quarta-feira, 30 de junho de 2010

Jovens médicos formados pelo ProUni derrubam preconceitos e são motivo de orgulho.

Para aquele que acha que político é tudo igual e não existe diferênça de governo ou de partido político, assista e reavalie o seu ponto de vista!



Visivelmente emocionado com a presença de 218 formandos em medicina que estudaram com bolsas do ProUni, o presidente Lula afirmou estar diante da foto de sua vida (ver vídeo acima), em cerimônia realizada nesta quarta-feira (30/6) em Brasília. Os jovens presentes, que se formaram superando preconceitos e todo tipo de obstáculo, são grande motivo de orgulho para qualquer governante, disse Lula durante o evento, que marcou o início do seminário Perspectivas Profissionais na Área de Saúde, realizada em Brasília.


Muitos criticaram o ProUni, afirmando que o programa nivelaria por baixo a educação brasileira, num preconceito injustificável, criticou o presidente, lembrando que uma avaliação feita pelo Ministério da Educação comprovou que alunos do ProUni tinham desempenho superior a outros estudantes universitários em 15 áreas avaliadas. “Eles foram precocemente rejeitados por uma parte preconceituosa da elite brasileira”, criticou o presidente.

"Não sei se até o dia 1º de janeiro vamos ter outra fotografia mais bonita do que essa para justificar a nossa passagem pelo governo. Porque o Brasil historicamente foi governado e pensado para atender uma pequena parcela da sociedade. Dava-se de barato que uma parte da sociedade tinha direitos e que poderiam fazer curso de doutorado, de graduação e de mestrado, e outra parte que estava predestinada a terminar o ensino fundamental, com muito custo fazer o secundário, e muito mais custo ainda arrumar um emprego". - Lula (PT)

Fonte: Blog do Planalto

Conselho Federal de Psicologia é contrário ao Projeto de Lei que trata do aumento do tempo de internação


O CFP se manifesta contrariamente ao Projeto de Lei 7008/2010, que trata do aumento do tempo de internação, e está na pauta da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados, por entender que:

• O prazo máximo de três anos de internação, fixado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), não é arbitrário, mas leva em conta o tempo de vida do adolescente;

• A resposta para o problema da violência deve ser socioeducativa e não criminalizante. Deve-se optar pela qualidade da medida socioeducativa e ampliar as medidas socioeducativas em meio aberto, por meio da municipalização. Essas medidas comprovadamente contribuem para evitar a reincidência. Deve-se garantir ao adolescente o acesso à escolaridade, à formação profissional e pessoal;

• A correta aplicação do ECA tem se revelado suficiente para combater o envolvimento dos adolescentes em atos infracionais. Entretanto, a grande maioria das atuais Unidades de Internação são comprovadamente ineficientes e ineficazes, uma vez que ferem o ECA, a resolução do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) e ainda não cumprem as normas estabelecidas pelo Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase). A superlotação, associada a falta de uma proposta pedagógica (re)educadora, a falta de formação continuada dos profissionais, contribuem para a imprecisa aplicação das medidas sócio-educativas;

• Defendemos a aplicação de direitos e garantias para todos, por meio da efetiva implantação do Sinase em todo o país e chamamos atenção para a co-responsabilidade de todos os parlamentares com a ampliação, e não contingenciamento, dos recursos públicos para as políticas destinadas a criança e ao adolescente.

Clique aqui e envie seu manifesto

Fonte: Conselho Federal de Psicologia

Anvisa exige que propaganda de alimentos alerte sobre riscos

Resolução publicada ontem pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) exige que em seis meses, no máximo, as empresas alterem a propaganda de bebidas com baixo teor nutricional e de alimentos com elevadas quantidades de açúcar, de gordura saturada ou trans e de sódio. O objetivo da agência é proteger os consumidores de práticas que possam, por exemplo, omitir informações ou induzir ao consumo excessivo.

“O consumidor é livre para decidir o que comer. No entanto, a verdadeira liberdade de escolha só acontece quando ele tem acesso às informações daquele alimento, conhece os riscos para a sua saúde e não é induzido por meio de práticas abusivas”, afirma a gerente de monitoramento e fiscalização de propaganda da Anvisa, Maria José Delgado.

A nova resolução proíbe o uso de símbolos, figuras ou desenhos que possam causar interpretação falsa, erro ou confusão quanto à origem, qualidade e composição dos alimentos. Também será proibido atribuir características superiores às que o produto possui, bem como sugerir que o alimento é nutricionalmente completo ou que seu consumo é garantia de uma boa saúde.

Uma das grandes preocupações da Anvisa é proteger o público infantil, reconhecidamente mais vulnerável à propaganda. Por isso a resolução dá especial importância à divulgação dos perigos decorrentes do consumo excessivo de determinados produtos, como os alimentos que contêm muito açúcar e podem aumentar o risco de obesidade e de cárie dentária.

No caso dos alimentos sólidos, o alerta deverá ser veiculado quando houver mais de 15g de açúcar em 100g de produto. Em relação aos refrigerantes, refrescos, concentrados e chás prontos, o alerta será obrigatório sempre que a bebida apresentar mais de 7,5 g de açúcar a cada 100 ml.

Na TV, o alerta terá de ser pronunciado pelo personagem principal. Já no rádio, a função caberá ao locutor. Quando se tratar de material impresso, o alerta deverá causar o mesmo impacto visual que as demais informações. E na internet, ele deverá ser exibido de forma permanente e visível, junto com a peça publicitária.

Os alertas deverão ser veiculados, ainda, durante a distribuição de amostras grátis, de cupons de descontos e de materiais publicitários de patrocínio, bem como na divulgação de campanhas sociais que mencionem os nomes ou marcas de alimentos com essas características.

Fonte: Brasilia Confidencial

terça-feira, 29 de junho de 2010

Sindicato da Saúde nunca viu hospitais que Serra diz ter construído em São Paulo


O Sindsaúde-SP (Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo) declarou-se na quarta-feira (23) à procura de oito dos dez hospitais que, pela propaganda eleitoral do PSDB e de José Serra, foram construídos pelo governo estadual entre 2007 e este ano.

“Que a gente saiba, tem só dois hospitais que daria pra chamar de novos: o Instituto do Câncer Octávio Frias (inaugurado em 2008, dentro do Hospital das Clínicas) e o Centro de Reabilitação Lucy Montoro (de 2009)”, afirma o diretor do Sindicato, Ângelo D’Agostini.

De acordo com o dirigente sindical, as peças publicitárias tucanas estão “bombando” a lista com instituições filantrópicas.

“São hospitais com quem o Governo Serra fez parceria, mas não são novos, apenas obras e instituições que o governo encampou. No máximo, o governo estadual pode ter reformado estes lugares.”

Outro dado artificial, segundo o sindicato, é o número de Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) do Estado. A propaganda tucana promete que 40 unidades serão entregues à população até o fim deste ano.

“Não procede”, acusa o diretor do Sindsaúde.

“Se pegar a lista desses hospitais, não tem nenhuma AME novas, mas sim ambulatórios ou núcleos de gestão assistencial que já existiam e foram mexidos”, denuncia D’Agostini. Como exemplos de maquiagens nesse sentido, ele cita as AMEs das cidades de Votuporanga e de Marília.

“Eles só colocaram mais especialidades, reformaram e mudaram os nomes”.

Fonte: Sindicato dos Psicólogos do Estado de São Paulo 

Serra e sua aula magna sobre a gripe suína:

Quando a gente pensa que já viu de tudo, a gente se engana.

Olha a explicação do Ex-Ministro da Saúde José Serra sobre a Gripe Suína - ele entende tanto da saúde, como de administrar um estado! - confira:

Saramago, a luta continua!

Nos diversos passos da homenagem que constituiu o funeral de José Saramago, o Prémio Nobel da Literatura, aclamado por multidões de amigos e camaradas que entenderam a mensagem da sua obra de escritor comprometido com a sua época e com as lutas travadas pelos trabalhadores da sua Pátria, o grito de «Saramago, a luta continua!» cobriu protocolos e deu uma verdadeira dimensão, que perdurará, da ligação popular aos seus livros.

Cravos vermelhos, todos simbolizando a luta pela liberdade e a liberdade conquistada, recortes de jornais e de revistas, livros, a bandeira do PCP, sustentada pelas mãos dos seus camaradas que não vergam. Foi assim que muitos milhares de pessoas se despediram, domingo, no Alto de São João, em Lisboa, de José Saramago, Prémio Nobel da Literatura, militante comunista desde 1969, Partido que ele quis que fosse o seu até ao fim da sua vida.

«Saramago, a luta continua!», foi a frase mais gritada por todos aqueles que se concentraram junto à entrada do crematório. Um clamor de vozes que foi crescendo. «O Saramago não tinha medo das palavras», dizia um entre muitos que ali se encontravam. Presentes, estiveram ainda vários escritores, artistas plásticos, músicos, o Primeiro-ministro e vários dirigentes políticos, com destaque para a comitiva do PCP composta por Jerónimo de Sousa, Vasco Cardoso, Armindo Miranda, Carlos Carvalhas, Carlos Gonçalves, Domingos Abrantes, Manuela Bernardino, José Capucho, Alexandre Araújo, Manuela Pinto Ângelo. No local encontravam-se ainda José Luis Centella, Secretário-geral do Partido Comunista de Espanha, Cayo Lara, Coordenador da Esquerda Unida, acompanhado por responsáveis de Organização e de imprensa.

Depois de encerradas as portas, reservando o espaço para a família e os amigos, continuou-se a ouvir, durante mais de 20 minutos, os aplausos e outras palavras sentidas: «Saramago, amigo, o povo está contigo».

Prosseguir o seu ideal

Palavras de luto, que se iniciaram logo pela manhã, no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Lisboa, onde o corpo do Prémio Nobel, falecido na sexta-feira, aos 87 anos de idade, na Ilha de Lanzarote, esteve em câmara ardente.

«Permitam-me que vos transmita, em particular a Pilar del Rio e a toda a sua família, o sentimento de perda partilhado por muitos milhares de camaradas do meu Partido no momento da morte do camarada José Saramago. Deixou-nos de luto, a nós e ao povo português, em particular ao povo trabalhador de onde veio, a quem amou e foi fiel», afirmou, na ocasião, Jerónimo de Sousa, que destacou o «escritor» pela «sua vasta e singular obra literária» que «deu à língua portuguesa e a todos os povos que a falam um Prémio Nobel, com tudo o que ele significou de reconhecimento internacional, de admiração entre os trabalhadores da cultura, um pouco por todo o mundo, transformando-se num embaixador da cultura e da nossa língua».

«A sua obra e os seus principais dispositivos narrativos - um tipo de frase dita a vários, a expressão inovadora de um ritmo oral na escrita, um narrador que não se limitou a narrar mas a participar activamente, a restituir a história àqueles que são ignorados muitas vezes pela historiografia oficial, o seu questionamento, o seu espanto e indignação face às multifacetadas opressões no tempo que vivemos - são marcas impressivas do seu compromisso ético e político que, até ao fim da vida, o uniu aos explorados e oprimidos. Usando e desenvolvendo a sua obra para fazer humanos todos os sentidos do homem, pela sua vida perpassa o ideal de um protagonista de Abril, que encontrou no seu Partido, no PCP, que quis que fosse o seu até ao fim da sua vida, um ideal mais avançado», continuou.

«Um homem que acreditou nos homens»

O Secretário-geral do PCP salientou, de igual forma, que José Saramago «foi mais» do que «só um escritor maior da língua portuguesa», «foi um homem que acreditou nos homens, mesmo quando os questionava, que deu expressão concreta à afirmação de Bento de Jesus Caraça da aquisição da cultura como um factor de conquista de liberdade».

«José Saramago sabia que a sua obra e a sua luta seriam sempre algo inacabado. Mas que tinha valido a pena. Valeu sim! É por isso que, para além do sentimento da perda, lhe fazemos uma homenagem sincera que não se quedará neste dia e neste ano da sua morte, fazendo-o como melhor sabemos fazer: prosseguindo o seu ideal», frisou.

Após os discursos, que foram transmitidos na televisão, nas rádios e num ecrã gigante no exterior do edifício, onde se concentravam centenas de pessoas anónimas, a violoncelista Irene Lima, que envergava um vestido vermelho de Pilar del Rio, usado no dia em que José Saramago recebeu o Nobel, interpretou as peças «Sarabanda» - o «Canto dos Pássaros» de Bach. Marcaram ainda presença o Rancho dos Campinos de Azinhaga e a Banda Filármónica da Azinhaga, terra natal do escritor.

Fonte: Órgão Central do Partido Comunista Português

Esse é o nosso Deputado! Conheça um pouco da sua história.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Serra e Alckmin após pesquisa IBOPE

É com essa imagem de desespero, que a cúpula tucana recebeu a noticia da ultima pesquisa IBOPE.


Para o descontentamento da base empresarial, Serra e Alckmin estão sendo desmascarados pela população e uma possível preferência do eleitor em votar no ninho (sujo) tucano, diminui ao ponto que o eleitor é questionado sobre a gestão de sucateamento do estado feita pelo governo paulista em São Paulo e a gestão realizada pelo PT, no governo federal.

Como a base demo-tucana não acredita que José Pedágio Serra, irá alavancar (clique aqui para ver a matéria) e que a população não quer mais o modelo neoliberal de gerenciar o estado, Serra e Alckmin estão tomados pelo desespero de serem definitivamente excluídos da política nacional.....

Essa é a política antipopular de Serra: Projeto voltado ao transplante de médula óssea é vetado pelo governador tucano!

O Projeto de Lei de autoria do deputado estadual Hamilton Pereira (PT) que visava instituir o Promedula (Programa Permanente de Transplante de Medula Óssea), foi apresentado à Assembleia Legislativa em 2004. Ele tinha como objetivo articular as atividades das instituições e órgãos públicos que atuam no Estado de São Paulo, nas várias etapas voltadas à realização do transplante de medula óssea, visando a orientação de doadores e receptores e a eficácia dos serviços disponíveis. Deveria ainda prover informações centralizadas e atualizadas aos profissionais de saúde, visando melhorar a qualidade do atendimento e do encaminhamento de doadores e receptores.

Além disso, ele mobilizaria e integraria os recursos institucionais, humanos, tecnológicos, administrativos, econômicos e financeiros para a ampliação do número de doadores e do atendimento à demanda e buscaria estimular a doação voluntária de medula óssea e do sangue do cordão umbilical e placentário, visando a ampliação das possibilidades de localização de doadores compatíveis.

Aprovado por unanimidade pela Assembléia Legislativa de São Paulo o projeto foi vetado pelo então governador José Serra. Em entrevista, o deputado Hamilton afirma que Serra fez guerra política, sem levar em conta interesses básicos da população. Confira abaixo a íntegra da entrevista:

O que é o Promedula? Quando o projeto foi apresentado?

O Promedula é um Projeto de Lei apresentado por mim em 2004. Deste ano, até 19 de março de 2008, tramitou por diferentes comissões da Assembleia Legislativa, sempre contando com o apoio de outros deputados, de todos os partidos. Neste dia, após a aprovação em plenário, por unanimidade, vários parlamentares, independente da sigla partidária, fizeram questão de subir à tribuna para me parabenizar. O Promedula (Programa Permanente de Transplante de Medula Óssea) iria articular as atividades das instituições e órgãos públicos que atuam, no Estado, nas várias etapas voltadas à realização do transplante de medula óssea, visando a orientação de doadores e receptores e a eficácia dos serviços disponíveis. Deveria ainda prover informações centralizadas e atualizadas aos profissionais de saúde, visando melhorar a qualidade do atendimento e do encaminhamento de doadores e receptores.

Além disso, ele mobilizaria e integraria os recursos institucionais, humanos, tecnológicos, administrativos, econômicos e financeiros para a ampliação do número de doadores e do atendimento à demanda e buscaria estimular a doação voluntária de medula óssea e do sangue do cordão umbilical e placentário, visando a ampliação das possibilidades de localização de doadores compatíveis. O programa quer, também, facilitar a busca e o acesso à captação, análise e localização de doadores compatíveis.

O Projeto também previa atividades de orientação e educação continuada sobre transplantes, doação e identificação de doadores para profissionais da área da saúde e a busca ativa de doadores, com os necessários exames de Antígeno Leucocitário Humano - HLA. Por fim, o programa deveria organizar cadastro centralizado de receptores, hemocentros, laboratórios e centrais de transplante, articulado com o sistema nacional.

Por que Serra vetou o projeto? Que argumentos ele apresentou?

A Assembleia Legislativa aprovou o projeto do Promedula por unanimidade, mas o então governador José Serra o vetou integralmente. As alegações são todas de caráter burocrático. Eu fiquei bastante decepcionado, pois é incompreensível que um ex-ministro da saúde vete um projeto de tal magnitude. Seus próprios companheiros de partido apoiaram unanimemente o Promedula. E alguns tempo depois, o ex-governador vetou outro projeto de minha autoria, também aprovado pela Assembleia, voltada ao atendimento integral aos portadores da Síndrome do Autismo. Acho que Serra fez guerra política, sem levar em conta interesses básicos da população. Só posso entender os vetos pelo fato de os projetos terem tido origem em um deputado da oposição, especialmente do PT. O ex-governador demonstrou mesquinharia política, incompatível com quem se pretende estadista.

O que o senhor pretende fazer agora? Uma iniciativa importante como esta não pode simplesmente ser deixada de lado.

Estamos em tratativas com a Secretaria Estadual da Saúde, para que o Promedula volte à discussão, talvez agora sob a chancela do Executivo e não mais como iniciativa da Assembleia Legislativa. Assim, se venceria um dos obstáculos alegados, que é a de “vício de origem”. Não me importo em perder a “paternidade” do Promedula, desde que o estado de São Paulo assuma o programa. O mesmo ocorre com o projeto de atenção integral aos portadores da Síndrome do Autismo. Ao lado disso, tenho incentivado, ao lado de uma ONG sorocabana, chamada Asa Morena, campanhas de cadastramento de potenciais doadores de medula óssea. O processo é muito simples, apenas um exame de sangue. Aí, os dados do potencial doador são arquivados e, caso seja encontrado um doente que necessite do transplante e seja compatível, ele é procurado para confirmar sua intenção do doar um pouco de sua medula e salvar uma vida.

Biografia

Hamilton Pereira é deputado estadual pelo PT e foi autor de vários projetos de lei, entre eles, o que visava instituir o Promedula (Programa Permanente de Transplante de Medula Óssea).

Fonte: Sindicato dos Psicólogos do Estado de São Paulo

Governos do PSDB multiplicaram praças e preços

O processo de concessões rodoviárias desenvolvido pelos sucessivos governos tucanos de São Paulo quintuplicou o número de praças de pedágio no estado. Em 1997, havia 40 praças – todas sob gestão estatal. Agora são 227 – e todas sob concessão privada. Significa que, em 13 anos, os governos do PSDB autorizaram a operação de 187 novos postos de cobrança. Só o Governo Serra autorizou, em três anos, o funcionamento de mais de 80 novas praças de pedágio.


Em abril, a Central Única dos Trabalhadores iniciou a campanha Movimento Pedágio Justo, contra o alto custo e o aumento de praças de pedágio. E um estudo realizado pela bancada do PT na Assembléia Legislativa mostrou que, para o usuário, o quilômetro das rodovias estaduais é o mais caro do Brasil e do mundo. O valor em São Paulo é, no mínimo, oito vezes maior do que o cobrado em estradas federais.

De acordo com as contas petistas, a proliferação de praças de pedágio “ocasiona alto custo para os usuários, que recebem nas altas tarifas o ônus pago pelas concessionárias ao Estado, o custo financeiro da antecipação de receita e a exigência de lucratividade maior nos contratos. O aumento provocado no valor dos fretes onera toda a economia paulista”.

As empresas de transporte de cargas estimam que os altos valores das tarifas vão comprometer, a partir do ano que vem, a melhoria provocada no trânsito pela abertura do trecho Sul do Rodoanel.

“Com pedágio a R$ 6,00, uma carreta de sete eixos vai gastar R$ 54,00. O motorista vai preferir embolsar o dinheiro e enfrentar o trânsito na Marginal Pinheiros e na Avenida dos Bandeirantes”, aposta o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de São Paulo e Região, Francisco Peluzio.

Segundo os cálculos dos transportadores, se este motorista fizer viagens diárias entre Ribeirão Preto e o porto do Guarujá vai gastar, em três ano, R$ 450 mil.

“Daria para ele comprar uma nova carreta”, avalia Peluzio.

Fonte: Brasilia Confidencial

quinta-feira, 24 de junho de 2010

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Nem aliados e nem FHC acreditam em SERRA - E olha que FHC está tentando ajudar heim!

FHC diz ter sérias dúvidas sobre vitória de Serra nas eleições.


O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) confidenciou a interlocutor de sua mais absoluta confiança recentemente que tem sérias dúvidas sobre a possibilidade de José Serra (PSDB-SP) vencer a eleição presidencial, informa a coluna de Mônica Bergamo, publicada na edição desta quarta-feira da Folha (a íntegra somente para assinantes do UOL e do jornal).

"E olha que estou tentando ajudar", disse o ex-presidente, atualmente em tour pelo exterior --com retorno previsto para o dia 2.

No início de junho, convocada por FHC, a cúpula do PSDB se reuniu em São Paulo para pregar uma correção de rumo da campanha de Serra à Presidência.

O risco de desgaste com a demora na definição da vice é alvo de apreensão do grupo. A falta de diálogo e recentes rompantes de Serra também estiveram em pauta. Todos cobram informações sobre a campanha.

A avaliação foi a de que Serra deveria dedicar mais atenção aos aliados e à montagem de palanques, em vez de desperdiçar energia com a rotina da campanha.

fonte: Estadão

Linguagem e medo global


Eduardo Galeano

Na era vitoriana, as calças não podiam ser mencionadas na presença de uma senhorita.


Hoje, não fica bem dizer certas coisas na presença da opinião pública. O capitalismo ostenta o nome artístico de economia de mercado, o imperialismo chama-se globalização.

As vítimas do imperialismo chamam-se países em vias de desenvolvimento, o que é como chamar de crianças aos anões.

O oportunismo chama-se pragmatismo, a traição chama-se realismo.

Os pobres chamam-se carentes, ou carenciados, ou pessoas de escassos recursos.

A expulsão das crianças pobres do sistema educativo é conhecida sob o nome de deserção escolar.

O direito do patrão a despedir o operário sem indemnização nem explicação chama-se flexibilização do mercado laboral.

A linguagem oficial reconhece os direitos das mulheres entre os direitos das minorias, como se a metade masculina da humanidade fosse a maioria.

Ao invés de ditadura militar, diz-se processo.

As torturas chamam-se pressões ilegais, ou também pressões físicas e psicológicas.

Quando os ladrões são de boa família, não são ladrões e sim cleptómanos.

O saqueio dos fundos públicos pelos políticos corruptos responde pelo nome de enriquecimento ilícito.

Chamam-se acidentes os crimes cometidos pelos automóveis.

Para dizer cegos, diz-se não visuais, um negro é um homem de cor.

Onde se diz longa e penosa enfermidade deve-se ler cancro ou SIDA.

Doença repentina significa enfarte, nunca se diz morte e sim desaparecimento físico.

Tão pouco são mortos os seres humanos aniquilados nas operações militares.

Os mortos em batalha são baixas, e as de civis que a acompanham são danos colaterais.

Em 1995, aquando das explosões nucleares da França no Pacífico Sul, o embaixador francês na Nova Zelândia declarou: "Não me agrada essa palavra bomba, não são bombas. São artefactos que explodem".

Chamam-se "Conviver" alguns dos bandos que assassinam pessoas na Colômbia, à sombra da protecção militar.

Dignidade era o nome de um dos campos de concentração da ditadura chilena e Liberdade a maior prisão da ditadura uruguaia.

Chama-se Paz e Justiça o grupo paramilitar que, em 1997, metralhou pelas costas quarenta e cinco camponeses, quase todos mulheres e crianças, no momento em que rezavam numa igreja da aldeia de Acteal, em Chiapas. O medo global

Os que trabalham têm medo de perder o trabalho.

Os que não trabalham têm medo de nunca encontrar trabalho.

Quem não tem medo da fome, tem medo da comida.

Os automobilistas têm medo de caminhar e os peões têm medo de ser atropelados.

A democracia tem medo de recordar e a linguagem tem medo de dizer.

Os civis têm medo dos militares, os militares têm medo da falta de armas.

É o tempo do medo.

Medo da mulher à violência do homem e medo do homem à mulher sem medo.

Fonte: Contexto Livre

Professores denunciam: reitor de Serra quer privatizar USP - E viva o neoliberalismo - essa tucanalha é fogo.

Chico defende trabalhadores da USP

Por uma universidade pública


FRANCISCO DE OLIVEIRA, PAULO ARANTES, LUIZ MARTINS e J. SOUTO MAIOR

O reitor da Universidade de São Paulo publicou neste espaço (“Mecenato e universidade”, 10/6) artigo com alguns argumentos que precisam ser democraticamente contrapostos. Para ele, os problemas da USP partem de uma razão econômica.

A saída que expõe é uma contradição em termos: o ingresso de dinheiro privado para a melhoria da universidade pública. Para proteger a universidade pública, que é melhor que a privada, diz que a universidade pública deve abrir suas portas para o dinheiro privado.

No fundo, o que a sua solução esconde é a tentativa de privatizar o ensino público. Ora, não se tendo conseguido fazer com que as entidades privadas prevalecessem no cenário educacional, busca-se fazer com que o ensino público forneça o material humano necessário para os fins da iniciativa privada.

A dificuldade econômica pela qual passa a universidade pública é fruto de uma negligência proposital do Estado com o ensino público, que se pretende compensar com o investimento privado.

Este último cria, na verdade, uma perigosa promiscuidade que desvirtua a razão de ser do ensino público, que deve se voltar para os problemas sociopolítico-econômicos gerais do país.

Mas mais grave ainda é a forma pela qual se vislumbra tal “parceria”. Na Faculdade de Direito, ela se fez para duvidosas reformas arquitetônicas que nada acrescentaram à melhoria do ensino. Além disso, para se chegar a tanto, foram desrespeitados diversos preceitos da ordem jurídica. O que o reitor chama de “modernização” constituiu grave ilegalidade.

Cumpre resgatar o respeito à ordem jurídica, ainda mais à luz do grotesco episódio de transposição dos livros das bibliotecas departamentais, da noite para o dia, para um prédio desprovido de condições, e cuja devolução ao local de origem, por determinação do Ministério Público, vem se arrastando há mais de três semanas…

Tais ilegalidades justificariam um processo de improbidade administrativa contra o reitor, que, além do mais, em entrevista recente à Rede Bandeirantes, referiu-se à USP, faltando com o decoro acadêmico mínimo, como “terra de ninguém”, “tomada por invasores” e “assemelhada a morros do Rio de Janeiro”, em vias de “virar um Haiti”.

O grande passo que precisa ser dado pela USP é a sua reestruturação, buscando a democratização interna e externa, mediante o voto universal, condição para uma estatuinte e um processo rumo à superação do vestibular, visando o acesso universalizado à universidade pública, tal como é no México e na Argentina há quase um século.

O reconhecimento republicano da igualdade de voto e de cidadania de professores, estudantes e trabalhadores supõe o respeito pleno às manifestações dos servidores que legitimamente lutam por direitos.

A reitoria afirma que os trabalhadores em greve estão cometendo uma ilegalidade e comete o abuso de cortar o ponto de mil servidores, mirando com suas punições principalmente alguns de menor salário.

Mas a greve é um direito fundamental consagrado e, sobretudo, se justifica quando os trabalhadores são atingidos, na sua concepção, por ilegalidades cometidas pelo empregador. Negar a greve como um direito e fixar represálias ou coações constitui, por si, um grave atentado à democracia.

Todos os que prezam o regime democrático devem se alinhar com os trabalhadores da USP, que fazem história com suas lutas, contribuindo vivamente para a democratização da universidade, tal como os operários do ABC que, nos idos de 1978-80, desafiaram publicamente a repressão e levaram à reconstrução da ordem jurídica do país.

Fonte: Paulo Henrique Amorim

terça-feira, 22 de junho de 2010

Brasil criou 1,26 milhão de empregos de janeiro a maio


CAROLINA CASCÃO

O Brasil gerou 298.041 empregos com carteira assinada em maio. Foi o melhor resultado para o mês de maio e o quarto melhor desempenho mensal do mercado de trabalho em toda a história do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Nos primeiros cinco meses do ano, o número de novos empregos formais somou 1,26 milhão, mais da metade da meta de 2,5% milhões prevista para todo este ano.

O desempenho do mercado de trabalho entre janeiro e maio animou o ministro Carlos Lupi a aumentar a previsão do governo sobre a geração de empregos em 2010 e ao longo dos oito anos de Governo Lula. Segundo Lupi, a criação de empregos durante os dois mandatos de Lula deve chegar a 15 milhões. De janeiro de 2003 ao fim de maio de 2010 foram gerados 13.013.131 postos de trabalho.

O ministro acredita que a Copa do Mundo de futebol e as eleições vão aumentar o número de trabalhadores empregados.

“A Copa do Mundo e as eleições impulsionam a economia e criam empregos temporários e na indústria. Isso gera um efeito sazonal”, explicou.

Em maio, o setor Serviços contratou mais 86.104 trabalhadores. A agricultura empregou mais 62.247 pessoas e registrou a maior elevação do nível de emprego no mês dentre todos os setores e subsetores de atividade econômica. Esse desempenho, de acordo com o Ministério do Trabalho, está associado à interação entre fatores conjunturais e sazonais, estes relacionados às atividades de cultivo de cana-de-açúcar e café na Região Sudeste.

A Indústria de Transformação criou mais 62.220 postos de trabalho. E, pelo terceiro mês consecutivo, o setor Comércio apresentou desempenho recorde, com a geração de 43.465 empregos, sobretudo no segmento varejista.

Já a Construção Civil teve, em maio, o quinto mês consecutivo de geração recorde de empregos. Contratou quase 40.000 trabalhadores.

Fonte: Brasilia Confidencial

segunda-feira, 21 de junho de 2010

TRE deixa PSDB do Serra sem grana para fazer propaganda.

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo desaprovou as contas do diretório estadual do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), referentes ao exercício de 2006. Com a decisão fica suspenso o repasse de novas quotas do fundo partidário à agremiação pelo período de doze meses e determinado, ainda, o recolhimento ao Fundo Partidário do valor de R$ 394.413,54.


De acordo com o julgamento, a agremiação apresentou diversas irregularidades em sua prestação de contas, entre elas, deixou de comprovar R$ 331.683,04 de receitas de eventos, R$ 54.600,00 provenientes de outras receitas, R$ 4.000,00 recebidos de fontes vedadas de arrecadação e R$ 4.130,50 sem identificação de origem.

Em janeiro o TRE já havia reprovado as contas do PSDB referentes ao ano de 2005

Fonte: Opinião Socialista

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Saramago por ele mesmo

"Ao princípio, respondia que escrevia para que gostassem de mim. Depois esta resposta pareceu-me insuficiente e decidi que escrevia porque não me agradava a ideia de ter de morrer. Agora digo, e se calhar é verdade, que, no fundo, escrevo para compreender”

Por: Cláudia Motta

Publicado em 01/01/2009

O cético teve de acreditar no milagre. Foi isso que o escritor português José Saramago ouviu dos médicos que trataram do problema respiratório que o abalou, em 2007. Ateu e comunista convicto, ele não se dobra: “Milagre não foi. Devo a vida à qualidade excepcional daqueles médicos e a Pilar, que não deixou que eu morresse”. É a ela que Saramago dedica seu recém-lançado A Viagem do Elefante. Há dez anos Saramago passa ao lado de sua mulher, a jornalista espanhola Pilar del Rio, seus dias de sobrevivente, como se autodefine.

Aguçado por uma viagem a Salzburgo, Áustria, onde conheceu a história do elefante, José Saramago começou este livro em fevereiro de 2007. Escreveu umas 40 páginas e parou por causa da doença. Foram seis meses de pausa. Dois dias depois de receber alta e voltar para casa retomou o texto do que seria, segundo ele mesmo, o livro mais jovial e mais divertido que já escreveu. “Foi escrito em estado de pura felicidade por ter escapado. E mais: saí dessa doença com uma serenidade interior que nunca tinha experimentado. Pilar diz que é um livro cheio de sabedoria... e talvez seja”, disse, emocionado, durante uma sessão de leitura da obra, no fim de novembro, em São Paulo.

Quando publicou seu primeiro romance, Terra do Pecado (1947), Saramago não projetava ainda a carreira de escritor. “Fui escrevendo com uma preocupação: não escrever nada que não tivesse pensado. Sem ambição, sem fazer carreira, só fazendo aquilo que a vida me pedia.” Passou, então, quase duas décadas sem publicar novo livro. “Já há demasiados livros no mundo, se não tenho a dizer nada que valha a pena, para que escrever?”

Durante sua estada em São Paulo, o escritor - que nunca cursou uma universidade, escreveu 41 livros em 30 anos e recebeu o Nobel de Literatura em 1998 - falou sobre sua formação. Vindo de família humilde, mantinha com os pais uma relação distante. “Tive um irmão, dois anos mais velho que eu, que morreu muito cedo, e recordo que a minha mãe, evidentemente de maneira inconsciente, me fez sofrer quando era pequeno, comparando-nos e elogiando o filho desaparecido... Se calhar, é por isso que tenho mais referências de meus avós maternos... mas também não posso idealizar muito essas relações porque eram aldeãos, de vida muita dura, e não tinham muito espaço em sua sensibilidade para o carinho”, diz, em depoimento a Juan Arias em El Amor Possible.

Em seu livro Pequenas Memórias, refere-se ao avô Jerónimo Melrinho, que perdeu em 1948, como um “Einstein esmagado sob uma montanha de impossíveis, um filósofo, um escritor analfabeto. Alguma coisa seria que não pôde ser nunca...” Sobre a avó Josefa Caixinha, morta em 1968, havia escrito um ano antes, no jornal A Capital: “O teu riso é como um foguete de cores. Como tu, não vai rir ninguém. Estou diante de ti, e não entendo. Sou da tua carne e do teu sangue, mas não entendo… Aperto a tua mão calosa, passo a minha mão pela tua face enrugada e pelos teus cabelos brancos, partidos pelo peso dos carregos - e continuo a não entender. Foste bela, dizes, e bem vejo que és inteligente. Por que foi então que te roubaram o mundo? Quem te roubou?”

Saramago acredita que a interpretação que damos para as coisas tem a ver com a pessoa que somos e, portanto, com o olhar que temos e a sensibilidade que transportamos. “Quando me vi perante a natureza na minha aldeia Azinhaga, era uma criança. Uma criança simples e pobre, nem sequer precoce. Mas era sensível e sério. E uma criança séria era um bicho um pouco raro. Estava cheio de melancolia, às vezes de tristeza. Gostava da solidão.”

Sua literatura nasce então desse olhar sensível, sério e melancólico sobre o cenário de sua infância, e vai desenvolver-se sob os clássicos portugueses aos quais credita sua influência, como Padre Antonio Vieira, Antero de Quental, Almeida Garret - “em Viagens da Inglaterra vi uma luz a seguir”. Ele lembra também de Kafka como “o maior dos modernos” e destaca a importância de Proust, Borges e Fernando Pessoa -“como é que parimos aquele homem?”

O que a vida pedia

Aos 86 anos, Saramago ainda é o menino com sensibilidade e melancolia à flor da pele. Chorou ao assistir à adaptação de seu livro Ensaio sobre a Cegueira (de Fernando Meirelles) para o cinema, obra emblemática da ausência de virtude, notada pelo escritor, no homem: “Quem quer ser bom hoje, simplesmente bom? O necessário é triunfar, essa é a regra, todos queremos aparecer como triunfadores”. Para ele, sempre pode haver particularidades que tornem o nosso fim, sempre triste, mais chocante. “É o caso do elefante, que fez longa viagem num rigoroso inverno, para ter um triste fim. Uma metáfora que trata da inutilidade da vida, de não conseguirmos fazer da vida mais do que ela é.”

No caso dele, porém, as particularidades da vida foram mais generosas, sobretudo quando, aos 63 anos, conheceu Pilar: “A vida pensou ‘tem de ser agora’, se não, será demasiado tarde. Se tivesse morrido antes de conhecer Pilar, tinha morrido muito mais velho do que sou hoje”.

Cada expressão sua, dita ou escrita, por meios distintos, traz um pouco do homem genial, que respeita os livros, as pessoas e seus defeitos e sabe, como poucos, traduzir toda essa desordem da natureza humana na mais perfeita prosa poética. “Escrever é uma caixinha de surpresas. Espero sempre que às pessoas ocorra: ‘como é que esse sujeito foi pensar nisso?’”. Saramago ensina que é preciso levar em conta “a opinião do livro”, perceber o que ele quer. “Nesse caso (do Elefante), o livro quis ser alegre e eu aceitei, ajudei-o a ser.”

Fonte: Rede Brasil Atual

Morre aos 87 anos escritor português José Saramago - Uma perda para esquerda mundial!

O escritor português José Saramago morreu hoje aos 87 anos. Ele deixa um legado de opiniões fortes e uma vasta obra literária. Prêmio Nobel de Literatura em 1998, primeiro escritor de língua portuguesa a obter a honraria, Saramago mostrou ao longo de sua vida uma paixão duradoura pela literatura.


Seus livros são marcados pelos períodos longos e pela pontuação em muitos momentos quase inexistente. Os artifícios formais são vistos como verdadeira barreira para vários leitores, mas outros se encantam com a fluidez de seus textos, sempre entremeados por reflexões fortemente humanistas.

Nascido em 16 de novembro de 1922, numa aldeia do Ribatejo chamada Azinhaga, de família humilde, Saramago só veio a produzir sua primeira obra de sua fase mais madura em 1980, "Levantado do Chão". Dois anos depois, "Memorial do Convento" o colocou como um dos maiores autores de Portugal, posição confirmada com o lançamento do inventivo "O ano da morte de Ricardo Reis", em que narra os dias finais do heterônimo de um dos pilares da literatura de seu país: Fernando Pessoa, em uma criativa mescla de fatos reais e imaginados.

Saramago era um autor prolífico. Além de romances, publicou diários, contos, peças, crônicas e poemas. Ainda em 2009, lançou mais um livro, "Caim".

Esta obra retoma um personagem bíblico, subvertendo a versão oficial da Igreja Católica. Em 1991, seu "Evangelho segundo Jesus Cristo" dispôs de artifício semelhante. A "reescrita" do ateu convicto de esquerda não agradou aos religiosos, provocando grande polêmica em uma nação fortemente católica. No ano seguinte, o livro foi indicado a um prêmio, mas o governo português vetou a candidatura. Insatisfeito, Saramago partiu para um "exílio voluntário" na espanhola Lanzarote, nas Ilhas Canárias, onde vivia desde 1993.

Outro de seus romances, "Ensaio sobre a cegueira", narra uma epidemia em que os personagens perdem a visão, enquanto uma mulher a mantém. A obra, uma das mais conhecidas do português, foi adaptada para o cinema pelas mãos do diretor brasileiro Fernando Meirelles. O filme foi exibido no Festival de Cannes.

Saramago não se furtava a emitir opiniões, seja em seus livros, seja em entrevistas. Em 2008, afirmou que era um "comunista hormonal". Ao mesmo tempo, desferia duras críticas à esquerda, que "não pensa nem atua", segundo declaração dele do mesmo ano.

Vão-se as polêmicas, fica a obra. O crítico Harold Bloom qualificou-o como "o escritor de romances mais dotado de talento dos que seguem com vida, um dos últimos titãs de um gênero em vias de extinção". A citação consta do prefácio de "O Caderno", assinado pelo italiano Umberto Eco, reproduzido pelo site do jornal espanhol "El País".

Neste "Caderno", Saramago reúne texto publicados inicialmente em seu blog. No prefácio, Eco notava que, apesar de já ser fartamente consagrado, Saramago ainda se dispunha a escrever suas reflexões sobre o mundo na internet e a dialogar com os leitores.

No mesmo texto, o pensador italiano lista alguns dos temas presentes na obra de Saramago: os grandes problemas metafísicos, a realidade e a aparência, a natureza e a esperança, e como são as coisas quando não as estamos olhando. Eco arrisca ainda uma entre as muitas definições possíveis para Saramago: um "delicado tecedor de parábolas".







MPE quer tirar Blog do ar, por reproduzir matéria do Estadão!

Relatório do UBS aponta Dilma com mais chances do que o ex-governador Serra

O Estado de S.Paulo

Relatório feito pelo banco suíço UBS afirma ser "significativa" a probabilidade de a pré-candidata pelo PT, Dilma Rousseff, ganhar a eleição no primeiro turno. De acordo com o texto, a petista está numa posição mais forte para ser eleita presidente. O documento, no entanto, relata ser mais provável que a disputa chegue ao segundo turno.

O relatório diz que a probabilidade de vitória de Dilma é maior em razão do desejo do eleitor de manter as coisas como estão e o fato de ela ser associada como a candidata da continuidade. O texto também afirma que o principal risco associado à petista é no lado fiscal. Em relação ao tucano José Serra, afirma que o principal risco é o "aparente" desejo de mudanças na política econômica.

O MPE quer que o blog Os Amigos do Presidente Lula seja retirado da rede por reproduzir matéria do jornal Estado de São Paulo, por ela ser favorável a ministra Dilma. Então deveriam tirar o jornal da rede, volta a censura, proibi o jornal de dar notícias favorável a ministra Dilma. Um absurdo!
 
Fonte: Blog da Dilma

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Porquê o Socialismo?

Será aconselhável para quem não é especialista em assuntos económicos e sociais exprimir opiniões sobre a questão do socialismo? Eu penso que sim, por uma série de razões.


Consideremos antes de mais a questão sob o ponto de vista do conhecimento científico. Poderá parecer que não há diferenças metodológicas essenciais entre a astronomia e a economia: os cientistas em ambos os campos tentam descobrir leis de aceitação geral para um grupo circunscrito de fenómenos de forma a tornar a interligação destes fenómenos tão claramente compreensível quanto possível. Mas, na realidade, estas diferenças metodológicas existem. A descoberta de leis gerais no campo da economia torna-se difícil pela circunstância de que os fenómenos económicos observados são frequentemente afectados por muitos factores que são muito difíceis de avaliar separadamente. Além disso, a experiência acumulada desde o início do chamado período civilizado da história humana tem sido – como é bem conhecido – largamente influenciada e limitada por causas que não são, de forma alguma, exclusivamente económicas por natureza. Por exemplo, a maior parte dos principais estados da história ficou a dever a sua existência à conquista. Os povos conquistadores estabeleceram-se, legal e economicamente, como a classe privilegiada do país conquistado. Monopolizaram as terras e nomearam um clero de entre as suas próprias fileiras. Os sacerdotes, que controlavam a educação, tornaram a divisão de classes da sociedade numa instituição permanente e criaram um sistema de valores segundo o qual as pessoas se têm guiado desde então, até grande medida de forma inconsciente, no seu comportamento social.

Mas a tradição histórica é, por assim dizer, coisa do passado; em lado nenhum ultrapassámos de facto o que Thorstein Veblen chamou de “fase predatória” do desenvolvimento humano. Os factos económicos observáveis pertencem a essa fase e mesmo as leis que podemos deduzir a partir deles não são aplicáveis a outras fases. Uma vez que o verdadeiro objectivo do socialismo é precisamente ultrapassar e ir além da fase predatória do desenvolvimento humano, a ciência económica no seu actual estado não consegue dar grandes esclarecimentos sobre a sociedade socialista do futuro.

Segundo, o socialismo é dirigido para um fim sócio-ético. A ciência, contudo, não pode criar fins e, muito menos, incuti-los nos seres humanos; quando muito, a ciência pode fornecer os meios para atingir determinados fins. Mas os próprios fins são concebidos por personalidades com ideais éticos elevados e – se estes ideais não nascerem já votados ao insucesso, mas forem vitais e vigorosos – adoptados e transportados por aqueles muitos seres humanos que, semi-inconscientemente, determinam a evolução lenta da sociedade.

Por estas razões, devemos precaver-nos para não sobrestimarmos a ciência e os métodos científicos quando se trata de problemas humanos; e não devemos assumir que os peritos são os únicos que têm o direito a expressarem-se sobre questões que afectam a organização da sociedade.

Inúmeras vozes afirmam desde há algum tempo que a sociedade humana está a passar por uma crise, que a sua estabilidade foi gravemente abalada. É característico desta situação que os indivíduos se sintam indiferentes ou mesmo hostis em relação ao grupo, pequeno ou grande, a que pertencem. Para ilustrar o meu pensamento, permitam-me que exponha aqui uma experiência pessoal. Falei recentemente com um homem inteligente e cordial sobre a ameaça de outra guerra, que, na minha opinião, colocaria em sério risco a existência da humanidade, e comentei que só uma organização supra-nacional ofereceria protecção contra esse perigo. Imediatamente o meu visitante, muito calma e friamente, disse-me: “Porque se opõe tão profundamente ao desaparecimento da raça humana?”

Tenho a certeza de que há tão pouco tempo como um século atrás ninguém teria feito uma afirmação deste tipo de forma tão leve. É a afirmação de um homem que tentou em vão atingir um equilíbrio interior e que perdeu mais ou menos a esperança de ser bem sucedido. É a expressão de uma solidão e isolamento dolorosos de que sofre tanta gente hoje em dia. Qual é a causa? Haverá uma saída?

É fácil levantar estas questões, mas é difícil responder-lhes com um certo grau de segurança. No entanto, devo tentar o melhor que posso, embora esteja consciente do facto de que os nossos sentimentos e esforços são muitas vezes contraditórios e obscuros e que não podem ser expressos em fórmulas fáceis e simples.

O homem é, simultaneamente, um ser solitário e um ser social. Enquanto ser solitário, tenta proteger a sua própria existência e a daqueles que lhe são próximos, satisfazer os seus desejos pessoais, e desenvolver as suas capacidades inatas. Enquanto ser social, procura ganhar o reconhecimento e afeição dos seus semelhantes, partilhar os seus prazeres, confortá-los nas suas tristezas e melhorar as suas condições de vida. Apenas a existência destes esforços diversos e frequentemente conflituosos respondem pelo carácter especial de um ser humano, e a sua combinação específica determina até que ponto um indivíduo pode atingir um equilíbrio interior e pode contribuir para o bem-estar da sociedade. É perfeitamente possível que a força relativa destes dois impulsos seja, no essencial, fixada por herança. Mas a personalidade que finalmente emerge é largamente formada pelo ambiente em que um indivíduo acaba por se descobrir a si próprio durante o seu desenvolvimento, pela estrutura da sociedade em que cresce, pela tradição dessa sociedade, e pelo apreço por determinados tipos de comportamento. O conceito abstracto de “sociedade” significa para o ser humano individual o conjunto das suas relações directas e indirectas com os seus contemporâneos e com todas as pessoas de gerações anteriores. O indivíduo é capaz de pensar, sentir, lutar e trabalhar sozinho, mas depende tanto da sociedade – na sua existência física, intelectual e emocional – que é impossível pensar nele, ou compreendê-lo, fora da estrutura da sociedade. É a “sociedade” que lhe fornece comida, roupa, casa, instrumentos de trabalho, língua, formas de pensamento, e a maior parte do conteúdo do pensamento; a sua vida foi tornada possível através do trabalho e da concretização dos muitos milhões passados e presentes que estão todos escondidos atrás da pequena palavra “sociedade”.

É evidente, portanto, que a dependência do indivíduo em relação à sociedade é um facto da natureza que não pode ser abolido – tal como no caso das formigas e das abelhas. No entanto, enquanto todo o processo de vida das formigas e abelhas é reduzido ao mais pequeno pormenor por instintos hereditários rígidos, o padrão social e as interrelações dos seres humanos são muito variáveis e susceptíveis de mudança. A memória, a capacidade de fazer novas combinações, o dom da comunicação oral tornaram possíveis os desenvolvimentos entre os seres humanos que não são ditados por necessidades biológicas. Estes desenvolvimentos manifestam-se nas tradições, instituições e organizações; na literatura; nas obras científicas e de engenharia; nas obras de arte. Isto explica a forma como, num determinado sentido, o homem pode influenciar a sua vida através da sua própria conduta, e como neste processo o pensamento e a vontade conscientes podem desempenhar um papel.

O homem adquire à nascença, através da hereditariedade, uma constituição biológica que devemos considerar fixa ou inalterável, incluindo os desejos naturais que são característicos da espécie humana. Além disso, durante a sua vida, adquire uma constituição cultural que adopta da sociedade através da comunicação e através de muitos outros tipos de influências. É esta constituição cultural que, com a passagem do tempo, está sujeita à mudança e que determina, em larga medida, a relação entre o indivíduo e a sociedade. A antropologia moderna ensina-nos, através da investigação comparativa das chamadas culturas primitivas, que o comportamento social dos seres humanos pode divergir grandemente, dependendo dos padrões culturais dominantes e dos tipos de organização que predominam na sociedade. É nisto que aqueles que lutam por melhorar a sorte do homem podem fundamentar as suas esperanças: os seres humanos não estão condenados, devido à sua constituição biológica, a exterminarem-se uns aos outros ou a ficarem à mercê de um destino cruel e auto-infligido.

Se nos interrogarmos sobre como deveria mudar a estrutura da sociedade e a atitude cultural do homem para tornar a vida humana o mais satisfatória possível, devemos estar permanentemente conscientes do facto de que há determinadas condições que não podemos alterar. Como mencionado anteriormente, a natureza biológica do homem, para todos os objectivos práticos, não está sujeita à mudança. Além disso, os desenvolvimentos tecnológicos e demográficos dos últimos séculos criaram condições que vieram para ficar. Em populações com fixação relativamente densa e com bens indispensáveis à sua existência continuada, é absolutamente necessário haver uma extrema divisão do trabalho e um aparelho produtivo altamente centralizado. Já lá vai o tempo – que, olhando para trás, parece ser idílico – em que os indivíduos ou grupos relativamente pequenos podiam ser completamente auto-suficientes. É apenas um pequeno exagero dizer-se que a humanidade constitui, mesmo actualmente, uma comunidade planetária de produção e consumo.

Cheguei agora ao ponto em que vou indicar sucintamente o que para mim constitui a essência da crise do nosso tempo. Diz respeito à relação do indivíduo com a sociedade. O indivíduo tornou-se mais consciente do que nunca da sua dependência relativamente à sociedade. Mas ele não sente esta dependência como um bem positivo, como um laço orgânico, como uma força protectora, mas mesmo como uma ameaça aos seus direitos naturais, ou ainda à sua existência económica. Além disso, a sua posição na sociedade é tal que os impulsos egotistas da sua composição estão constantemente a ser acentuados, enquanto os seus impulsos sociais, que são por natureza mais fracos, se deterioram progressivamente. Todos os seres humanos, seja qual for a sua posição na sociedade, sofrem este processo de deterioração. Inconscientemente prisioneiros do seu próprio egotismo, sentem-se inseguros, sós, e privados do gozo naïve, simples e não sofisticado da vida. O homem pode encontrar sentido na vida, curta e perigosa como é, apenas dedicando-se à sociedade.

A anarquia económica da sociedade capitalista como existe actualmente é, na minha opinião, a verdadeira origem do mal. Vemos perante nós uma enorme comunidade de produtores cujos membros lutam incessantemente para despojar os outros dos frutos do seu trabalho colectivo – não pela força, mas, em geral, em conformidade com as regras legalmente estabelecidas. A este respeito, é importante compreender que os meios de produção – ou seja, toda a capacidade produtiva que é necessária para produzir bens de consumo bem como bens de equipamento adicionais – podem ser legalmente, e na sua maior parte são, propriedade privada de indivíduos.

Para simplificar, no debate que se segue, chamo “trabalhadores” a todos aqueles que não partilham a posse dos meios de produção – embora isto não corresponda exactamente à utilização habitual do termo. O detentor dos meios de produção está em posição de comprar a mão-de-obra. Ao utilizar os meios de produção, o trabalhador produz novos bens que se tornam propriedade do capitalista. A questão essencial deste processo é a relação entre o que o trabalhador produz e o que recebe, ambos medidos em termos de valor real. Na medida em que o contrato de trabalho é “livre”, o que o trabalhador recebe é determinado não pelo valor real dos bens que produz, mas pelas suas necessidades mínimas e pelas exigências dos capitalistas para a mão-de-obra em relação ao número de trabalhadores que concorrem aos empregos. É importante compreender que, mesmo em teoria, o pagamento do trabalhador não é determinado pelo valor do seu produto.

O capital privado tende a concentrar-se em poucas mãos, em parte por causa da concorrência entre os capitalistas e em parte porque o desenvolvimento tecnológico e a crescente divisão do trabalho encorajam a formação de unidades de produção maiores à custa de outras mais pequenas. O resultado destes desenvolvimentos é uma oligarquia de capital privado cujo enorme poder não pode ser eficazmente controlado mesmo por uma sociedade política democraticamente organizada. Isto é verdade, uma vez que os membros dos órgãos legislativos são escolhidos pelos partidos políticos, largamente financiados ou influenciados pelos capitalistas privados que, para todos os efeitos práticos, separam o eleitorado da legislatura. A consequência é que os representantes do povo não protegem suficientemente os interesses das secções sub-privilegiadas da população. Além disso, nas condições existentes, os capitalistas privados controlam inevitavelmente, directa ou indirectamente, as principais fontes de informação (imprensa, rádio, educação). É assim extremamente difícil e mesmo, na maior parte dos casos, completamente impossível, para o cidadão individual, chegar a conclusões objectivas e utilizar inteligentemente os seus direitos políticos.

Assim, a situação predominante numa economia baseada na propriedade privada do capital caracteriza-se por dois principais princípios: primeiro, os meios de produção (capital) são privados e os detentores utilizam-nos como acham adequado; segundo, o contrato de trabalho é livre. Claro que não há tal coisa como uma sociedade capitalista pura neste sentido. É de notar, em particular, que os trabalhadores, através de longas e duras lutas políticas, conseguiram garantir uma forma algo melhorada do “contrato de trabalho livre” para determinadas categorias de trabalhadores. Mas tomada no seu conjunto, a economia actual não difere muito do capitalismo “puro”.

A produção é feita para o lucro e não para o uso. Não há nenhuma disposição em que todos os que possam e queiram trabalhar estejam sempre em posição de encontrar emprego; existe quase sempre um “exército de desempregados. O trabalhador está constantemente com medo de perder o seu emprego. Uma vez que os desempregados e os trabalhadores mal pagos não fornecem um mercado rentável, a produção de bens de consumo é restrita e tem como consequência a miséria. O progresso tecnológico resulta frequentemente em mais desemprego e não no alívio do fardo da carga de trabalho para todos. O motivo lucro, em conjunto com a concorrência entre capitalistas, é responsável por uma instabilidade na acumulação e utilização do capital que conduz a depressões cada vez mais graves. A concorrência sem limites conduz a um enorme desperdício do trabalho e a esse enfraquecimento consciência social dos indivíduos que mencionei anteriormente.

Considero este enfraquecimento dos indivíduos como o pior mal do capitalismo. Todo o nosso sistema educativo sofre deste mal. É incutida uma atitude exageradamente competitiva no aluno, que é formado para venerar o sucesso de aquisição como preparação para a sua futura carreira.

Estou convencido que só há uma forma de eliminar estes sérios males, nomeadamente através da constituição de uma economia socialista, acompanhada por um sistema educativo orientado para objectivos sociais. Nesta economia, os meios de produção são detidos pela própria sociedade e são utilizados de forma planeada. Uma economia planeada, que adeque a produção às necessidades da comunidade, distribuiria o trabalho a ser feito entre aqueles que podem trabalhar e garantiria o sustento a todos os homens, mulheres e crianças. A educação do indivíduo, além de promover as suas próprias capacidades inatas, tentaria desenvolver nele um sentido de responsabilidade pelo seu semelhante em vez da glorificação do poder e do sucesso na nossa actual sociedade.

No entanto, é necessário lembrar que uma economia planeada não é ainda o socialismo. Uma tal economia planeada pode ser acompanhada pela completa opressão do indivíduo. A concretização do socialismo exige a solução de problemas socio-políticos extremamente difíceis; como é possível, perante a centralização de longo alcance do poder económico e político, evitar a burocracia de se tornar toda-poderosa e vangloriosa? Como podem ser protegidos os direitos do indivíduo e com isso assegurar-se um contrapeso democrático ao poder da burocracia?

A clareza sobre os objectivos e problemas do socialismo é da maior importância na nossa época de transição. Visto que, nas actuais circunstâncias, a discussão livre e sem entraves destes problemas surge sob um tabu poderoso, considero a fundação desta revista como um serviço público importante.

Albert Einstein

Einstein escreveu este trabalho especialmente para o lançamento da Monthly Review , cujo primeiro número foi publicado em Maio de 1949. Tradução de Anabela Magalhães.

Fonte: Contexto Livre

Puta que pariu pisa no freio Zé Pedágio

Economia Solidária: Lucro anual supera R$ 7 bilhões

CAROLINA CASCÃO

São mais de 1,6 milhão de pessoas em 21.859 empreendimentos econômicos que produzem lucro mensal de R$ 653 milhões – pouco menos de R$ 8 bilhões por ano. Exposta apenas em números, é essa a radiografia geral dos programas de Economia Solidária criados e impulsionados pelo Governo Lula em todas as regiões. Seus dados constam do Sistema Nacional de Informações em Economia Solidária coordenado pelo Ministério do Trabalho e foram divulgados ontem aos 1.600 delegados estaduais que participam da II Conferência Nacional de Economia Solidária, no canteiro central da Esplanada dos Ministérios.

O sistema informa ainda que mais de 43% dos empreendimentos de economia solidária estão registrados na Região Nordeste. No Sudeste são 18%; no Sul 16%; no Norte 12%; e no Centro Oeste os demais 10%.

Do total de 1.687.496 pessoas envolvidas nos empreendimentos, 62,8% são homens e 37,4% mulheres. Bernadete Barbosa, pernambucana de 46 anos, é uma delas. A Associação Casa da Mulher de Gravatá, que ela coordena, vende mensalmente 2.000 bonecas “da sorte”, o que lhe permite assistir 30 famílias e oferecer atendimento em saúde física e mental às mulheres participantes do empreendimento.

Outro exemplo é Mariza Mendes, 55 anos, da Associação Rural e Urbana de Barbacena, em Minas Gerais. Com mais de 60 empreendimentos no município, a entidade produz e vende desde artigos de artesanato até produtos da agricultura familiar, como geleias, bolos e biscoitos. Cada associado ganha entre R$ 100,00 e r$ 500,00 por mês.

“Espero agora a criação de mais um ministério no governo brasileiro, o Ministério da Economia Solidária”, torce Mariza.

Arildo Motta, presidente da Unisol, uma associação sem fins lucrativos que ajuda a formar trabalhadores, afirma que o Brasil tem condições para avançar na economia solidária, gerar renda e distribuir com equidade.

“Precisamos avançar mais e consolidar as leis sociais. É necessário que os programas de economia solidária se tornem política públicas de Estado”.

Nesse sentido, a conferência será encerrada hoje com a aprovação de um documento em que sugere ao governo e ao Congresso a consolidação de um marco legal para a política de economia solidária.

“Queremos um sistema nacional de política solidária e levaremos o que for deliberado aqui para criarmos redes nos municípios”, afirmou a ministra do Desenvolvimento Social, Márcia Lopes, em discurso na abertura da conferência.

O secretário executivo do Ministério do Trabalho, Paulo Roberto do Santos, lembrou que a economia solidária permite às camadas mais pobres da população participar de forma mais ativa do processo de desenvolvimento econômico brasileiro.

“Dobramos o número de delegados neste segundo encontro e isso tem colaborado consideravelmente para melhorar a situação de pessoas que antigamente viviam na linha de pobreza e hoje já têm uma produção”.

Conceituada como uma forma de produção, consumo e distribuição de riquezas que valoriza o ser humano e o comércio justo, a economia solidária é praticada por meio de autogestão em associações ou em cooperativas voltadas à produção, consumo e comercialização de bens e serviços.

Fonte: Brasilia Confidencial

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Eleição terá 13 candidatos; 7 podem ir a debates na TV

lei obriga emissoras a convidar candidatos de partidos pequenos


3 nanicos dizem não abrir mão do debate em troca de entrevista

A eleição presidencial neste ano terá 13 candidatos. Entre eles, há 7 que precisam ser, obrigatoriamente, convidados para os debates em rádio e TV. São aqueles cujos partidos elegeram deputados federais na última eleição (em 2006) e continuam com representantes na Câmara. Ei-los: PT, PSDB, PV, PTC, PSOL, PT do B e PHS.

Por desfrutarem desse status (ter deputados eleitos em 2006 e ainda estarem representados na Câmara), esses 7 partidos têm participação assegurada em debates eleitorais em rádio e em TV. Trata-se de um dispositivo da Lei 9.504, que normatiza as eleições. Essa restrições impostas à TV e ao rádio não valem para a internet.

Eis a lista completa dos 13 candidatos que disputam a eleição deste ano e os debates anunciados (nem todos confirmados) por emissoras de TV:





A ideia das emissoras de TV que já anunciaram a intenção de promover debates eleitorais neste ano entre os presidenciáveis é sempre convidar apenas os mais bem colocados nas pesquisas: Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV).


Para compensar os candidatos que ficariam de fora (apesar de terem direito de participar), as TVs pretendem oferecer entrevistas ao longo de suas programações. O nanico aceita ser excluído, assina um documento abrindo mão do direito e ganha uma entrevista na TV que promove o debate. Esse arranjo é legal, mas não será fácil na vida real.

Procurados pelo Blog, 3 nanicos com direito ao debate afirmaram não abrir mão de participar do evento. “Não vou aceitar esse tipo de acordo”, disse o pré-candidato do PT do B, Mário de Oliveira. “Seja para presidente, seja para governador, nós nunca aceitamos e não vamos aceitar este tipo de acordo”, declarou Ciro Moura, que concorre pelo PTC, informa o repórter do UOL Fábio Brandt.

Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) também faz questão de comparecer aos debates eleitorais promovidos por emissoras de TV. “Reivindico participação no debate presidencial e denuncio acordos espúrios para impedir que os preferidos debatam com quem pode acuá-los”, respondeu Plínio ao Blog, por meio de seu perfil no microblog Twitter.

Apenas Oscar Silva (PHS) admitiu a possibilidade de trocar o debate por entrevistas. “No caso da Gazeta não sei. Mas nosso tempo [de propaganda eleitoral] é em torno de 1 minuto. [Com as entrevistas] teríamos a oportunidade de apresentar os projetos”, disse.
fonte: UOL

Será que ele consegue. O único que queria foi preso!

NY Times: o crescimento econômico é um tiro no peito do Serra

Quando a economia vai mal, olha só quem ganha a eleição

O jornal New York Times deste domingo (clique aqui para ler) publica interessante artigo de Michael Powell na coluna “Economix”.


Chama-se “Crescimento e a Direita” (quer dizer, a UDN do Serra e do Fernando Henrique).

Ele se refere a um estudo de dois economistas europeus, Markus Bruckner e Hans Peter Gruner, que estabelecem uma ligação entre baixo crescimento econômico e o crescente apoio aos partidos políticos radicais, especialmente os radicais de direita.

“Um baixo crescimento econômico aumenta o apoio às plataformas políticas extremistas”.

A partir de estudos de economista de Harvard, Benjamin Friedman (que não se perca pelo nome ! – PHA), eles mostram que os partidos de esquerda (e trabalhistas – PHA) avançam quando a economia se expande, pois os eleitores se sentem mais seguros, com a expansão da rede de proteção social (aumento real do salário mínimo, Bolsa Família – PHA).

Os partidos de direita (como a UDN do Fernando Henrique e do Serra, um partido que vai à Bahia e não convida um negro para o palanque), esses partidos de direita, diz o estudo, se beneficiam da incerteza, da insegurança.

Fonte: Paulo Henrique Amorim

É o que acontece com o movimento Tea Party, nos Estados Unidos, que está à direita de George Bush.

Os eleitores pressionados pela insegurança econômica deixam de acreditar que os partidos convencionais possam resolver seus problemas.

E votam na Direita (como a UDN do Fernando Henrique e do Serra).

terça-feira, 15 de junho de 2010

Mano Brown e Jorge ben com grande time no clipe Umbabarauma

Estreiou o clipe oficial de “Umbabarauma”, regravação do clássico “Ponta de Lança Africano (Umbabarauma)”, do disco “África Brasil” (1976) de Jorge Ben Jor. Realizada em março de 2010 no estúdio YB, em São Paulo. Versão por Jorge Ben Jor e Mano Brown. Música produzida por Daniel Ganjaman e Zegon. Co-produção Gabriel Ben Menezes. Vocais de apoio por Negresko Sis (Anelis Assumpção, Céu e Thalma de Freitas). Instrumental por Duani Martins, Gustavo Da Lua e Pupillo. Vídeo por Big Bonsai. Produção executiva Kultur Studio.


Fonte: Nossa Cara Preta

MEC abre inscrições para mais de 60.000 bolsas do ProUni

Começa hoje e vai até sábado, dia 19, o período de inscrição para o Programa Universidade para Todos (ProUni). São oferecidas 60.488 bolsas – 39.113 de custeio integral e 21.375 que custeiam 50% da mensalidade – em 1.225 instituições de ensino superior. Podem concorrer à bolsa integral candidatos com renda familiar mensal de até um salário mínimo e meio por pessoa (R$ 765). À bolsa parcial podem se candidatar aqueles cuja renda familiar mensal por pessoa não seja superior a três salários mínimos (R$ 1.530).

O processo seletivo será feito em uma única etapa, com seis chamadas subsequentes, e os interessados em participar da seleção deverão se inscrever exclusivamente pela internet, no endereço http://www.mec.gov.br/.

Para concorrer a uma bolsa, o candidato deve ter cursado todo o ensino médio em escola pública ou em colégio particular como bolsista; ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2009 e alcançado no mínimo 400 pontos na média das cinco provas. O candidato poderá fazer até três opções de curso e instituição.

Também podem se inscrever professores da rede pública de ensino básico interessados em cursos de licenciatura, normal superior ou pedagogia. Para esses candidatos não se aplica o critério da renda.

Fonte: Brasilia Confidencial

Che proibido

Esta é mais uma amostra de uma Europa cada vez mais preconceituosa, xenófoba, racista e intolerante. Na Holanda, a extrema-direita declara guerra ao Islão e à imigração. Na Itália, Berlusconi também persegue os pobres imigrantes. Agora, na Polónia foram proibidos todos os símbolos que lembrem o comunismo. Será isto o prenúncio do regresso do fascismo?

Os países da União Europeia culpam e penalizam suas populações pelas falências dos Estados, fruto da cumplicidade de suas elites com a ganância sem limites da canalha bancária.

Capturados pela canalha bancária, os Estados, cada vez mais, representam menos as suas populações, e, cada vez mais as populações protestam contra o modelo falido e as manifestações populares se espalham pelo continente europeu. Por ser uma alternativa a esse capitalismo maldito, Cuba é alvo de covarde campanha midiática na Europa patrocinada pela direita troglodita.

Mais radical, a Polônia, que tanto sofreu com perseguições, agora persegue a qualquer coisa que lembre o socialismo.
 
Llevar una camiseta del "Ché" en Polonia será delito

Las Juventudes Comunistas llaman a la izquierda a levantarse ante la “censura a las alternativas al capitalismo"

A partir del pasado 8 de junio, llevar una camiseta que muestre al Ché, la cara de Lenin o la hoz y el martillo en Polonia es motivo de multa e, incluso, de cárcel. El Ejecutivo centroderechista de Donald Tusk ha aprobado una reforma del Código Penal polaco en la que se endurece la represión a la “propaganda de ideologías criminales”, en la que ahora, junto al nazismo y fascismo, se incluye el comunismo.

Desde la Unión de Juventudes Comunistas de España (UJCE) señalan que la aprobación de esta ley coincide con la implantación de los Estados Unidos en Polonia para “prevenir” cualquier acción militar que provenga del Este. “Los imperialistas usan las palabras democracia y prevención para imponer su asfixiante dominación sobre todo aquel que se le resista. Mientras que en estos tiempos de crisis capitalista en los que el paro, el hambre y la pobreza crecen alarmantemente a lo ancho del mundo, las fuerzas dominantes necesitan aplastar todas las fuentes de protesta, especialmente a aquellas fuerzas que pueden representar una alternativa a este irracional e inhumano sistema en el que vivimos”, explican en una nota.

La UJCE llevará a cabo diferentes acciones en la semana de solidaridad con los comunistas polacos convocada por la Federación Mundial de la Juventud Democrática del 8 al 15 de Junio, pidiendo en estos actos la marcha atrás de la normativa y mostrando apoyo a los compañeros polacos.

Por su parte, el Partido Comunista de los Pueblo de España organizó ya el pasado martes varios actos de protesta ante los consulados de Barcelona, Málaga, Murcia, Palma de Mallorca, Las Palmas, Valencia y ante la embajada en Madrid, en paralelo a las concentraciones organizadas por los comunistas polacos en Varsovia.

Comunistas y nazis, todos en el mismo saco

Aunque Polonia fue el país más maltratado tanto por nazis como por comunista, analistas polacos como Slawomir Sierakowsky afirman que no se pueden equiparar los dos regímenes. “Es imposible analizar la ideología de Hitler sin pensar en los campos de exterminio, pero sí que es posible pensar en el comunismo sin el Gulag”.

Además, Sierakowsky denuncia el hecho de poner en el mismo saco, no sólo a comunistas y nazis, sino a los defensores “del comunismo autoritario y estalinista y a los que defienden un sistema comunista basado en ideales de justicia e igualdad". Ya sin ir tan lejos, no hay que estudiar mucho para marcar diferencias entre el Mein Kampf de Hitler, que ya está prohibido en Polonia y sólo se deja leer con fines académicos, y los escritos marxistas, que se enfrentan ahora también a la amenaza de ir a la hoguera al más puro estilo de la novela de Bradbury.

Otras críticas a la normativa apuntan un problema mucho más práctico, y es que con la denominación de símbolo, prácticamente cualquier edificio construido, película rodada o canción compuesta durante el régimen comunista polaco, que duró 50 años, podría ser ilegal, sin contar las cientos de calles con nombres relacionados con el sistema comunista que hay en el país (la calle principal de Varsovia se llama Ejército Popular) o el Palacio de la Cultura y otras grandes construcciones de la época. Desde la Alianza de la Izquierda Democrática (SLD) afirman que esta ley es simplemente “una tontería”, según afirmó el parlamentario Tadeusz Iwinski en una entrevista al diario alemán Spiegel. Esta formación presentará una apelación ante el Tribunal Constitucional para que revise la reforma del Código Penal llevada a cabo por el Gobierno”, que tachan de inconstitucional.

Fonte: Contexto Livre

Brasil e mundo celebram o Dia Mundial e Nacional de luta para eliminar a exploração das crianças

Foi celebrado no último sábado, 12 de junho, o Dia Mundial e Nacional de luta contra o Trabalho Infantil. No Brasil a atividade aconteceu em Brasília, convocada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e pelo Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI). Também aconteceram atividades em vários estados, convocadas pela CUT, CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) e outras entidades dos movimentos sindical e social.

Em Genebra aconteceu um grande ato na Praça das Nações, após a apresentação do Informe da OIT intitulado “Intensificar a Luta contra o Trabalho Infantil”. O informe se desenvolveu observando uma desaceleração do atual ritmo de redução do trabalho infantil no mundo, incluindo o Brasil.

“O novo informe global da OIT chama atenção para a necessidade de intensificação da luta contra o trabalho infantil e se justifica pelos números apresentados neste dia 11 de junho aqui em Genebra”, declarou o secretário de Políticas Sociais da CUT Nacional, Expedito Solaney, que acompanhou o processo. De acordo com Solaney, foi verificado que ainda existem 215 milhões de crianças até 15 anos trabalhando pelo planeta. Caso se mantenha a atual tendência, alerta o estudo da OIT, não se alcançará o objetivo que a própria OIT firmou com governos, trabalhadores e empresários para eliminar até 2016 as piores formas de trabalho infantil. Também não se conseguirá abolir definitivamente o trabalho infantil no mundo até 2020.

“Para mim, o Brasil tem feito sua tarefa no que se refere à eliminação das piores formas na faixa etária que vai até os nove anos. Já a faixa que fica entre nove e 15, onde se concentra o maior número, é justamente a que sai de casa para trabalhar e ajudar na renda familiar. Ou seja, se o salário dos pais fosse o mínimo constitucionalmente estabelecido, que segundo o DIEESE hoje é R$ 2.257,20, se reduziria enormemente o número de crianças trabalhando. “Como o salário mínimo ainda é R$ 510,00, infelizmente conviveremos ainda com a exploração da mão-de-obra infantil reproduzindo o capital”, acrescentou Solaney.

“Por isso, a luta pela erradicação do trabalho infantil tem crescido no interior da CUT e de suas entidades, e se configura como uma campanha permanente levada a toda a sociedade”.

Fonte: CUT