aula foram depredadas, armários foram quebrados e tinta e óleo foram despejados nas carteiras e lousas. Segundo Hamilton Pereira, declaração da diretora da escola à imprensa comprova o equívoco de manter a escola fechada. Disse a diretora ao jornal Bom Dia Sorocaba: "é comum ver menores brincando na quadra da escola no final de semana, até tarde da noite".

"Desde que iniciamos a elaboração do Projeto que veio a ser adotado pelo Governo do Estado como Escola da Família, partimos da constatação de que a maior parte das agressões feitas às unidades escolares partem de jovens e pessoas que de alguma forma já estiveram ou estão ligadas à unidade, porém, se sentem excluídas", explica Hamilton. "Usamos dados de pesquisas feitas diretamente nas unidades escolares, porém, o Governo do Estado se recusa a ouvir tais informações e, por isso, deveria ser responsabilizado pelos problemas que atingem as escolas pela sua omissão", completa.

O deputado Hamilton é autor da Lei 10.312/99, que deu origem ao Programa "Escola da Família". O parlamentar está elaborando um novo Projeto de Lei para acrescentar à Lei do Escola da Família artigos que prevêem a integração de diferentes secretarias de Estado, técnicos, comunidade escolar e entidades da sociedade civil organizada.

Os referidos artigos, vetados na ocasião da aprovação da Lei pelo então governador Mário Covas (PSDB), são "fundamentais", segundo Hamilton Pereira, para a eficiência do Programa. O novo projeto irá propor que o Programa de Combate à Violência nas Escolas seja desenvolvido através dos núcleos Central e Regionais, além dos grupos de trabalho. "A ideia é que o Programa seja desenvolvido sob uma coordenação organizada conforme a lógica da própria secretaria estadual da educação, que possui suas diretorias regionais", observa o deputado Hamilton.

"A ausência dessa integralidade de ações já era um dificultador da eficiência do Programa, afinal, nossa proposta inicial não se resumia à simples abertura das escolas aos finais de semana", observa Hamilton. "Agora, o corte de 50% dos recursos foi uma brutalidade, um verdadeiro assassinato do Programa e as consequências são as que estamos testemunhando hoje e, por isso, estou convicto da necessidade de responsabilização do Governo do Estado", conclui.

Confira matéria do Bom Dia São Paulo sobre o caso de Sorocaba.

Hamilton Pereira

terça-feira, 27 de abril de 2010

Sorocaba cresce porque o Brasil cresce

O Cruzeiro do Sul de 22/04 trouxe a seguinte manchete: "Construção civil tem recorde de empregos". Na capa do caderno C1, reportagem do jornalista Rodrigo Gasparini informa que "Sorocaba bateu o recorde histórico na geração de empregos formais (com carteira assinada) no setor de construção civil". E conta que, segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon), a região Sorocaba fechou fevereiro com 73.792 trabalhadores no setor, que acumula um crescimento de 7,6% entre março de 2009 e fevereiro de 2010.


São números muito bons, mas que não devem ser tomados isoladamente, sob pena de perdermos a visão de conjunto. A realidade inquestionável é que a inflexão no rumo do desenvolvimento econômico do país, promovida pelo Governo Lula, gerou cerca de 12 milhões de empregos com carteira assinada. Todos os ramos da economia e todos os estados e cidades do Brasil, além do conjunto da população, beneficiaram-se do crescimento, aliado à distribuição de renda, promovido pelo Estado brasileiro.

Ficou no passado - que anda querendo voltar - a concepção monetarista e neoliberal segundo a qual o Brasil estaria destinado a ser um país de segunda linha. Não é. O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva - que, segundo ele mesmo, ia ser um "mascate para vender o Brasil no mundo" - mostrou que é plenamente possível crescer a distribuir renda ao mesmo tempo.

A política econômica, aliada às políticas sociais, gerou um mercado interno fabuloso. Nestes sete anos, mais de 23 milhões de pessoas migraram das classes socioeconômicas E e D para a C e passaram a consumir, gerando um ciclo virtuoso muito positivo para o Brasil. O consumo puxou o emprego, que, por sua vez, elevou o consumo, fazendo as empresas contratarem mais. O problema, agora, passa a ser a falta de mão de obra mais qualificada, de técnicos e engenheiros. Por isso, o governo federal está investindo pesado nas universidades públicas e nas escolas técnicas federais. Sorocaba e região vão se beneficiar desta política, com a UFSCar e uma nova cefet.

No caso específico da construção civil, o programa Minha Casa, Minha Vida - depois de décadas de afastamento dos governos brasileiros de políticas efetivas de habitação popular - fez "bombar" as construtoras. Ao lado disto, programas de saneamento básico e de infraestrutura elevaram a contratação na indústria da construção pesada.

Então, é verdade que o emprego em Sorocaba e região bate recordes históricos sucessivos. Mas não vamos esquecer que isso é fruto do projeto político e do governo do PT e seus aliados. Os outros, que privatizaram e desmontaram grande parte do estado brasileiro, apontam para um caminho diferente: a integração subordinada do país à economia internacional. Os resultados destes dois projetos, que voltarão a se enfrentar nas eleições de outubro, são visíveis e podem ser comparados ponto a ponto. A escolha será do povo brasileiro.

Hamilton Pereira

Procurador denuncia “grave omissão” do Governo Goldman sobre matança no litoral

O procurador do Estado, Antonio Mafezzoli, acusou ontem o Governo Alberto Goldman (PSDB) de se omitir na investigação sobre a matança de jovens na Baixada Santista. Desde o início da semana passada, 23 pessoas, a maioria delas jovens e sem antecedentes criminais, foram assassinadas em cidades do litoral paulista e outras 12 foram feridas a bala. Segundo o procurador, a mortandade no litoral faz lembrar episódios ocorridos em maio de 2006, quando nove pessoas foram mortas em represália da polícia a ataques da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).


“A violência atingiu de novo um grau desproporcional, sem que a polícia tomasse qualquer providência para apurar a autoria dos crimes. O serviço de inteligência da Polícia Civil já deveria estar levantando a identidade dos autores, que não podem ficar impunes”, reclamou Mafezzoli.

De acordo com o procurador, a polícia paulista está agindo como se os assassinatos praticados em diferentes cidades da Baixada Santista não estivessem interrelacionados.

“Boa parte desses crimes foi praticada por ninjas encapuzados, utilizando motos e armamentos de alto calibre, que decidem fazer justiça com as próprias mãos, assassinando jovens inocentes, que nem tinham passagens pela polícia. Há uma grave omissão do Estado, complacente com este tipo de procedimento”.

Mafezzoli acredita que a impunidade dos autores dos assassinatos de jovens em 2006 incentivou o reaparecimento de uma espécie de grupo de extermínio.

“Nem exames de balística foram realizados pelo Instituto de Criminalística. A maneira de agir destes grupos é semelhante agora à de 2006. Sempre que há morte de algum policial, se realiza uma espécie de vingança contra jovens negros e pobres da periferia das cidades da Baixada Santista, como se assim se desse o exemplo, Tudo leva a crer que sejam policiais os autores dos crimes”, analisa o procurador.

O grupo Tortura Nunca Mais de São Paulo divulgou nota de protesto contra o “crescente número de execuções sumárias ocorridas nos últimos dias na Baixada Santista, nas cidades de Santos, São Vicente, Praia Grande e Guarujá”. A nota afirma que “a exemplo dos Crimes de Maio de 2006, quando a Baixada Santista viu a barbárie de perto, nova onda de assassinatos volta a ocorrer neste mês de abril em que mais de 20 pessoas – na quase totalidade jovens – foram mortas com sinais de execução”.

O Tortura Nunca Mais reclama providências imediatas das autoridades, com abertura de inquéritos e identificação dos criminosos, e diz que “desde 2006 vários processos sobre crimes com as mesmas características estão sendo arquivados por ‘falta de provas’ ou ‘resistência seguida de morte’. A entidade exige “o desarquivamento desses casos e a punição dos criminosos de 2006 e de 2010”.

Fonte: Brasilia Confidencial

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Serra acha “normal” conviver com nordestino. Como seria “anormal”? Tapar o nariz?


Por Paulo Henrique Amorim,

Ze Pedagio gosta tanto de Pobres e Nordestinos, que ao tentar justificar o injustificavel comete gafe. Olha a perola:


A peróla de Serra em Natal

O jornalista Heverton de Freitas que acompanhou a visita do presidenciável José Serra ao RN, na tarde desta quinta-feira 22), para o Novo Jornal, postou no twitter a observação que merece o registro.

Disse Heverton: Querendo agradar aos nordestinos, Serra foi buscar nas lembranças da Mooca em São Paulo a presença de muitos nordestinos com quem convivia. E soltou essa pérola: “Eu estava na escola pública e convivia com eles (os nordestinos) numa total normalidade”.

Grifo nosso: Certamente, o presidenciável José Serra acredita que os nordestinos são de uma espécie diferente da dele. Deve ser!

Os critérios da esquerda nas eleições

As referências estratégicas para uma análise de esquerda dos governos são a inserção internacional e o enfrentamento do neoliberalismo. A hegemonia imperial norteamericana e o modelo neoliberal são os dois pilares fundamentais de sustentação de um mundo violento e injusto.


A caracterização de governos latinoamericanos como progressistas ou de direita, vem daí. A liquidação da Alca – Área de Livre Comércio das Americas, que os EUA e o governo FHC tentavam impor ao continente e que foi derrotada com a participação decisiva do governo Lula – e a prioridade das alianças estratégicas com países da região – mediante os processos de integração regional, do Mercosul à Alba, passando pelo Banco do Sul, pela Unasul, pelo Conselho Sulamericano de Defesa, entre outros – e das alianças com o Sul do mundo – de que os Brics são a expressão mais clara – redefiniu o lugar do Brasil no mundo, conquistou mais espaços de soberania para que definamos de forma autônoma nosso destino.

Um governo de direita – como o de FHC e os propostos por Alckmin e por Serra – centrava nossa inserção internacional na aliança subordinada com os EUA e com os países do centro do capitalismo – os que foram colonizadores e agora são imperialistas e globalizadores -, nos distanciando da América Latina e do Sul do mundo – Ásia e África. É a política de um país como o México – cuja eleição, fraudada, do presidente atual, foi saudada por Alckmin na campanha de 2002, com o caminho que desejam para o Brasil e que levou à bancarrota atual daquele país, situação similar à que teríamos, caso tivessem ganho os tucanos naquela oportunidade.

Graças à derrota tucana, nos livramos da Alca, dos Tratados de Livre Comercio com os EUA e de termos atrelado nossa economia aos países que se tornaram os epicentros da crise internacional. Ao contrário, diversificamos nosso comércio exterior com o Sul do mundo – a China se tornou o primeiro parceiro comercial do Brasil, deslocando, pela primeira vez, os EUA dessa posição – e com os países da região.

Essa reinserção internacional é um dos avanços estratégicos que tem que ser considerados prioritariamente pela esquerda, cuja luta por enfraquecer a hegemonia imperial norteamericana e trabalhar por um mundo multipolar, é uma das marcas que a caracteriza como esquerda no período histórico atual.

Quando o candidato tucano fala em sair ou enfraquecer ainda mais o Mercosul – ainda mais quando a Venezuela ingressa -, em terminar com as alianças com o Sul do mundo para restabelecê-las – obrigatoriamente de maneira subordinada e vulnerando nossa soberania – com as potências centrais do capitalismo, não apenas quer restabelecer nossa posição subordinada e de perfil baixo no mundo, mas também retomar as condições da falta de autonomia para nossas políticas internas. Embora queira aparecer como continuidade do governo Lula – sabendo que, eleitoralmente, será derrotado, se aparecer como opositor frontal -, o candidato tucano vai deixando escapar o que realmente pretenderia fazer, caso ganhasse. A inserção internacional do Brasil seria radicalmente reformulada, em detrimento da prioridade de alianças regionais e com o Sul do mundo, vulnerando assim abertamente as condições de soberania, que são condição não apenas da nossa força externa, mas também da nossa autonomia para desenvolver nossas políticas internas.

Aqui entra o segundo ponto: a avaliação de políticas e de governos, conforme se coloquem a favor ou contra o modelo neoliberal. O governo FHC, depois do fracasso do governo Collor e da retomada do projeto neoliberal pelo governo Itamar, representou o mais coerente projeto neoliberal que o país conheceu, promovendo a desregulamentação e a mercantilização de forma generalizadas. Debilitou o papel do Estado em todos os planos, promoveu privatizações corruptas do patrimônio público, abertura acelerada da economia, proteção do capital financeiro, promoção das políticas de livre comercio no plano externo, exemplificadas no seu mais alto nível na promoção da Alca, precarização das relações de trabalho – com a maioria dos brasileiros passando a não dispor de carteira de trabalho -, entre outros atentados aos direitos sociais, à igualdade e justiça sociais, à democracia e à soberania do Brasil. Expropriou direitos em favor do mercado e da mercantilização, na educação, na saúde, na cultura, em tudo o que pôde.

O governo Lula freou o processo de privatizações – que teria avançado para a Petrobras, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica, a Eletrobrás, caso os tucanos seguissem governando -, retomou a temática do desenvolvimento econômico, como central, aliada indissoluvelmente à extensão dos direitos econômicos e sociais da grande maioria dos brasileiros, situados na pobreza e na miséria, retomou o papel central do Estado na indução do crescimento econômico e da distribuição de renda, brecou o processo de privatização da educação, fortalecendo as universidades publicas, entre outras ações, todas na contramão do modelo neoliberal. Fortaleceu direitos, promoveu a desmercantilização, avançou na democratização das nossas relações sociais e econômicas, como nenhum outro governo tinha feito.

São essas duas referências que dão o caráter da candidatura da Dilma para a esquerda: reinserção internacional do Brasil, fortalecendo os processos de integração regional e as alianças com o Sul do mundo, e enfraquecimento do processo de mercantilizacao desenfreada promovido pelos tucanos, fortalecendo os direitos, a esfera pública, o papel regulador e indutor do crescimento e dos direitos sociais do Estado.

Quem se propõe a afetar a soberania do Brasil e a questionar ações centrais para a retomada do tema do desenvolvimento – abolida e substituído pelo do ajuste fiscal pelos tucanos -, tentando desqualificar o PAC, prega o maior retrocesso que o Brasil poderia ter hoje, retomando temas jurásicos como as alianças prioritárias com os EUA, o abandono dos processos de integração regional na America Latina e no Sul do mundo.

Daí a polarização entre o campo progressista e o de direita nas eleições deste ano. Qualquer postura que pregue a anulação das diferenças substanciais entre os dois campos, desconhece a realidade objetiva, tenta fazer passar seus desejos com a realidade, e a ameaça cometer de novo o gravíssimo erro estratégico de fazer o jogo da direita, ao considerar – como fizeram em 2006, que Alckmin e Lula seriam iguais, sem que tenham feito autocrítica, por exemplo, sobre o que seria do Brasil na crise, sob direção tucano-demista – de que em um segundo turno se absteriam. A definição da posição no segundo turno deve ser feita desde hoje – pelos candidatos da extrema esquerda, assim como por Marina -, e revela a inserção de cada candidatura no campo da esquerda ou não.

A vitória do campo popular permitirá impor uma derrota estratégica à direita, mandará para a aposentadoria uma geração de políticos de direita, abrirá espaço para a saída definitiva do modelo neoliberal e a construção de um país democrático, justo, solidário, soberano, ao longo de toda a primeira metade do novo século.
 
Fonte: Contexto Livre

VEJA: Dois Candidatos, Duas Medidas

Capa de 24 de fevereiro anunciando a candidatura de Dilma Rousseff:


Em preto-e-branco, triste, enquanto Dilma olha para o lado com expressão séria, quase calculista. Referência aos "radicais do PT", alusões à sua ideologia (e contraste ao pragmatismo necessário para governar um país) e, claro, referência a um mundo "em crise".

Agora vejamos a capa de 21 de abril anunciando a candidatura de Serra:






O candidato olha diretamente nos olhos do (e)leitor em uma capa viva, colorida, enquanto procura sorrir abertamente. O texto faz alusão à sua vitória ("Brasil pós-Lula") e traz uma única chamada com a garantia feita pelo próprio Serra) de que se preparou a vida inteira para ser presidente.


UNE decide domingo se irá apoiar um candidato à Presidência

da Agência Brasil

Apoiar ou não uma candidatura à Presidência nas eleições deste ano? Essa é a pergunta que divide a UNE (União Nacional dos Estudantes), no encontro de lideranças estudantis, aberto nesta quinta-feira no Rio de Janeiro. O posicionamento oficial da UNE só será decidido no domingo, quando haverá uma reunião plenária com mais de 500 estudantes.

Apesar de a maioria dos grupos que compõem a UNE estar inclinada a não apoiar qualquer candidato, a própria diretoria da entidade se mostra dividida. O terceiro vice-presidente da entidade, Tássio Brito, pertence a um grupo ligado ao PT, a Articulação de Esquerda, defende o apoio da UNE a uma candidatura.

Segundo ele, a UNE precisa se posicionar de forma clara. "Precisamos ter autonomia para dizer o que queremos neste momento. Isso é um exercício de autonomia e independência: mostrar que você pode ter opinião, que você pode ter lado. Ser neutro é mostrar que você não tem autonomia para tomar uma decisão."

Ele reconhece que representa uma minoria dentro da direção da UNE, mas acredita que o quadro pode mudar durante os quatro dias de encontro, na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Já o segundo vice-presidente da UNE, Bruno da Mata, que representa um grupo do PSB na entidade, é contrário ao apoio de qualquer candidatura. Segundo ele, para a UNE é mais importante fechar um documento com compromissos para todos os candidatos, com propostas em áreas como educação, saúde, meio ambiente e esportes.

"Nós não defendemos que a UNE se posicione em defesa de algum dos candidatos. A gente deve fazer um projeto dos estudantes. Os candidatos que sentirem que podem contemplar esses projetos que assinem.".

De acordo com Mata, a UNE é uma entidade plural, com representantes de inúmeras correntes políticas e qualquer tentativa de unificar um apoio em torno de algum candidato será uma posição artificial da entidade. "Nossas bandeiras são muito maiores do que a ideia de apoiar candidato A ou B", afirmou.

O vice-presidente Tiago Ventura também representa uma corrente que não defende apoio a candidaturas: a Democracia Socialista, ligada ao PT. Apesar disso, ele acredita que é possível à UNE se posicionar "contra" alguma candidatura, caso determinado candidato não se comprometa com as propostas da entidade.

O presidente da UNE, Augusto Chagas, da União da Juventude Socialista, ligada ao PC do B, acredita que a entidade poderá contribuir mais para o debate eleitoral se não apoiar abertamente nenhum candidato. "O que eu defendo é que a UNE consiga interagir com candidaturas com independência. As candidaturas são questões que estão no nível dos partidos políticos"

Para ele, é mais importante que a UNE busque participar do debate com propostas como a defesa da educação pública, da reforma agrária, da democratização da comunicação e do desenvolvimento do Brasil. "O que garantirá mais protagonismo à UNE é que ela possa apresentar propostas para o debate eleitoral. Qualquer saída que aponte para apoiar uma candidatura, nesta altura do campeonato, não é uma posição que ajuda do ponto de vista do prestígio da UNE com a opinião pública."

PSB decide que Ciro não vai disputar Presidência


Do UOL,

O PSB deve anunciar na próxima terça-feira que o deputado Ciro Gomes não será candidato a presidente da República, informa reportagem de Vera Magalhães, Fernando Rodrigues e Maria Clara Cabral.
Até lá, o partido cumprirá um ritual para dar uma saída honrosa a Ciro: consultará os diretórios sobre uma aliança com o PT.


Como a maioria dos diretórios opinará por uma aliança com o PT, caberá ao governador de Pernambuco e presidente da sigla, Eduardo Campos, anunciar a retirada de Ciro.

Ciro foi avisado ontem, em reunião com a cúpula partidária, de que as conversas com a campanha de Dilma Rousseff avançaram e que o PSB entregou ao PT uma lista de cinco Estados em que espera alguma contrapartida dos aliados.

Foram relatados vários casos regionais em que caciques que antes manifestavam apoio à candidatura própria já estão se acertando com o PT.

Ciro decidirá em quais campanhas estaduais do PSB pretende ajudar.

Isolamento


Em reunião realizada ontem, a cúpula do PSB informou a Ciro que o partido está isolado politicamente e que isso dificultará sua candidatura ao Palácio do Planalto.

O vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, disse que a prioridade hoje é a de eleger uma bancada parlamentar maior e dar apoio aos candidatos ao governo. Durante o encontro, Ciro viu uma exposição sobre o cenário em todos os Estados, do cenário nacional e das pesquisas de intenções de votos.

"Hoje o partido tem condições de ter candidato próprio e de não ter. A questão é que vamos avaliar todos os fatores e chegar a uma decisão consensual. Não tem nenhuma chance de adiarmos nada, a decisão sai na terça-feira", disse Amaral.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Descaso com saúde do trabalhador é "homicídio culposo", diz especialista na área

Para a médica do trabalho Margarida Barreto, o descaso com a saúde do trabalhador é comparável a um "homicídio culposo corporativo". A pressão excessiva no ambiente de trabalho e metas abusivas levam a um número cada vez maior de casos de doenças mentais. Margarida destaca, em entrevista à Rede Brasil Atual, que casos de depressão que levam a ideação suicida merecem mais atenção da sociedade.

A médica foi uma das precursoras no estudo do assédio moral. A pesquisadora do Núcleo de Estudos Psicossociais de Exclusão e Inclusão Social da Pontífice Universidade Católica de São Paulo (Nexin/PUC-SP) foi considerada a personalidade de 2009 pela Revista Cipa. O prêmio laurea profissionais da saúde do trabalho desde 1985.

Margarida Barreto foi uma das formuladoras do conceito sobre assédio moral durante sua trajetória acadêmica em Psicologia Social. Tanto em seu mestrado, de 2000, quanto no doutorado, em 2005, ela pesquisou sobre humilhações no ambiente de trabalho e seus efeitos na saúde do trabalhador.

Entrevista Margarida Barretomédica do trabalho e especializada em psicologia socialNesta entrevista, concedida em sua casa, em São Paulo (SP), a médica explica o conceito de assédio moral e o que considera ser o papel do movimento sindical. "No campo dos direitos, o trabalhador passa a ser humilhado", avalia. "A gente precisa voltar a ter sindicatos combativos. Combativo no discurso e na prática. Se não houver essa reflexão é balela", sentencia.

Confira os principais trechos da entrevista:

O que é assédio moral e qual é sua relação com o trabalho?

Margarida - Eu fui percebendo, ao longo dos meus estudos, que a questão do assédio estava relacionado à organização do trabalho. O assédio moral não é uma doença e sim um risco psicossocial. É um processo que vai ao longo do tempo desmontando totalmente a resistência do outro.

O assédio é caracterizado pela temporalidade, pode durar meses. A intensionalidade: "eu sei porque estou te humilhando e o que eu quero ao te humilhar". A direcionalidade é: "eu não humilho qualquer um, os outros assistem, e eu humilho especialmente você". E isso ocorre muitas vezes porque se trata de um trabalhador que tem caracteristicas que o diferenciam dos outros.

Como a organização do trabalho contribui para o assédio?

"Isso é comum com projetos, o trabalhador se esforça, usa a criatividade com a esperança do reconhecimento e apesar de ter extrapolado até sua hora de dormir, em casa, ou do contato com a família, o projeto vai parar em uma lata de lixo" – Margarida BarretoAs pessoas até dez ou 15 anos atrás trabalhavam em um grupo, em um coletivo em que tinham vários companheiros de jornada e a meta era decente. A medida que os anos vão passando, com a reestruturação, o que temos é a diminuição do número de pessoas no ambiente de trabalho e sobrecarga de quem fica. E quem continua, fica com a cabeça baixa, agradecendo por estar ali. A pressão para produzir é acentuada e a meta não é fixa. De cinco anos pra cá, os trabalhos são avaliados individualmente. Antes, as empresas usavam a avaliação de 360º, cada um analisava o outro. Hoje, é individual, em um primeiro momento parece melhor porque eu não estou mais exposto ao conjunto. A perversão está exatamente nisso, quando se avalia individualmente uma pessoa que nos anos anteriores foi considerado um excelente trabalhadores de "uma hora pra outra", ele é avaliado terrivelmente negativo. Mais uma vez a responsabilidade passa a ser desse trabalhador.

Qual é o comportamento do assediador?

"O indivíduo se curva e obedece. Se o indivíduo resiste, ele termina depois de um tempo entrando em um desequilíbrio emocional acentuado, e muitas vezes desiste do emprego" – Margarida BarretoÉ a estratégia do próprio assédio: isolar, sobrecarregar de trabalho, mostrar que o trabalhador não é competente, exigir tarefas "para ontem". E quando o trabalhador dá o máximo de si para realizar a tarefa, ela sequer é analisada. Isso é comum com projetos, o trabalhador se esforça, usa a criatividade com a esperança do reconhecimento e apesar de ter extrapolado até sua hora de dormir, em casa, ou do contato com a família, o projeto vai parar em uma lata de lixo.

Quais são as consequências do assédio moral?

O indivíduo se curva e obedece. Se o indivíduo resiste, ele termina depois de um tempo entrando em um desequilíbrio emocional acentuado, e muitas vezes desiste do emprego. O aspecto da educação pedagógica é muito grande, já que quem assiste não fica em silêncio porque se tornou mal caráter. Fica em silêncio porque está com medo aterrador, medo de ser identificado com aquela pessoa que está sendo humilhada, medo de ser o próximo humilhado. E ali está em jogo algo fundamental, é o trabalho dele que virou emprego nessa caracterização de precarização, é o trabalho que dá subsistência, que o realizava e o qual ele se identificava.

"São 3 mil mortes por ano em consequencia das condições de trabalho, dos riscos das atividades. São 500 mil acidentes. E esses números podem ser subnotificados" – Margarida BarretoAinda temos que considerar o aspecto familiar, é comum famílias onde só um membro trabalha. Quando esse perde o emprego desestrutura essa família. E ai vem as ideações suicidas. Cada vez mais o trabalhador sobrecarregado entra em um estado de estresse e tensão no ambiente de trabalho, acaba adoecendo e sendo afastado e quando tem alta da previdência, a empresa não quer essa pessoa doente.

A ideia de suicídio é algo frequente entre vítimas de assédio moral?

É hoje um componente muito forte, que não podemos desprezar. Suicídios ocorrem. Que responsabilidade tem esse mundo corporativo por esses suicídios? Normalmente, os casos parecem relacionados a questões de família, a grandes perdas e mesmo à depressão. Mas qual é a causa dessa depressão no ambiente de trabalho? Quando olhamos as estatísticas da Previdencia Social, o número de doenças com o mesmo status do acidente de trabalho (definidos pelo nexo técnico epistemiológico) e compara com o número de mortes, fica claro que a situação é grave. É um homicídio culposo corporativo. São 3 mil mortes por ano em consequencia das condições de trabalho, dos riscos das atividades. São 500 mil acidentes. E esses números podem ser subnotificados, como em situações de morte por infecção hospitalar de alguém internado por acidente de trabalho.



Qual o papel dos sindicatos no combate do assédio moral?

Esse é um novo desafio para os sindicatos, quando você olha o assédio moral de uma forma individualizada, a tendência é você mandar para o médico para cuidar dos transtornos afetivos ou para o jurídico para ele entrar com a ação.

Muitas vezes a ação do jurídico, eu acompanhei pelo Brasil, termina sendo mais uma humilhação. Porque quando esse trabalhador vai para a Justiça, mas ele não quer dinheiro, quer dignidade, ser respeitado como pessoa, como ser humano. Nesses processos jurídicos, a pessoa termina fazendo acordos de R$ 3 mil, ou até R$ 1 mil. Nessas situações, mais uma vez, não é reconhecida a responsabilidade do empregador. No campo dos direitos, o trabalhador passa a ser humilhado. Nisso o papel do sindicato é fundamental. A gente precisa voltar a ter sindicatos combativos. Combativo no discurso e na prática. Se não houver essa reflexão é balela.

Como a senhora vê esse ambiente de trabalho que propicia o assédio? O que precisaria ser modificado?

Falta um pouco de amor, de respeito e de fraternidade. Além de todos esses aspectos faltarem até dentro dos espaços sindicais, das ONGs, dentro dos diferentes espaços de trabalho. Falta também o indivíduo ver o outro como um igual em direitos. Esse movimento de compreensão seria um primeiro passo para se começar a refletir mais. E quem sabe se perceber que não é esse tipo de sociedade que produz saúde e dignidade. E então buscar e contruir uma sociedade justa, não por meio de um modelo feito e sim de um conjunto de ações coletivas.

Fonte: Sindicato dos Psicólogos do Estado de Saõ Paulo

Até os dentes são falsos

ssERRA E A Mentira


Quem fez a legislação dos Genéricos foi o Jamil Haddad;

Quem fez a quebra de patentes de medicamentos da AIDS foi o Adib Jatene;

Quem fez o Plano Real foi Itamar Franco!

Fora outras tentativas de usurpar méritos de outrem,

ssERRA não tem realizações próprias a não ser fugir e renunciar!

Aliás na ultima capa da VEJA,

nem os dentes são dele!






terça-feira, 20 de abril de 2010

Apertem os cintos: o embate eleitoral começou

A campanha comecou, para valer. Os dois grandes competidores mostram suas armas, revelando cada campo sua forca e suas fraquezas. Ninguém ganhará na véspera, dado o arsenal de que dispõem cada campo.


Nem mesmo a situação econômica e social inquestionavelmente positiva bastará para eleger a candidata que diretamente representa esse quadro altamente positivo. Basta recordar como Lula, mesmo com grande apoio às políticas sociais do governo, teve que enfrentar um segundo turno contra Alckmin. E que a ampla vitória obtida no segundo turno foi o resultado, por um lado, das posições antineoliberais assumidas por Lula naquele momento – especialmente contra as privatizações de FHC -, assim como operações políticas que ajudaram claramente a reverter o quadro tendencialmente favorável a Alckimin (que crescia e poderia chegar a estar na frente numa primeira pesquisa para o segundo turno).

Por um lado, Lula conseguiu o apoio de Sergio Cabral, recém eleito governador do Rio, enquanto Alckmin dava o passo equivocado de conseguir a adesao de Garotinho. Esse duplo movimento mudou o quadro, que poderia ter, na primeira pesquisa do segundo turno, um empate técnico, pela projeção das tendências do final do primeiro turno.

Em resumo, é preciso fazer política, manter a iniciativa, fazer o jogo de esgrima cotidiano que uma campanha tão desigual em termos de poder de divulgação requer, se se quer derrotar esse monopólio privado da mídia.

Na eleição de 2006 a oposição tratou de nem discutir os programas do governo. É certo que buscava desqualificar as políticas sociais do governo, dizendo que o bolsa família era um programa “assistencialista”, que “comprava” pobres, que se fazia com que ficassem dependentes das “esmolas” do Estado. Não se opunha alternativas, buscava se deslocar a discussão para outro plano, como se faz agora.

O foco da ação opositora era as denúncias de “corrupção” do governo, de inchaço do Estado, de uso da máquina estatal com fins partidários. De tal forma que foi decisivo o uso da imagem do maço de notas no final do primeiro turno – em que o Jornal Nacional cometeu a brutalidade de não noticiar o maior acidente aéreo do Brasil, já noticiado pelo Jornal da Band antes, para dar destaque àquela imagem, que foi importante para conseguir a passagem para o segundo turno.

Foi, portanto, a combinação das realizações do governo mais as iniciativas políticas é que levaram à vitória de Lula no segundo turno.

Seria possível Dilma triunfar baseada nas realizações do governo? É possível, mas não seguro. Basta um exemplo: pesquisa do jornal Valor com grandes empresários demonstrou que a grande maioria deles está a favor das políticas do governo, mas essa mesma grande maioria diz que votará no Serra.

Por outro lado, está claro que a mídia está disposta a fazer de tudo, superando os limites de tudo o que fez até agora. Um dos limites que foi superado já é o da não divulgação de pesquisa que não lhes seja favorável. A FSP criticou na véspera os critérios de perguntas da pesquisa do Vox Populi, seus leitores estavam implicitamente informados de que havia uma pesquisa Vox Populi em andamento. Mas nem a FSP, nem O Globo, nem o Estado, deram o resultado da pesquisa. As pessoas não foram informadas que a diferença entre os outros dois tinha baixado de 8 pontos para 3. Não se transformou em um fato político. Não basta então haver pluralidade de pesquisas, será necessário construir canais alternativos de difusão, para paliar minimamente o fracasso da política de comunicação do governo.

Ficam claro os temas em que a oposição vai centrar sua campanha, que não será sobre o governo Lula, que eles têm que aceitar que é um governo de sucesso. Ficarao tentando dizer que o que tem de bom o governo teria vindo do governo FHC, mas os ataques se concentrarão na suposta falácia do PAC.

O centro mesmo serão os ataques à Dilma: seria autoritária, agressiva, descontrolada, incapaz de “controlar o PT”, nunca dirigiu um governo, foi “terrorista”, etc., etc. Para isso já tem usado os instrumentos mais torpes, seja a ficha falsa da Dilma, versões distorcidas de declarações (quantas vezes já se leu sobre “gafes” da Dilma e do Lula).

Não é Dilma que tem que envolver-se nas polêmicas. Ela tem que lidar sobretudo com a agenda positiva. Lula e os outros dirigentes políticos é que devem fazer a polêmica. E uma ágil e criativa coordenação de campanha que coordene efetivamente a campanha, com todas as contingências que ela venha a ter. Agil, porque se combaterá ao ritmo da internet e dos jornais diários. E criativa, porque se combate em brutal desigualdade de condições com os meios de que dispõem o bloco direitista.

A pauta da campanha deve ser a comparação dos dois governos, o que, por si só, revelará como Serra não será a continuidade do governo Lula, mas a retomada do programa do bloco tucano-demista. Mas, além disso, a campanha terá outros entreveros, com a oposição tentando descaracterizar essa comparação e buscando centrar a campanha na comparação de trajetórias, que na ótica bastarda da oposição, significa acusações pessoais a Dilma.

A nova campanha da Globo, com artistas cantando “O Brasil pode mais” – exatamente o slogan do Serra -, na comemoração dos seus 45 (numero dos tucanos) anos, dá uma idéia da fusão entre mídia privada e campanha eleitoral da direita. É obvio que, mesmo se tivesse sido produzida muito antes, passaram duas semanas entre o lançamento do slogan do Serra e a veiculação da propaganda, tempo suficiente para se darem conta da “coincidência”. Não será a única. Para derrotá-los é preciso dispor de uma direção dinâmica e aberta aos intercâmbios com todos que participam dela, de uma rede alternativa de difusão e de muita criatividade. O fundamental nós temos: um governo com realizações inquestionavelmente superior ao dos tucanos, em todos os quesitos, uma excelente candidata e uma plataforma de futuro enraizada no que já se está fazendo.

Postado por Emir Sader

Tomaram vergonha na cara - Globo tira do ar jingle dos 45 anos



UOL

A TV Globo tirou do ar o jingle da comemoração dos 45 anos da emissora, veiculado desde ontem à noite. Em nota, a emissora afirma que o filme foi criado em novembro de 2009, quando “não existiam nem candidaturas muito menos slogans”.

“Qualquer profissional de comunicação sabe que uma campanha como esta demanda tempo para ser elaborada”, diz nota da Central Globo de Comunicação. “Mas a Rede Globo não pretende dar pretexto para ser acusada de ser tendenciosa e está suspendendo a veiculação do filme.

A página da emissora que mostrava a propaganda também saiu do ar. Quem clica nela recebe a seguinte informação: página não encontrada.

A medida acontece logo depois de integrantes da pré-campanha da petista Dilma Rousseff criticaram a propaganda.

Na avaliação de Marcelo Branco, um dos responsáveis pela campanha de Dilma na internet, o jingle embute, de forma disfarçada, propaganda favorável ao tucano José Serra.

“Eu e toda a rede [vimos essa alusão]“, escreveu Branco no Twitter em resposta ao comentário de que estaria enxergando na peça mensagem subliminar de apoio ao tucano.

De acordo com Branco, que corrobora tese difundida em sites de apoio ao PT, a mensagem estaria embutida no “45″, o número do PSDB, e em frases do jingle como “todos queremos mais”, o que seria, de acordo com os petistas, referência ao slogan “o Brasil pode mais” dito por Serra no lançamento de sua pré-candidatura.

Em seu blog, o secretário de Comunicação do PT, André Vargas, escreve: “Denúncia: Lema de Serra “inspira” jingle da Rede Globo

No jingle aparecem atores, jornalistas e apresentadores da emissora comemorando os 45 anos da TV, que serão completados na próxima segunda feira.

Em determinado trecho da peça, os atores falam: “Todos queremos mais. Educação, saúde e, claro, amor e paz. Brasil? Muito mais.”

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Dilma compara Serra a "biruta de aeroporto"

BRASÍLIA (Reuters) - O pré-candidato do PSDB à Presidência da República parece uma "biruta de aeroporto" por manifestar opiniões conflitantes sobre os mesmos assuntos no decorrer do tempo, afirmou nesta segunda-feira a pré-candidata petista a presidente, Dilma Rousseff.

A expressão foi dita por Dilma quando perguntada por jornalistas se Serra agia como "lobo em pele de cordeiro" por dizer que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é apenas uma lista de obras.

"Mais para biruta de aeroporto, porque cada dia é de um jeito", disse.

Dilma, que era responsável pela gestão do programa quando estava no governo federal, disse que o PAC foi responsável pela retomada de investimentos e financiamentos de longo prazo no Brasil.

"Lamento que ele fale isso quando voltamos a financiar Estados e municípios de forma exemplar, voltamos a investir o Orçamento Geral da União em municípios e Estados da federação", afirmou referindo-se a Serra, ex-governador e prefeito de São Paulo.

"O governo do presidente Lula deu passos gigantescos para acabar com aquela era de estagnação e desigualdade, que durou até 2002, e instaurar a era nova, de prosperidade em que você tem desenvolvimento com estabilidade e distribuição de renda."

Segundo ela, a oposição já criticou e passou a elogiar o Bolsa Família, o programa habitacional "Mina Casa, Minha Vida" e investimentos em infraestrutura, como hidrelétricas e a integração do Rio São Francisco.

Dilma falou à imprensa depois de participar do lançamento de seu site pessoal, do qual participaram internautas no local e pela Internet. Os jornalistas só puderam acompanhar por meio de telões.

Em resposta aos blogueiros, Dilma comentou a importância das mulheres para a sociedade, a necessidade de melhoria da educação, o combate à desigualdade social e ao desmatamento da Amazônia e a universalização da Internet de banda larga.

Ela também falou sobre questões pessoais, como o nome de seu futuro neto e os livros que tem lido. Dilma prometeu tentar manter reuniões virtuais semanais com os internautas.

Segundo o responsável pela área de Internet da coordenação de comunicação da campanha de Dilma, Marcelo Branco, o site recebeu cuidados adicionais de segurança depois que a página do PT foi atacada na semana passada por entusiastas da pré-candidatura de José Serra.

Antes de aderir à campanha, Marcelo Branco era responsável pela Campus Party, maior evento de inovação tecnológica e Internet do país.
Fonte: MSN

Alexandre Lucas - Em defesa de uma arte coletiva e ativa

Nos primórdios, antes da propriedade privada, a arte era concebida como construção coletiva e ritualística fazendo parte dos fazeres cotidianos de agrupamentos e comunidades, inexistindo a separação entre a arte e o público, mantendo desta forma uma relação de confluência, fraternidade e de humanização entre as pessoas, tendo em vista o viés inclusivo da vida comunal.

Mas a partir do surgimento da propriedade privada, a arte assume outras feições e passar a ter características de distanciamento entre a produção artística e o grande público ocorrendo também a cisão entre a produção intelectual e manual. Consequentemente esse fator é preponderante para fragmentá-la, criando uma arte para o povo e uma arte para as elites.

Ao assumir essa dimensão de classe social na arte, a classe das elites utiliza dos seus instrumentos de dominação para imprimir a ideologia dos seus interesses, que é a de colocar as manifestações e produções populares como inferiores, ingênuas e desprovidas de conteúdo e de forma. Em contraposição, a classe dominante coloca a sua produção simbólica como dotada de superioridade. Essas contradições transpiram nas formas de relacionamento das classes sociais com a arte.

No capitalismo existem formas distintas de produção simbólica uma delas vem das tradições coletivas e estão ligadas a vida das camadas populares e na defesa dos seus interesses, a qual podemos denominar de arte social, como sugere a professora Maria Inês Hamann Peixoto, vale destacar para dirimir dúvidas que toda arte é uma produção histórica social, independente de qual classe o artista esteja vinculado, na outra ponta teremos uma produção para atender aos deleites das elites econômicas e no meio a produção em larga escala, produzida nos laboratórios e nas indústrias capitalistas para ser destinada a alienação, despolitização e a desumanização das massas.

Com o advento do capitalismo e os resquícios do Idade das Trevas, período medieval, na qual a Igreja Católica Apostólica Romana esteve ditando a produção artística, a arte sofreu sérios prejuízos que refletem até os dias atuais, podemos citar como exemplos a individualização do artista e a sua separação do público e o infeliz discurso de que a arte seria um dom, produção ou manifestação vindas dos céus. A arte é e só pode ser produção e manifestação de mulheres e homens situados num tempo e num espaço. A arte é uma forma de trabalho, ou seja, uma ação consciente que visa manter uma relação entre os seres humanos e a natureza com vista a transformar e resignificar-la.

É preciso reconhecer a necessidade de reencontro da arte com os seus primórdios, considerando as novas contextualizações históricas e sociais. A lógica Aristotélica de conceber a arte enquanto ao algo para ser contemplado não convém às camadas populares, pois cria uma ponte quebrada entre publico e a arte/artista. É necessário aproximar a arte das vivências individuais e coletivas, colocando o público enquanto ser ativo do processo de construção/desconstrução/reconstrução das experiências, produções e manifestações artísticas e estéticas.

A ação coletiva ou a possibilidade de envolvimento do público dentro dos fazeres artísticos e estéticos propiciam uma nova dinâmica de compreensão e de relacionamento com a arte que reconstrói a ponte entre arte e a vida, servindo para passagens das relações de pertencimento, empoderamento, humanização, politização, criação e conhecimento. Quanto mais envolvente, ativa, interativa e colaborativa forem as experimentações no campo simbólico e sensorial, mas a arte assumirá uma dimensão engajada e humana.

Alexandre Lucas é Coordenador do Coletivo Camaradas, pedagogo e artista/educador.

Do Blog O Vermelho

Caixa projeta mais de R$ 60 bi em financiamento habitacional este ano.


"Vai passar de R$ 60 bilhões, com absoluta certeza. Nesse ritmo vai passar bem mais, pois foram R$ 17 bilhões em três meses, considerando que em fevereiro teve o carnaval", frisou o superintendente nacional de marketing e comunicação da Caixa, Clauir Luiz Santos, acrescentando que o orçamento do banco estatal para o setor era de R$ 50 bilhões para este ano, depois de um resultado de R$ 47 bilhões em financiamentos em 2009.


Santos ressaltou que a principal demanda para o financiamento da casa própria no primeiro trimestre veio da classe média, que respondeu por cerca de R$ 10 bilhões dos R$ 17 bilhões concedidos. O restante se dividiu entre a baixa renda e os recursos destinados ao Minha Casa, Minha Vida, programa do governo federal de estímulo à habitação.

"A classe média faz avançar a construção civil no país, o que provavelmente tem a ver com o aumento da renda e o crescimento da oferta. É um fenômeno", afirmou Santos.

A expectativa também é positiva para os feirões organizados pela instituição. A sexta edição, que começa em maio, deve movimentar mais que os R$ 5 bilhões do ano passado, segundo o superintendente.

Santos explicou que, em março do ano passado, o site da Caixa recebeu 9 milhões de simulações de financiamento, número que saltou para 18,8 milhões este ano.

O feirão ocorre em São Paulo no dia 13 de maio, no Centro de Convenções Imigrantes, e no Rio de Janeiro entre os dias 20 e 23 de maio, no Riocentro.

Fonte: UOL

Psicólogo, contribua para convocação da Conferência Estadual de Saúde Mental de SP



Clique aqui e envie o manifesto à Secretaria de Estado de Saúde.

O texto enviado segue abaixo:

À Secretaria de Estado da Saúde

Considerando,

1. A necessidade da participação social, um dos pilares/princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), para elaboração e implementação de forma democrática das Políticas Públicas de Saúde, e em particular, da Saúde Mental;

2. A importância histórica das reivindicações dos movimentos sociais ligados à Reforma Psiquiátrica e à Luta Antimanicomial, principalmente consolidadas por meio das últimas conferências de Saúde Mental, que culminou em mudanças na Política Nacional de Saúde Mental alcançando a promulgação da lei 10.216;

3. Os 9 anos de implantação desta lei e conseqüente reestruturação dos serviços de Saúde Mental, em meio a uma lacuna quanto a realização de novas Conferências de Saúde Mental, essenciais para a promoção de discussões, avaliações e novas propostas em relação ao que foi implementado ao longo desses anos;

4. A aprovação da realização em 2010 da IV Conferência Nacional de Saúde Mental, em conformidade à Resolução nº 433 do Conselho Nacional de Saúde, com base na Lei 8.142/1990;

5. As convocações de Conferências Estaduais realizadas em todos os estados brasileiros em função da IV Conferência Nacional de Saúde Mental Intersetorial, com exceção apenas do Estado de São Paulo;

6. A imprescindível participação da delegação do Estado de São Paulo na IV Conferência Nacional de Saúde Mental, respeitando as Conferências Municipais, com suas experiências locais e regionais, visto que as conseqüências da ausência de sua representação trariam danos irreparáveis à consolidação das Políticas públicas de Saúde Mental no Estado de São Paulo e no Brasil;

7. A decisão do pleno do Conselho Estadual de Saúde do Estado de São Paulo (CES), importante instância de controle social, que aprovou a convocação da III Conferência Estadual de Saúde Mental de São Paulo e a importância do cumprimento das deliberações desse órgão pelo gestor para a real democratização da administração da Saúde no estado.

Solicitamos a imediata convocação, pela Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, da III Conferência Estadual de Saúde Mental de São Paulo respeitando os parâmetros estabelecidos pelo regimento da IV Conferência Nacional de Saúde Mental Intersetorial.

Fonte: Sindicato dos Psicólogos.

Encontro conclui que integrar política de saúde mental à habitacional pode humanizar tratamento




Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A política de saúde mental no Brasil precisa ser integrada à política habitacional, como forma de humanizar o tratamento dos seus usuários. Essa é uma das conclusões do Encontro de Residenciais Terapêuticos encarrado hoje (18) em Porto Alegre (RS).

Do encontro, que reuniu cerca de 500 profissionais, técnicos, cuidadores sociais e pacientes, será elaborado um documento a ser encaminhado à organização da Conferência Nacional de Saúde Mental, marcada para junho.

Os residenciais terapêuticos são profissionais que atuam em casas inseridas nas comunidades para acolher pessoas com problemas mentais. Adotadas a partir do ano 2000, são uma alternativa aos antigos manicômios no tratamento de pessoas com doenças mentais.

Segundo a psicóloga, Simone Frichembruder, uma das organizadoras do evento, os pacientes têm reivindicado maior independência no tratamento. “Essa foi um a questão importante, porque os usuários dizem que há muita interferência no tratamento. Eles querem uma vida mas autônoma”, afirmou à Agência Brasil.

Para ela, os usuários querem viver em suas próprias casas e em ambientes que não lembrem hospitais. “Algumas pessoas [em tratamento] já moram sozinhas, trabalham e recebem a visita mensal do responsável por ela. Vivem uma vida independente”.

Outra proposta sugerida no encontro, foi a necessidade de se implementar a supervisão no trabalho de residências terapêuticas. Hoje, disse Simone, o Ministério da Saúde faz supervisão apenas nos Centros de Atenção de Saúde.

Os residenciais terapêuticos ainda identificaram que a Região Norte do país demanda de uma política de saúde mental diferenciada das demais regiões. De acordo com Simone, a Região Norte tem características específicas que precisam ser observadas no tratamento dos doentes mentais. Ela acrescentou que há um déficit de ambientes de tratamento e de profissionais.

Edição: Tereza Barbosa

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Venezuela: o contragolpe popular

A Venezuela comemorou nesta terça-feira (13) o oitavo aniversário do regresso ao poder do presidente Hugo Chávez - destituído por um golpe militar que só se sutentou por dois dias -, com ações de incentivo à aliança cívico-militar que caracterizou aqueles fatos.

A juramentação, na avenida central Bolívar, de 34 mil milicianos pelo presidente Chávez simboliza o espírito daquelas ações, quando a população, junto a militares constitucionalistas, resgatou o elo constitucional. No dia 11 de abril de 2002, a oposição de direita liderada pelos grandes empresários, a cúpula da igreja católica e a direção da Embaixada dos Estados Unidos em Caracas conseguiram retirar o presidente Palácio Presidencial e aprisioná-lo.

Ainda que tenham tentado justificar o golpe com um vazio de poder, produzido após mortes cuja responsabilidade atribuíram a uma ordem de Chávez, a maioria da população não acreditou nos pretextos. Milhares de venezuelanos lançaram-se às ruas, sobretudo vindo dos morros caraquenhos, os setores mais pobres, para exigir o regresso do presidente cujo triunfo representou uma esperança para milhões de pessoas tradicionalmente excluídas.

A notícia de que Chávez havia renunciado, difundida pelos golpistas, não desmobilizou a população em um movimento ascendente, ao qual se foram somando oficiais e militares de diferentes regiões do país. O presidente venezuelano havia chegado ao Palácio de Miraflores com uma proposta de melhor distribuição da riqueza e mais justiça social frente à pobreza. Derrotou a maquinaria dos partidos tradicionais dominantes por 40 anos.

A pesar da pouca infra-estrutura de campanha, Chávez somou sua proposta de mudanças a uma imagem de honestidade e valentia, quando, em fevereiro de 1992, liderou uma rebelião cívico-militar contra o então presidente Carlos Andrés Pérez.

Essa ação, longe do clássico golpe militar, foi percebida pela população como resposta a um regime que tinha dado as costas ao povo para aplicar uma política neoliberal condicionada aos interesses das empresas multinacionais.

A rejeição popular a essa política provocou, em 1989, o Caracazo, quando a população protagonizou uma rebelião popular espontânea que terminou com uma matança cujas dimensões não foram detalhadas até hoje.

Há oito anos do golpe de Estado, a comemoração realiza-se em meio a alertas de que setores golpistas e aliados estrangeiros continuam pensando em derrubar o presidente por meio da força. Nesse sentido, as autoridades e líderes do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) advertem sobre a necessidade de estarem preparados para a defesa, contexto no qual se impulsiona a formação de milícias populares.

Diante dos perigos, a presidenta da Assembleia Nacional, Cilia Flores, e outros dirigentes venezuelanos, avaliam que o governo e seus seguidores estão hoje muito melhor preparados que em 2002. "Estamos preparados e a lealdade do povo é uma garantia para afirmar que aqui jamais voltarão a ocorrer golpes de Estado, greves patronais e 'guarimbas' (distúrbios)", afirmou Flores em um ato comemorativo à data.

Na sua opinião, o espírito daquele 13 de abril de 2002, quando os golpistas abandonaram o Palácio Presidencial diante da avalanche popular, é que o povo segue reconhecendo Chávez como o líder de suas esperanças.

"A consciência de nosso povo representa uma fortaleza do processo revolucionário liderado pelo presidente, Hugo Chávez", opinou Flores, com relação ao dia em que "o povo defendeu a revolução na rua, com a constituição na mão".

Às ameaças como aquela de 2002 se soma agora a tentativa da oposição de retomar posições na Assembleia Nacional com as eleições parlamentares previstas para setembro. Chávez, que convocou seus seguidores a obter um triunfo aplastante nessas eleições, alerta que, se ganhar o parlamento, a oposição tentará novamente deter o processo de mudanças a partir desse órgão com um golpe similar ao de Honduras.

Oito anos depois do respaldo dado ao mandatário, soma-se o aprofundamento do processo para reforçar seu perfil socialista que o presidente considera representar a libertação do ser humano e verdadeira expressão da democracia.

Hoje, estão colocados para o presidente termos similares aos de 2002: a luta entre a oligarquia e os pobres, definida como confronto entre capitalismo e socialismo, cujo próximo episódio serão as eleições parlamentares de 26 de setembro.

O Vermelho

terça-feira, 13 de abril de 2010

Kátia e produtora do jornal nacional tentam criminalizar o MST. De novo!

Caros amigos,


Recorremos nesse momento a vocês, porque vocês sabem como acontecem as coisas na Globo.
Vejam como usar nas páginas de vocês da melhor forma possível.
Em torno das 18h30, ligou uma produtora da TV Globo para o nosso escritório de Brasília, dizendo que a Kátia Abreu, da CNA, tinha entregado ao Ministério da Justiça um DVD com vídeos e fotos de suposta tortura praticada por militantes do MST.
De cara, a nossa assessora em Brasília pediu as tais imagens. Como comentar imagens sem vê-las? De início, eles se negaram.
Eu liguei para a tal produtora e pedi para que me explicasse se era isso mesmo: o Jornal Nacional ia colocar no ar um vídeo de supostas imagens contra o MST que não tinham nenhuma credibilidade se não uma entidade de classe, a CNA? Tem algum sentido o MST dizer que é o vídeo é falso, depois de 10 segundos das imagens de tortura?

Depois de insistir, resolveram nos mandar o vídeo.

Logo depois, ligou uma repórter – a produtora que estava em contato saiu de circulação. A repórter queria uma posição do MST. Respondemos que a posição do MST era a seguinte: passar imagens sem ter a confirmação da autenticidade era uma irresponsabilidade?
Aí a repórter disse que não iam mais passar as imagens. Que de fato não tinham a confirmação da autenticidade. Depois de um pouco de conversa, ela disse o seguinte: que eu poderia ficar tranqüilo, que as imagens estavam com baixa qualidade (ou seja, foi falta de comprovação de autenticidade ou qualidade?).
Vamos ao vídeo. Vejam em http://www.cna.org.br/email/CNA/MST.zip
Na primeira parte, as denúncias são contra o MLST (podem reparar que dizem MLST). Logo depois, um homem dá um depoimento em frente a uma bandeira que não é do MST (podem reparar com atenção).
Depois, proprietários dão depoimentos sobre destruição. Sem nenhuma prova de que é o MST. Sem nenhum elemento. Apenas a palavra do depoente.
Em seguida, atacam o Incra. Aparece apenas a palavra do proprietário. Não há provas.
Depois, imagem de um caminhão carregando toras de madeira. E nada que prove que é o MST.
Em seguida, a fala do Joao Pedro sobre os inimigos do MST – e qual o problema?
Na parte posterior, pichações. E só.
Aí está toda a história. Denunciem no blog de vocês e, como o Paulo Henrique nos ensinou, com dinamismo
Espero que vocês nos ajudem na luta contra o Jornal Nacional da Globo e pela Reforma Agrária.

Saudações,

Igor

Assessoria de Comunicação do MST
Secretaria Nacional – SP

Em tempo: Ah, e para completar, para não deixar dúvidas: o MST defende e respeita os direitos humanos, não tem entre seus procedimentos tortura e qualquer prática contra a pessoa humana e, nesses 25 anos, quem foram torturados e morreram nesse país foram os trabalhadores rurais sem terra (mais de 1500 de 1984 pra cá). Igor
 
Do Conversa Afiada

O Metrô e a politica de transporte coletivo Demo-Tucana.

Entre (aqui) e confira a matéria gravada pela pela reporter da CBN 

Governo Serra pagou R$ 63 milhões a empresa acusada pela CGU

Uma empresa acusada pela Corregedoria-Geral da União de superfaturar preços de medicamentos e fraudar licitações durante os governos de Joaquim Roriz e de José Roberto Arruda, no Distrito Federal, recebeu do Governo José Serra (PSDB), a partir de 2008, pelo menos R$ 63 milhões em 51 contratos com a Secretaria Estadual da Saúde. Só no primeiro trimestre deste ano, o governo paulista empenhou R$ 5,5 milhões em favor da empresa, segundo reportagem publicada no site do Jornal da Tarde.

A beneficiária dos governos de Roriz, Arruda, Serra e Alberto Goldmann é a Hospfar Indústria e Comércio de Produtos Hospitalares, que tem sede em Goiânia e já responde a processos em Goiás e no Mato Grosso – sempre sob as mesmas acusações. De acordo com o repórter Plínio Teodoro, do Jornal da Tarde, um dos sócios da Hospfar é Marcelo Reis Perillo, “primo do 1º vice-presidente do Senado, Marconi Perillo (PSDB-GO). Outro sócio, Moisés de Oliveira Neto, também integra o quadro societário da Linknet, apontada pela Polícia Federal” entre as financiadoras do mensalão do DEM.

A reportagem informa que, dos 51 contratos do Governo Serra com a Hospfar, pelo menos 20 foram feitos em obediência a decisões judiciais para o que Estado fornecesse determinados medicamentos aos cidadãos. Três contratos foram celebrados com dispensa de licitação – “em consonância com a lei”, segundo a Secretaria estadual da Saúde.

No Distrito Federal, o Governo Arruda (DEM) pagou mais de R$ 190 milhões à Hospfar. Era a fornecedora preferida de medicamentos comprados em regime de urgência e por preços superiores ao preço máximo de todas as tabelas oficiais do governo federal, de acordo com auditoria da Controladoria-Geral da União.

De acordo com a CGU, lembra o Jornal da Tarde, a Hospfar, a Medcomerce e a Milênio montaram um cartel para fraudar licitações. Juntas, e tendo parentes como sócios, receberam R$ 294 milhões dos R$ 500 milhões que a União repassou ao governo do Distrito Federal para comprar medicamentos durante a gestão Arruda.

Fonte: Brasilia Confidencial