quarta-feira, 16 de junho de 2010

Eleição terá 13 candidatos; 7 podem ir a debates na TV

lei obriga emissoras a convidar candidatos de partidos pequenos


3 nanicos dizem não abrir mão do debate em troca de entrevista

A eleição presidencial neste ano terá 13 candidatos. Entre eles, há 7 que precisam ser, obrigatoriamente, convidados para os debates em rádio e TV. São aqueles cujos partidos elegeram deputados federais na última eleição (em 2006) e continuam com representantes na Câmara. Ei-los: PT, PSDB, PV, PTC, PSOL, PT do B e PHS.

Por desfrutarem desse status (ter deputados eleitos em 2006 e ainda estarem representados na Câmara), esses 7 partidos têm participação assegurada em debates eleitorais em rádio e em TV. Trata-se de um dispositivo da Lei 9.504, que normatiza as eleições. Essa restrições impostas à TV e ao rádio não valem para a internet.

Eis a lista completa dos 13 candidatos que disputam a eleição deste ano e os debates anunciados (nem todos confirmados) por emissoras de TV:





A ideia das emissoras de TV que já anunciaram a intenção de promover debates eleitorais neste ano entre os presidenciáveis é sempre convidar apenas os mais bem colocados nas pesquisas: Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV).


Para compensar os candidatos que ficariam de fora (apesar de terem direito de participar), as TVs pretendem oferecer entrevistas ao longo de suas programações. O nanico aceita ser excluído, assina um documento abrindo mão do direito e ganha uma entrevista na TV que promove o debate. Esse arranjo é legal, mas não será fácil na vida real.

Procurados pelo Blog, 3 nanicos com direito ao debate afirmaram não abrir mão de participar do evento. “Não vou aceitar esse tipo de acordo”, disse o pré-candidato do PT do B, Mário de Oliveira. “Seja para presidente, seja para governador, nós nunca aceitamos e não vamos aceitar este tipo de acordo”, declarou Ciro Moura, que concorre pelo PTC, informa o repórter do UOL Fábio Brandt.

Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) também faz questão de comparecer aos debates eleitorais promovidos por emissoras de TV. “Reivindico participação no debate presidencial e denuncio acordos espúrios para impedir que os preferidos debatam com quem pode acuá-los”, respondeu Plínio ao Blog, por meio de seu perfil no microblog Twitter.

Apenas Oscar Silva (PHS) admitiu a possibilidade de trocar o debate por entrevistas. “No caso da Gazeta não sei. Mas nosso tempo [de propaganda eleitoral] é em torno de 1 minuto. [Com as entrevistas] teríamos a oportunidade de apresentar os projetos”, disse.
fonte: UOL

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