sábado, 30 de outubro de 2010

ESSA É A NOSSA PRESIDENTA DO BRASIL

 
 
 
500 anos esta noite

De onde vem essa mulher
que bate à nossa porta 500 anos depois?
Reconheço esse rosto estampado
...em pano e bandeiras e lhes digo:
vem da madrugada que acendemos
no coração da noite.

De onde vem essa mulher
que bate às portas do país dos patriarcas
em nome dos que estavam famintos
e agora têm pão e trabalho?
Reconheço esse rosto e lhes digo:
vem dos rios subterrâneos da esperança,
que fecundaram o trigo e fermentaram o pão.

De onde vem essa mulher
que apedrejam, mas não se detém,
protegida pelas mãos aflitas dos pobres
que invadiram os espaços de mando?
Reconheço esse rosto e lhes digo:
vem do lado esquerdo do peito.

Por minha boca de clamores e silêncios
ecoe a voz da geração insubmissa
para contar sob sol da praça
aos que nasceram e aos que nascerão
de onde vem essa mulher.
Que rosto tem, que sonhos traz?

Não me falte agora a palavra que retive
ou que iludiu a fúria dos carrascos
durante o tempo sombrio
que nos coube combater.
Filha do espanto e da indignação,
filha da liberdade e da coragem,
recortado o rosto e o riso como centelha:
metal e flor, madeira e memória.

No continente de esporas de prata
e rebenque,
o sonho dissolve a treva espessa,
recolhe os cambaus, a brutalidade, o pelourinho,
afasta a força que sufoca e silencia
séculos de alcova, estupro e tirania
e lança luz sobre o rosto dessa mulher
que bate às portas do nosso coração.

As mãos do metalúrgico,
as mãos da multidão inumerável
moldaram na doçura do barro
e no metal oculto dos sonhos
a vontade e a têmpera
para disputar o país.

Dilma se aparta da luz
que esculpiu seu rosto
ante os olhos da multidão
para disputar o país,
para governar o país.

(Pedro Tierra)
Brasília, 31 de outubro de 2010.
 
Indicação da Companheira Juceria Zibell

Ainda bem que é ele dentro do navio né?! Pior se ele vira presidente e faz isso com o Brasil!

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

5 motivos para votar em DILMA!

É hora de tomar partido: um basta aos reacionários tucanos!

O significado de uma vitória tucana será catastrófico não só para o País, mas para o todo o território latino


Roberta Traspadini

Estamos às vésperas do segundo turno. O momento atual é de intensa mobilização contra a campanha tucana em todo o País. É importante que assim seja. Caso contrário, corremos o risco de não aproveitar essa oportunidade histórica para ler, incidir, dialogar entre nós classe trabalhadora, sobre o que vemos, e porque vemos a disputa da forma que vemos.

O significado de uma vitória tucana será catastrófico não só para o País, mas para o todo o território latino.

Para nós, classe que vive do trabalho, o momento é de estarmos nas ruas, nas células organizadas, discutindo o que se quer para além do que se tem, e os riscos manifestos com as apostas que podem ser feitas no curto prazo.

Todo projeto tem por trás uma concepção de mundo que relata sua forma e seu conteúdo de poder. Vejamos as bases conceituais dos tucanos.

1. O projeto de nação do PSDB

O projeto de Nação do PSDB, cujos principais intelectuais orgânicos são Fernando Henrique Cardoso e José Serra, é o de modernização atrelada ao que de mais avançado há no capitalismo em sua fase imperialista.

Para estes ideólogos da concepção de desenvolvimento como interdependência entre capitais, uma nação moderna é aquela conectada aos avanços técnico científicos promovidos pelos capitais protagonistas, independentemente da nacionalidade destes capitais.

As teses deste grupo são forjadas na seguinte concepção: existência de uma burguesia nacional conservadora que atrofia o pacto federalista para o desenvolvimento capitalista. Logo, necessita ser estimulada, movimentada, ou destruída pela concorrência com os grandes capitais investidores internacionais, sejam produtivos ou financeiros.

Para este grupo, a única forma de avançar no capitalismo imperialista, é permitir, via tomada do poder do Estado, um tipo de ação governamental que viabilize aquisições, fusões, privatizações, desestatizações, quebra de regulações e políticas macroeconômicas que impeçam a livre movimentação do capital (inter)nacional.

Para estes sujeitos a era global se caracteriza como a de livre mobilidade do capital que deve ser vista como uma oportunidade histórica para as economias retardatárias no processo de desenvolvimento capitalista.

2. A execução do poder

Na prática do poder, esta tese evidencia a relevância para o capital internacional de um Estado parceiro, aberto às coligações produtivas e infra-estruturais no processo de inovação tecnológica puxado pelas grandes corporações.

Com o aval do partido e de seus representantes eleitos, este capital moderno ocupa o que é do Estado e governa a sociedade e os territórios, pela constituição federal soberanos, a partir da busca pela valorização de seu negócio para além das fronteiras nacionais.

Este capital moderno, cujas sedes das principais empresas estão nos Estados Unidos, tem projetado nos últimos 40 anos para América Latina um novo momento de apropriação dos recursos naturais, energéticos e das riquezas criativas da população, no que podemos caracterizar a renovada fase das veias abertas da América Latina.

A meta principal é a apropriação privada dos americanos e seus pares, de tudo o que pertence ao Estado Nacional latino-americano e mundial, como guardião, republicano, dos interesses das sociedades que ocupam.

Estamos falando de um novo estágio da guerra, em que a leitura da correlação de forças no continente nos exige com urgência frear qualquer proposta de apropriação imediata do roubo dos territórios e vidas por parte dos capitais imperialistas hegemônicos, com a chancela do Estado nacional brasileiro.

Uma vitória de Serra representa um avanço sem precedentes no continente latino-americano daquilo que o PSDB, via sua adesão consensual a Washington, não conseguiu realizar por completo nos 10 anos de mando direto dentro do Governo Federal (oito de Fernando Henrique como Presidente e dois anos dele como Ministro do Governo Itamar).

A prévia eleitoral de uma possível vitória de Serra evidencia o aberto processo de conflitos, de guerra, criminalização dos movimentos e sujeitos, logo, a ampliação de um processo de perseguição e de construção no imaginário coletivo da sociedade brasileira sobre os criminosos, os crimes e o tipo de criminalidade.

Estamos falando da opção política concreta que os EUA esperam para assumir a ofensiva sobre o continente a partir da conquista do Estado brasileiro no próximo governo, assim como fazem com Chile, Colômbia e México, citando os governos coligados mais avançados nos pactos capitalistas imperialistas atuais.

3. As tarefas deste momento histórico

O que está em jogo não é a medida socialista ou capitalista da disputa e sim a forma como se vê a ampliação da soberania brasileira e o conteúdo de sua relação com o continente a partir dos dois projetos que se colocam em disputa.

No plano capitalista selvagem, não é possível a permissão representativa de que os tucanos subam a serra do poder legitimados socialmente por mais 4, para executar um processo claro de barbárie social.

Caso isto ocorra, a degradação do pouco que se conseguiu reconstruir no após queda do muro de Berlim no País será avassaladora para dentro e para fora das fronteiras nacionais. Mesmo que na aparência ocorram políticas sociais que ocultem a real entrega das riquezas de nossos territórios à Nação hegemônica.

São tempos difíceis. Tempos de um posicionamento que pode parecer contraditório mas que evidencia, na correlação de força deste momento, os pesos sobre a classe trabalhadora de uma opção reacionária para os próximos 4 anos.

São tempos que nos obrigam a estar nas ruas dialogando com nossos pares, os trabalhadores, ouvindo suas opiniões e tirando daí uma boa reflexão sobre os responsáveis pela formação de suas consciências na atualidade.

Isto é fundamental na construção da representatividade no poder, uma vez que a educação oral formaliza a estrutura do pensar protagonizada pela indústria cultural capitalista hegemônica no país, no continente e no mundo.

Nossa principal tarefa é debater com a parcela da sociedade que nos interessa, o que perderemos caso se consolide uma vitória reacionária tucana.

Para isto é importante que nossos materiais de agitação e propaganda e nossos instrumentos de diálogo com a sociedade estejam a serviço desta intencionalidade de classe. A edição especial do Brasil de fato e as cartas dos movimentos sociais do campo nos dão estes elementos.

A tarefa apenas começou. O mais importante vem depois, com uma vitória do PT. Aí o debate será de outra natureza: reivindicar, exigir, construir, cobrar um rumo diferente para a política de governo do Brasil. É verdadeiramente uma campanha com voto crítico que requer ser escutado agora, mas construído de fato depois das eleições.

A tarefa maior está para além do poder institucional a ser tensionado: teremos que retomar abertamente a reconstrução da unidade da esquerda, com o objetivo de construirmos e disputarmos o poder com base em um projeto popular, que realmente nos represente como trabalhadores brasileiros e latino-americanos

Fonte: Brasil de Fato

terça-feira, 26 de outubro de 2010

A Associação Brasileira de Psicologia Social declara apoio a Dilma


ELEIÇÕES 2010: QUE PROJETO DE SOCIEDADE
QUEREMOS E ESTAMOS CONSTRUINDO?
25 anos após o fim do período ditatorial em nosso país, vivemos em 2010 mais uma eleição para Presidência da República. A Associação Brasileira de Psicologia Social (ABRAPSO), entidade que completa, em 2010, 30 anos, e que nasce comprometida com processos de democratização do país, e, assim, com uma análise crítica da sociedade brasileira, não poderia deixar de se posicionar quanto ao processo eleitoral.
Nos últimos oito anos de governo, pudemos observar que nosso país alcançou crescimentos importantes em diversas áreas da vida social, na busca pela erradicação da miséria e em favor de uma maior redistribuição de renda. O atual governo se coloca diferente dos anteriores, os quais se pautavam apenas em um desenvolvimento econômico, atrelado a receitas internacionais que ignoravam as desigualdades crescentes em nosso país e colocavam em jogo a nossa soberania. Também, no atual governo, foram construídos importantes fóruns de diálogos com os movimentos sociais, por meio de Conferências Temáticas, que possibilitaram tornar visíveis debates sempre marginalizados na sociedade brasileira, garantindo a efetiva participação da população no controle social de políticas públicas. Essas são conquistas fundamentais que não podem ser negligenciadas.
O segundo turno desta eleição foi motivado, sobretudo, por um desejo da sociedade em ampliar o debate sobre projetos de governo que dessem continuidade a essa fase da vida política brasileira. Assim, o desejo é por fortalecer as conquistas democráticas já efetivadas e não para retroceder.
Porém, o que temos observado é o retorno de práticas antigas de disseminar boatos, que, ao invés de ampliarem o debate, objetivam promover efeitos moralistas, que ao invés de convidar ao debate político, estagnam as discussões. Em relação a isto a ABRAPSO posiciona-se veemente contra.
O debate deve ser conduzido aos projetos de sociedade que buscamos construir. Nossa posição é (e sempre foi nos trinta anos de existência da Abrapso!) que construamos uma sociedade comprometida com a ampliação da liberdade de associação e de expressão e que nossos representantes contribuam, não para a moralização da luta por direitos, mas para a politização de demandas democráticas.
Dessa forma, diante do quadro político que emerge neste segundo turno em nosso país, repudiamos e resistimos à tentativa de retroceder as práticas extremamente elitistas e excludentes de governos anteriores. Ao mesmo tempo, nos mantemos comprometidos, junto aos movimentos sociais, a continuarmos no curso de uma sociedade plural e solidária. Não devemos, não podemos e não queremos retroceder!
Recife, 12 de outubro de 2010


Fonte: ABRAPSO

Auditoria mostra que tucanos desviaram R$ 400 milhões do SUS

Quando assumiu, pela terceira vez, o governo do estado de São Paulo em 1º de janeiro de 2011, o tucano Geraldo Alckmin terá que prestar contas de um sumiço milionário de recursos federais do Ministério da Saúde dimensionado, em março passado, pelo Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (Denasus). O dinheiro, quase 400 milhões de reais, deveria ter sido usado para garantir remédios de graça para 40 milhões de cidadãos, mas desapareceu na contabilidade dos governos do PSDB nos últimos 10 anos. Por recomendação dos auditores, com base na lei, o governo paulista terá que explicar onde foram parar essas verbas do SUS e, em seguida, ressarcir a União pelo prejuízo.


O relatório do Denasus foi feito a partir de auditorias realizadas em 21 estados. Na contabilidade que vai de janeiro de 1999 e junho de 2009. Por insuficiência de técnicos, restam ainda seis estados a serem auditados. O número de auditores-farmacêuticos do País, os únicos credenciados para esse tipo de fiscalização, não chega a 20. Nesse caso, eles focaram apenas a área de Assistência Farmacêutica Básica, uma das de maior impacto social do SUS. A auditoria foi pedida pelo Departamento de Assistência Farmacêutica (DAF), ligado à Secretaria de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, para verificar denúncias de desvios de repasses de recursos do SUS para compra e distribuição de medicamentos nos sistemas estaduais de saúde.

O caso de São Paulo não tem parâmetro em nenhuma das demais 20 unidades da federação analisadas pelo Denasus até março de 2010, data de fechamento do relatório final. Depois de vasculhar todas as nuances do modelo de gestão de saúde estadual no setor de medicamentos, os analistas demoraram 10 meses para fechar o texto. No fim das contas, os auditores conseguiram construir um retrato bem acabado do modo tucano de gerenciar a saúde pública, inclusive durante o mandato de José Serra, candidato do PSDB à presidência.

No todo, o período analisado atinge os governos de Mário Covas (primeiro ano do segundo mandato, até ele falecer, em março de 2001); dois governos de Geraldo Alckmin (de março de 2001 a março de 2006, quando ele renunciou para ser candidato a presidente); o breve período de Cláudio Lembo, do DEM (até janeiro de 2007); e a gestão de Serra, até março de 2010, um mês antes de ele renunciar para disputar a eleição.

Ao se debruçarem sobre as contas da Secretaria Estadual de Saúde, os auditores descobriram um rombo formidável no setor de medicamentos: 350 milhões de reais repassados pelo SUS para o programa de assistência farmacêutica básica no estado simplesmente desapareceram. O dinheiro deveria ter sido usado para garantir aos usuários potenciais do SUS acesso gratuito a remédios, sobretudo os mais caros, destinados a tratamentos de doenças crônicas e terminais. É um buraco e tanto, mas não é o único.

A avaliação dos auditores detectou, ainda, uma malandragem contábil que permitiu ao governo paulista internalizar 44 milhões de reais do SUS nas contas como se fossem recursos estaduais. Ou seja, pegaram dinheiro repassado pelo governo federal para comprar remédios e misturaram com as receitas estaduais numa conta única da Secretaria de Fazenda, de forma ilegal. A Constituição Federal determina que para gerenciar dinheiro do SUS os estados abram uma conta específica, de movimentação transparente e facilmente auditável, de modo a garantir a plena fiscalização do Ministério da Saúde e da sociedade. Em São Paulo essa regra não foi seguida. O Denasus constatou que os recursos federais do SUS continuam movimentados na Conta Única do Estado. Os valores são transferidos imediatamente depois de depositados pelo ministério e pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS), por meio de Transferência Eletrônica de Dados (TED).

Em fevereiro, reportagem de CartaCapital demonstrou que em três dos mais desenvolvidos estados do País, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, todos governados pelo PSDB, e no Distrito Federal, durante a gestão do DEM, os recursos do SUS foram, ao longo dos últimos quatro anos, aplicados no mercado financeiro. O fato foi constatado pelo Denasus após um processo de auditoria em todas as 27 unidades da federação. Trata-se de manobra contábil ilegal para incrementar programas estaduais de choque de gestão, como manda a cartilha liberal seguida pelos tucanos e reforçada, agora, na campanha presidencial. Ao todo, de acordo com os auditores, o prejuízo gerado aos sistemas de saúde desses estados passava, à época, de 6,5 bilhões de reais, dos quais mais de 1 bilhão de reais apenas em São Paulo.

Ao analisar as contas paulistas, o Denasus descobriu que somente entre 2006 e 2009, nos governos de Alckmin e Serra, dos 77,8 milhões de reais do SUS aplicados no mercado financeiro paulista, 39,1 milhões deveriam ter sido destinados para programas de assistência farmacêutica – cerca de 11% do montante apurado, agora, apenas no setor de medicamentos, pelos auditores do Denasus. Além do dinheiro de remédios para pacientes pobres, a primeira auditoria descobriu outros desvios de dinheiro para aplicação no mercado financeiro: 12,2 milhões dos programas de gestão, 15,7 da vigilância epidemiológica, 7,7 milhões do combate a DST/Aids e 4,3 milhões da vigilância epidemiológica.

A análise ano a ano dos auditores demonstra ainda uma prática sistemática de utilização de remédios em desacordo com a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) estabelecida pelo Ministério da Saúde, atualizada anualmente. A lista engloba medicamentos usados nas doenças mais comuns pelos brasileiros, entre os quais antibióticos, antiinflamatórios, antiácidos e remédios para dor de cabeça. Entre 2006 e 2008, por exemplo, dos 178 medicamentos indicados por um acordo entre a Secretaria de Saúde de São Paulo e o programa de Assistência Farmacêutica Básica do Ministério da Saúde, 37 (20,7%) não atendiam à lista da Rename.

Além disso, o Denasus constatou outra falha. Em 2008, durante o governo Serra, 11,8 milhões do Fundo Nacional de Saúde repassados à Secretaria de Saúde de São Paulo para a compra de remédios foram contabilizados como “contrapartida estadual” no acordo de Assistência Farmacêutica Básica. Ou seja, o governo paulista, depois de jogar o recurso federal na vala comum da Conta Única do Estado, contabilizou o dinheiro como oriundo de receitas estaduais, e não como recurso recebido dos cofres da União.

Apenas em maio, dois meses depois de terminada a auditoria do Denasus, a Secretaria Estadual de Saúde resolveu se manifestar oficialmente sobre os itens detectados pelos auditores. Ao todo, o secretário Luís Roberto Barradas Barata, apontado como responsável direto pelas irregularidades por que era o gestor do sistema, encaminhou 19 justificativas ao Denasus, mas nenhuma delas foi acatada. “Não houve alteração no entendimento inicial da equipe, ficando, portanto, mantidas todas as constatações registradas no relatório final”, escreveram, na conclusão do trabalho, os auditores-farmacêuticos.

Barata faleceu em 17 de julho passado, dois meses depois de o Denasus invalidar as justificativas enviadas por ele. Por essa razão, a discussão entre o Ministério da Saúde e o governo de São Paulo sobre o sumiço dos 400 milhões de reais devidos ao programa de Assistência Farmacêutica Básica vai ser retomada somente no próximo ano, de forma institucional.

(*) Leandro Fortes é jornalista, professor e escritor, autor dos livros "Jornalismo Investigativo", "Cayman: o dossiê do medo" e "Fragmentos da Grande Guerra", entre outros. Mantém um blog chamado Brasília eu Vi
 
Fonte: Carta Maior

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O SAMBA DA BOLINHA DE PAPEL

Serra não cumpriu nem o mandato da UNE - Por Zé Abreu - SERRA não é do BEM!

José Serra e a bolinha de papel, segundo José Simão.

Os Direitos Sociais, Dilma e Serra

O que nos impulsiona a escrever o presente texto, como revela o título, é a defesa dos direitos sociais, sendo inevitável uma correlação com a futura eleição para Presidente, dada a grande repercussão que o resultado do pleito pode gerar no objeto central de nossas investigações.


Todos sabem que na Constituição Federal existem diversas disposições relativas aos direitos sociais, que compreendem “a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados” (art. 6º.) cuja finalidade é a da construção de uma sociedade mais “justa e solidária” (inciso I, art. 3º), valendo-se, inclusive, da ordem econômica que “tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social” (art. 170).

Muitos obstáculos jurídicos e econômicos tem sido apresentados à efetivação dos direitos sociais. Fato é que tal modalidade de direitos pode se transformar em declaração simbólica na Constituição, incorporados, pois, a um programa de políticas públicas sem real eficácia jurídica, ou pode se integrar efetivamente à vida dos brasileiros. Quanto maior o poder de mobilização da sociedade, mais factível é a realização dos direitos sociais. Logo, a sua efetivação depende do grau de coesão social, consubstanciado na perspectiva associativa. Nesse sentido, basta ver o que está ocorrendo na França, onde a resistência às perdas de direitos somente se dá por conta da capacidade de mobilização da sociedade.

Assim, para deixarem de ser meras promessas, aos direitos sociais faz-se indispensável, como em qualquer sociedade, que os movimentos sociais possam ter força e voz. Caso contrário, teremos sempre uma perspectiva meramente individual de tais direitos, insuficiente para a sua concretização no plano das políticas públicas.

É a partir dessa preocupação que, no presente momento, nos é imposta a pergunta: qual dos dois candidatos à presidência, se eleito, viabilizaria a concretização da base existencial necessária para a realização desses direitos? Em outras palavras, mais diretas, qual das candidaturas mais favorece à mobilização social no país – condição essencial para o desenvolvimento de qualquer país e para a consolidação da democracia?

A resposta é muito mais simples que a formulação da questão.

Nos anos de governo à frente do Estado de São Paulo, não é desconhecida a contundência como José Serra tratou os movimentos sociais, dificultando a sua livre atuação. Apenas para ilustrar essa assertiva, basta verificar o tratamento dado por seu governo à questão de ensino e do esforço pela desmobilização de movimentos desse setor, com tratamento de constante confrontação – a esse respeito foi lançado, recentemente, manifesto de professores universitários que denunciam tal fato e que se encontra à disposição de qualquer um na internet.

Quanto à Dilma, basta fazermos a análise a partir do que se deu no governo do Presidente Lula. Trata-se de momento único vivido no país, em que a repressão foi substituída pelo diálogo. Não há como se esconder que muito mais poderia ter avançado a partir dessa conversação, como, por exemplo, a realização de forma mais abrangente da reforma agrária e uma efetiva ampliação dos direitos dos trabalhadores, pois em grande medida o governo atual se limitou a obstruir o curso da destruição dos direitos trabalhistas vinda do governo anterior. No entanto, mesmo com tal limitação, a relação com a sociedade, ninguém ligado aos movimentos sociais há de negar, foi mais saudável do que a de seus antecessores.

Se é a partir da mobilização da sociedade que se impulsiona o aumento de políticas públicas eficazes ao incremento dos direitos sociais, a resposta para a pergunta feita neste texto só pode atender por um único nome: Dilma.

A consolidação da democracia somente será possível pelo exercício constante da liberdade referente à mobilização social e qualquer ruptura nesse processo será, certamente, um grande golpe na luta pela construção de uma efetiva justiça social em nosso país.

São Paulo, 22 de outubro de 2010.

Marcus Orione Gonçalves Correia é Doutor e Livre-docente, Professor Associado na graduação e pós-graduação da Faculdade de Direito da USP, nas áreas de concentração em direito do trabalho e da seguridade social e em direitos humanos, Juiz Federal em São Paulo.

Jorge Luiz Souto Maio é Doutor e Livre-docente, Professor Associado na graduação e pós-graduação da Faculdade de Direito da USP, na área de concentração em direito do trabalho, Juiz do Trabalho em Jundiaí/SP.
 
Fonte: Carta Maior

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

MARINEIROS COM DILMA

Ambientalistas, integrantes do Partido Verde e apoiadores de Marina Silva participaram de um ato com nossa candidata, em Brasília, nesta quarta-feira (20) onde entregaram o “Manifesto Marineiros com Dilma”.


No documento eles apontam que " a resposta oferecida por Dilma ao documento enviado por Marina às duas candidaturas que disputam o segundo turno foi a que mais se aproximou das nossas propostas, o que nutre expectativas de que Dilma poderá incorporar em seu governo vários dos compromissos da agenda socioambiental que defendemos". Por isso estão com Dilma no dia 31 de outubro.

Durante o ato, Dilma recebeu também o apoio de Ângela Mendes, filha de Chico Mendes, líder seringueiro no Acre morto em 1988 e amigo de Marina.

Leia o manifesto:

MARINEIROS COM DILMA

Estivemos com Marina Silva no primeiro turno, porque buscamos uma alternativa política para o Brasil capaz de afirmar uma conduta pública marcada pela ética na política, em favor de uma política econômica que supere definitivamente a miséria e a concentração de renda e que redirecione o próprio modelo social com base na sustentabilidade. Nos orgulhamos de uma campanha que ofereceu uma contribuição efetiva ao País e que, mesmo com um tempo mínimo de propaganda eleitoral no rádio e na TV, conseguiu enfrentar as máquinas eleitorais montadas com o apoio do Estado, dos partidos tradicionais e do grande capital.

A votação recebida por Marina Silva expressa, basicamente, um claro sinal de que parcelas expressivas da população não toleram mais o jogo de cena, as alianças sem programa, os acordos que visam apenas a repartição do poder, a corrupção endêmica que abala as instituições, o oportunismo eleitoral e a demagogia que amesquinham a própria política. Os quase 20 milhões de votos que alcançamos sinalizam, ainda, que o Brasil precisa de uma agenda socioambiental séria e que este tema, antes circunscrito a pequenos grupos de ativistas ambientais e à intelectualidade, já possui apelo popular entre nós.

Por conta de tudo aquilo que a candidatura de Marina Silva representou, vivemos a generosa experiência da militância de centenas de milhares de apoiadores em uma campanha que nos ofereceu de volta o espaço da paixão pelas ideias, ao invés da promessa de cargos ou de qualquer expectativa de benefício pessoal. Talvez por conta disso, enfrentamos o sectarismo de muitos que se julgam o “sal da terra” e mesmo Marina – que jamais agrediu ou desrespeitou seus adversários – foi tratada primeiro com desprezo, depois com a
costumeira intolerância que acompanha a trajetória da antiga esquerda como uma sombra.

No próximo dia 31, entretanto, esta antiga esquerda se defronta nas urnas com a direita de sempre. Melhor seria para o Brasil que ambas as posições tivessem avançado em seus pressupostos e firmado compromissos mais nítidos em torno de programas de governo. Como se sabe, este não foi o resultado do processo eleitoral. Pelo contrário, somos testemunhas de uma radicalização da disputa, marcada por acusações, boatos e calúnias. A candidatura de José Serra, neste particular, tem se mostrado insuperável e é repugnante que tenha transformado o preconceito em seu principal aliado.

Ao mesmo tempo, é preciso afirmar um caminho que aponte para um futuro de mais inclusão social e de maior sensibilidade com a realidade dos milhões de brasileiros que seguem à margem da própria cidadania. Entendemos que um eventual governo da coligação PSDB-DEM afastaria o Brasil destes grandes desafios, privilegiando os compromissos do “Estado Mínimo” e o discurso repressivo do tipo “Lei e Ordem”. Por isso, a opção representada por Dilma nos parece a mais adequada para impedir um retrocesso histórico cuja conta será paga pelos mais pobres. No mais, a resposta oferecida por Dilma ao documento enviado por Marina às duas candidaturas que disputam o segundo turno foi a que mais se aproximou das nossas propostas, o que nutre expectativas de que Dilma poderá incorporar em seu governo vários dos compromissos da agenda socioambiental que defendemos. Com base nesta avaliação, conclamamos todos os que apoiaram Marina a uma participação ativa nesta reta final da campanha em favor da candidata Dilma Rousseff.

Veja quem assinou o manifesto

Luciano Zica, Ex-Deputado Federal por São Paulo

Marcos Rolim, Ex-Deputado Federal pelo Rio Grande do Sul

Pedro Ivo Batista, Coordenador da Rede Brasileira de Ecossocialistas

Paulo Lima (Polô), Socioambientalista, Fortaleza, Ceará

Rubens Gomes (Rubão), Músico, Sociambientalista, Manaus, AM

Renata Florentino, Socióloga - Campinas/SP

Thiago Alexandre Moraes, socioambientalista e militante de juventude, São Paulo

Juarez de Paula, Sociólogo, Consultor especialista em Desenvolvimento Local, Brasília,DF

Guto Gomes, Membro do Fórum de ONGs Ambientalistas do Distrito Federal

André Lima, Advogado e Colaborador da Frente Parlamentar Ambientalista, Brasília, DF

Muriel Saragoussi, Militante das causas socioambientais

Renato Ferreira, Advogado e Ecologista, Porto Alegre, RS

Gilberto Santana, Sindicalista, Salvador, Ba

Jaqueline Oliveira Silva, Professora da URGS, Porto Alegre, RS

Erlando Alves da Silva Melo, Servidor Público Federal, Brasília, DF

Otto Ramos, Prof. História, Contagem-MG

Henyo Trindade Barreto Filho, Sociambientalista, Brasília, DF

Luís Fernando Merico, Socioambientalista, Santa Catarina

Adolpho Fuica, Ambientalista, Brasília, DF

Solange Ikeda, professora universitária, Mato Grosso

Álvaro Suassuarana da Silva - Manaus/AM

Guilherme Gomez Meldau - Cuiabá/MT

Lucas Brandão, Mestrando em Sociologia pela USP. Ex-coordenador da APG (Associação dos Pós-Graduandos da USP - gestão 2009)

Amanda Lemos, Estudante de jornalismo pela PUC-SP

Mauro Soares Pereira, Grupo de Apoio ao Meio Ambiente / Alto Paraíso de Goiás.

Marcelo Aiub de Mello, Eng. Florestal - Presidente da OSCIP Instituto Vivá Amazônia/PA

Jorge Moreira Filho, Eng. Agrônomo - Vice-Presidente da OSCIP Instituto Vivá Amazônia/PA

Rose Daise Melo Nascimento, Pisicóloga - Prefeitura Municipal de Barcarena/PA

Tobias Brancher, Eng. Florestal - Diretor da Florestas Engenharia

Marcelo Martins, Eng.Civil - Conselheiro Fiscal do Instituto Vivá Amazônia/PA

Francisca Eleni, Engª Florestal - Programa Pará Rural/PA

Alex Moura Feio, Técnico em Geomática/IEFT/PA

Everardo de Aguiar Lopes, Ex-membro do Diretório Nacional do PT

Fidelis Paixão, advogado ambientalista membro do Forum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais

Jefferson Sooma - Ativista Cultural

Tânia Maria de Oliveira, Advogada e Servidora Pública Federal, Brasília, DF

Henrique Resende Sabino

Bárbara Batista, Publicitária e militante da Rede Ecossocialista

Leo Cabral, Socioambientalista e Ativista Cultural

João Francisco, Mestre em Ciência Política e Fundador do Movimento Extramuros, Brasília, DF

Pedro Piccolo Contesini, Estudante de Sociologia da Universidade de Brasília

João Suender Moreira – Biólogo, Mestre em Genética e Biotecnologia - Especialista em Saúde da Secretaria de Saúde do Distrito Federal

Bira Dias, Fotógrafo, Santa Catarina

Ana Valéria Holanda da Nóbrega, Turismóloga, Historiadora e Ambientalisata, Fortaleza, Ceará

Hathos Garcia Dias, Minas Gerais

Felipe Vaz, Ambientalista

Marinês Carneiro de Almeida, Servidora Pública Federal, Mato Grosso

Angelo José Rodrigues Lima, Biólogo, Mato Grosso

Rafael Peixoto, Bancário, Brasília, DF

Larissa Barros, socióloga, consultora especialista em tecnologias sociais, Brasília, DF

Neusa Helena Rocha Barbosa, Educadora Ambiental e sociambientalista, Brasília, DF

Roberto Lennox, Sociambientalista, Brasília-DF

Marines Carneiro de Almeida, Servidora Pública Federal

Marcela Monteiro, Sociambientalista, Goiânia, GO

Valmiro Batista do Nascimento, Ambientalista, Goiânia, GO

Jackson Bispo, Goiás, GO

Gilberto Lopes Farias, Sociambientalista, Aparecida de Goiânia, GO

Edilson Pereira Lima, Ativista Cultural, Brasília, DF

Maria Eugênia, Ativista Cultural, Brasília, DF

Tatiana Moraes, Gestora Ambiental, Brasília, DF

Priscila Rose, Administradora e Sociambientalista, Brasília, DF

Marina Minari, São Paulo, SP

Soraia Silva de Mello, São Paulo, SP

Villi F. Seilert Sustentat, Brasília/DF

Elizabeth Maldonado Roland

Uriban Xavier, Professor do Departamento de Ciências Sociais da UFC, Fortaleza, Ceará

Analise da Silva, Profa. Adjunta - FAE UFMG

Fonte: Dilma na Rede

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

PF desmente que ligue quebra de sigilos à assessoria de Dilma e não comprova uso dos dados em campanha

Ao fim de quatro meses de investigação, a Polícia Federal “ouviu 37 pessoas em mais de 50 depoimentos”, indiciou sete por vários crimes, identificou o envolvimento de servidores da Receita Federal, de despachantes e de um jornalista na violação de dados fiscais sigilosos “entre setembro e outubro de 2009”, mas “não foi comprovada” a utilização, “em campanha política”, dos dados violados.


É esse, em resumo, o conteúdo da nota com que a Polícia Federal desmentiu ontem a série de acusações que o jornal Folha de São Paulo publicou, a partir de junho, com o objetivo de culpar a campanha da petista Dilma Rousseff pela quebra do sigilo fiscal de Eduardo Jorge Caldas Pereira, vice-presidente do PSDB, e de outros correligionários e familiares do presidenciável José Serra. Em sua mais recente investida, na edição de ontem, o jornal atribuiu à Polícia Federal a constatação de uma ligação entre a quebra de sigilos e a assessoria de Dilma. “PF liga quebra de sigilo fiscal de tucano à pré-campanha de Dilma”, voltou a mentir a Folha.

A instituição repudiou a mentira:

“A Polícia Federal refuta qualquer tentativa de utilização de seu trabalho para fins eleitoreiros com distorção de fatos ou atribuindo a esta instituição conclusões que não correspondam aos dados da investigação”, acentua a nota da PF.

“Não queremos que a entidade seja jogada na utilização política de um lado ou de outro. Não quero que a instituição seja usada indevidamente no processo eleitoral. Queremos afirmar que a PF fez um trabalho investigando fatos. E o que tem conotação política partidária não pauta a atuação da Polícia Federal”, reforçou o diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, em entrevista coletiva.

BRIGA TUCANA

O que assanhou a Folha a publicar sua mais recente inverdade, até ontem, foi a conclusão, da Polícia Federal, de que uma das pessoas que encomendaram dados sigilosos é o jornalista Amaury Ribeiro Junior, que o jornal vincula a um suposto “grupo de inteligência” da pré-campanha de Dilma. Esse grupo teria sido formado para produzir dossiês – que jamais apareceram.

Diferentemente da ilação preferida pela Folha, o inquérito policial afirma que o repórter levantou as informações sobre tucanos quando trabalhava para o jornal Estado de Minas. O próprio Amaury, em depoimento à PF, disse que fora escalado pelo jornal para investigar um suposto esquema de espionagem que aliados do então governador de São Paulo, José Serra, haviam montado contra o então governador mineiro, Aécio Neves, quando os dois disputavam a indicação do PSDB para concorrer à sucessão presidencial.

Ainda no depoimento, Amaury disse que entregou um relatório do caso ao Estado de Minas, em outubro passado, e deixou o jornal. As informações que o jornalista reunira não foram publicadas.

A PF sustenta que Amaury pagou R$ 12 mil ao despachante Dirceu Rodrigues Garcia que, a partir de uma rede de auxiliares, obteve os dados de Eduardo Jorge Caldas Pereira na Receita Federal. Em nota, o advogado de Amaury disse que o jornalista jamais pagaria por dados fiscais de qualquer cidadão. Ainda segundo o advogado, Amaury contesta as acusações e está à disposição da polícia e da Justiça.

Também em nota, o ex-governador Aécio Neves repudiou a vinculação do nome dele às investigações do jornalista. E o Estado de Minas afirmou que as notícias de envolvimento do jornal no caso da violação de sigilos fiscais decorrem dos “debates acalorados” às vésperas da eleição.

Fonte: Brasilia Confidencial

SBT, desmente globo e mostra que Serra foi atingido, por uma bolinha de papel.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Artistas e intelectuais estão com Dilma


Crédito Foto: Ichiro Guerra

Na noite de ontem (18) o Teatro Casa Grande, no Rio de Janeiro, foi palco de uma grande festa. Mestres da literatura e da música, artistas e filósofos defenderam a candidatura de Dilma Rousseff (PT) e se posicionaram contra o retrocesso dos tucanos. Segundo o manifesto entregue no evento “é hora de unir nossas forças no segundo turno para garantir as conquistas e continuarmos na direção de uma sociedade justa, solidária e soberana”.

Nomes como do arquiteto Oscar Niemeyer, dos escritores Ziraldo e Fernando Morais, do ator e diretor Hugo Carvana, dos músicos Chico Buarque, Alcione, Margareth Menezes, Lecy Brandão, Beth Carvalho, do filósofo Leonardo Boff e do sociólogo Emir Sader, abrilhantaram a noite. A economista Maria da Conceição Tavares, o filósofo Frei Betto e a psicanalista Maria Rita Kehl não puderam comparecer, mas suas assinaturas estavam no manifesto. Outra ausência sentida foi a do cantor Zeca Pagodinho, que pediu para comunicar que também está com Dilma.

A adesão da classe à candidatura da petista foi tão grande que o sociólogo Emir Sader brincou: “Uma pena o Maracanã estar em reforma.”. Muitos dos presentes além de apoiarem a candidata fizeram questão de gravar declarações de apoio. Um deles foi o filósofo Leonardo Boff. Para ele “a esperança venceu o medo. Agora, a verdade vai vencer a mentira”. Veja o depoimento.


Isto foi postado em Biblioteca, Blog e com as tags artistas, Dilma Rousseff, enio verri, intelectuais, Rio de Janeiro

Oscar Niemeyer vota em Dilma.

Não há como responder! Monica Serra optou por não se pronunciar sobre relato de ex-alunas.

 A denúncia de ex-alunas de Mônica Serra desnuda o esbulho, a pequenez e o sórdido vale-tudo das campanhas eleitorais no Brasil. Como mulher, me sinto envergonhada por ver um tema tão caro, seriamente discutido nos movimentos femininos, ser utilizado levianamente por uma mulher, que tudo indica viveu a dor e a tristeza, pelas quais passam as mulheres, quando solitariamente, ou com o apoio do companheiro (como parece ter sido o caso de Monica Serra), tomam a decisão extrema da prática do aborto. Nessa hora, essas mulheres necessitam de todo o apoio e acolhimento, inclusive do Estado, e não a ameaça de cadeia.


Assim como a questão ética, que nos agride como mulher, nos fere também a questão religiosa, pois provocar ódio religioso, incitando pela fé o julgamento e pregando cizânia, é um mau começo para o casal que postula ocupar o Palácio do Planalto, de onde se espera tolerância, diálogo e respeito à diversidade. Diversidade que compõe a essência deste Brasil, repleto de “Brasis”, de diferentes pensar, sentir e agir. Diversidade que tem sido a nossa grande riqueza, pois o povo, formado pelos “diferentes”, tem convivido com a pluralidade desde o Brasil Colônia, e não é possível resgatar o atraso das elites dos anos 50 e propor levá-lo para o exercício da Presidência da República, neste novo milênio.

Melhor faria este “casal de fé”, se resgatasse os ensinamentos do seu Cristo, quando pede para que “atire a primeira pedra aquele que nunca pecou”; que não tomasse para si a responsabilidade do livre-arbítrio que nos é dado juntamente com a vida; e, num último esforço, que meditasse sobre a profecia do santinho de campanha que distribuem, com a assinatura do candidato José Serra: “Jesus é a verdade e a justiça”.

Entendo a ausência de resposta do candidato e da assessoria de Mônica Serra ao jornal Correio do Brasil, que buscava em nome do bom jornalismo ouvir os dois lados. Realmente, só ficando calada, ignorando o assunto e viajando para bem longe, para evitar ouvir o julgamento moral que a sociedade, sem obscurantismo, está obrigada a fazer.

Eliane Belfort é empresária, Diretora Titular do Comitê de Responsabilidade Social (Cores) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e coordenadora do Movimento Pró-formação Política das Mulheres.

Fonte: Correrio do Brasil

URGENTE: A PSICOLOGIA E A ELEIÇÃO DE DILMA ROUSSEF

Ao longo dos últimos oito anos, assistimos e participamos de muitas transformações na sociedade brasileira. Um impressionante crescimento da atenção do Aparelho de Estado às necessidades da população brasileira, permitiu umfortalecimento das políticas públicas que ocorreu de forma clara, tanto na construção do Sistema Unificado de Assistência Social (SUAS), quanto no combate à fome, assim como nas mais diferentes formas de apoio ao desenvolvimento cultural do povo brasileiro. Em suma, a máquina estatal passou a ser reconhecedora e produtora de direitos da cidadania.

Os psicólogos foram chamados e se apresentaram.

No processo de construção do SUAS foram contratados mais de oito mil psicólogos. O fortalecimento do SUS conta com cerca de vinte mil psicólogos. Psicólogos, hoje, participam dos processos relacionados a habitação de interesse social, ao fortalecimento do turismo, iniciativas de redução da privação de liberdade de adolescentes, no trabalho com idosos, na defesa civil, em vários espaços e âmbitos do sistema de saúde, na justiça, nas iniciativas voltadas à implantação da Reforma Psiquiátrica (cujo futuro está ameaçado pelo concorrente de Dilma).

Os resultados dessas políticas já são perceptíveis para muito além do sucesso econômico tão propalado na mídia. Houve queda acentuada (e maior do que era esperado) na incidência de desnutrição da infância brasileira. Os livreiros estão comemorando a multiplicação da média de leitura de livros por parte dos brasileiros. Serviços antes restritos aos cidadãos mais abastados são estendidos a enorme número de brasileiros.

Nesse contexto, é praticamente impossível imaginar que as mulheres sujeitas a aborto sejam deixadas fora da atenção das políticas públicas. É praticamente impossível imaginar que o tema da orientação sexual seja utilizado como forma de redução do acesso de cidadãos aos direitos garantidos a todos os brasileiro.

O estado brasileiro vive momentos sem precedentes de abertura à participação da sociedade em suas decisões.

Diante do exposto, os psicólogos abaixo assinados querem ver Dilma presidente da República. O projeto político colocado em curso pelo Presidente Lula precisa continuar a ser implantado. Queremos que o Brasil continue a mudar, conquistando condições mais dignas de vida e superando a histórica dominação/humilhação a que o povo brasileiro esteve submetido.

Lucio Costa

Sergio Augusto Garcia Jr.

Lucia Toledo

Eric Calderoni

André Amorim Martins

Maria da Piedade R. de Araujo Melo

Lumena Almeida Castro Furtado

Ana Bock

Marcus Vinícius de Oliveira

Humberto Verona

Andre Leonardi

Ana Lopes

Clara Goldman

Esse manifesto, é o inicio de uma carta de apoio, sendo assim, a lista não está completa, mas dentre os nomes elencados, vale a pena ressaltar, os nomes de Ana Bock (ex-presidente do Conselho Regional (SP) e Federal de Psicologia) e Humberto Verona (atual presidente do Conselho Federal de Psicologia), dentre outros Psicólogos listados que militam nas diversas áreas de atuação da Psicologia.

Alípio Freire: Brasil vive a encruzilhada mais séria desde 64

Quando José Serra tenta transformar a disputa política numa guerra religiosa - estamos no terreno privilegiado do fascismo. Aliás, a este respeito, certo filósofo alemão de origem judaica, já nos advertia no século 19 sobre as guerras religiosas enquanto o mais baixo degrau da política, e suas conseqüências para a maioria do povo. Fomentar a intolerância religiosa (ou qualquer outro tipo de intolerância) é fascismo. O que está em jogo nesta eleição é ainda mais grave que uma escolha por um programa de crescimento e desenvolvimento social.

Alipio Freire

Ainda que possa parecer para muitos de vocês que estou "chovendo no molhado", sinto-me no dever de repetir:

Vivemos hoje, no Brasil, encruzilhada das mais sérias desde o golpe de 64.

Não interessa muito, a esta altura, as nossas opiniões pessoais sobre os limites das políticas do Partido dos Trabalhadores; da sua política de alianças; do Governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva; etc. Interessa menos ainda as nossas simpatias pessoais ou opiniões pontuais sobre a candidata Dilma Rousseff (minha candidata desde o primeiro turno).

O que escolhemos nesta eleição é simplesmente o seguinte: ou vamos com a candidata Dilma, e os seus limites, ou escolhemos o candidato da “santa” aliança Demo-Tucana, o senhor José Serra, com sua absoluta falta de limites políticos, éticos e morais.

Não adianta mais discutirmos as falcatruas com as verbas públicas levadas a cabo pelo dois blocos que hoje polarizam a disputa; tolice descobrir ou avaliar quem roubou mais, se os Sarneys ou os Henrique Cardosos; se este ou aquele dirigente petista, ou o ministro Sérgio Motta para a compra do Congresso visando o segundo mandato para o Príncipe dos Sociólogos; se os filhos deste ou daquele presidente, ou daquele governador cuja descendência praticamente monopolizou os pedágios de São Paulo privatizados pelo pai, etc. etc. etc.

Obviamente todas essas coisas estão erradas e, se nos afligem não importando qual dos lados as tenha praticado, para o bloco Demo-Tucanos, não há qualquer reação de repúdio ou censura aos seus membros que assim sempre agiram, agem e agirão: não enrubescem. Pelo contrário, providenciam apenas os Gilmar Mendes para colocar na presidência do STF.

Na verdade, o Demo saqueia o país, desde antes de sermos Brasil, quando este território atendia apenas e genericamente por Pindorama, e aqui desembarcaram em 1500. Nos ancestrais do Demo está a responsabilidade de todas as mazelas que vimos herdando há tantas gerações. No Demo está a matriz da corrupção, do Estado autoritário, da escravidão, da tortura, da repressão e de todas as misérias que assolam o país e que conhecemos sobejamente.

Mas não é isto o que fundamentalmente está em jogo neste momento.

Também não está em jogo o programa econômico (macro) das duas candidaturas – na atual conjuntura internacional, e com as estratégias definidas por vários dos partidos de esquerda, essas políticas econômicas dificilmente poderiam ser outras que não as que estão na praça. No entanto, entre uma perspectiva de crescer com distribuição de renda ou com concentração de rendas, sem sombra de dúvidas, a primeira alternativa (representada pela candidatura Dilma Rousseff) é a que mais convém ao nosso povo.

Chamo a atenção de alguns camaradas mais radicalizados para o seguinte: não haverá Armagedon ou Apocalipse Socialista. O povo não morrerá de fome hoje, para ressuscitar em pleno Esplendor da Aurora Socialista, quando os rios jorrarão leite e mel. Não haverá qualquer profeta Daniel do Velho Testamento, ou o São João, do Novo Testamento, capaz de prover milagre de tamanha envergadura. Isto não existe, senão nas pobres cabeças de alguns, acostumados a fazer três refeições por dia, e a não passar frio nem calor, resguardados por um conforto que deveria ser igual para todos.

Mas, muito mais que isto, o que está em jogo nesta eleição é ainda mais grave que esta escolha de programa de crescimento.

Trata-se, na verdade, de escolhermos entre uma candidata que quer e fará o possível para nos preservar do fascismo que se expande em todo o Mundo (sobretudo nos países centrais do capitalismo), ou um candidato cuja campanha e cujas declarações e estratégias apontam para um alinhamento exatamente com o fascismo.

E não se trata de figura de retórica, discurso de palanque, o que aqui escrevo.

Enquanto na Europa e nos Estados Unidos cresce a xenofobia, o ódio contra os trabalhadores imigrantes; enquanto na Itália o Congresso aprova uma lei que permite e estimula a criação de "rondas de cidadãos" (leia-se, formação de milícias paramilitares); enquanto na Suécia, a ultradireita conquista cadeiras no Parlamento; enquanto na Holanda, a ultradireita cresce no Parlamento - podendo vir a se tornar maioria; enquanto o Governo de Washington – mascarado pela melanina do seu presidente - barra o acordo Brasil-Turquia-Irã, que poderia abrir um importante canal de negociações pacíficas para aquela região que vive hoje a ameaça de invasão pelos EUA e seus aliados, tipo as que foram levadas a cabo no Iraque e no Afeganistão – ocupados até hoje, a ferro e fogo, pela democracia estadunidense; etc. etc. etc.

O senhor candidato da aliança Demo-Tucana segue a mesma linha em sua campanha.

Sim, meus camaradas e amigos: a linha de campanha do senhor José Serra é uma linha fascista. E não é necessária muita análise ou qualquer metafísica para concluirmos isto:

Quando o senhor José Serra ataca sua adversária por ter lutado bravamente na resistência contra a ditadura, o senhor José Serra não apenas tenta criminalizar a candidata Dilma Rousseff e todos os seus companheiros de lutas dos anos 1960-1970, quando os liberais – longe de se oporem à ditadura (o que só farão a partir da metade da década de 1970), serviam de sustentação àquele regime. Significa criminalizar todos os que lutam hoje por seus direitos, todos os movimentos e organizações dos trabalhadores e do povo – como, aliás, têm agido as PMs nos Estados governados pela “santa” aliança que sustenta a candidatura do senhor José Serra.

Isto é fascismo.

Quando o senhor José Serra coloca a questão do aborto e sua estigmatização, como divisor de águas entre ele e a candidata Dilma Rousseff – estamos exatamente no terreno da intolerância fascista.

Quando o senhor José Serra tenta transformar a disputa política numa guerra religiosa - estamos no terreno privilegiado do fascismo. Aliás, a este respeito, certo filósofo alemão de origem judaica, já nos advertia no século 19 sobre as guerras religiosas enquanto o mais baixo degrau da política, e suas conseqüências para a maioria do povo. Fomentar a intolerância religiosa (ou qualquer outro tipo de intolerância) é fascismo.

Quando o senhor José Serra participa de regabofes no Clube Militar e estimula os encontros entre esses que deveriam ser os guardiões da legalidade e da nossa Constituição, e os lambe-botas da grande mídia comercial que pregam, sem pejo e desabridamente, o golpe contra as nossas instituições, estamos cara a cara com o fascismo.

Quando o senhor José Serra se dirige ao Clube do Pijama, que reúne a nata do que há de pior e mais reacionário dos oficiais da Reserva (e que garantiu a ferro e fogo, à base de seqüestros de opositores, aprisionamentos em cárceres clandestinos, torturas, assassinatos e ocultação de cadáveres, os 25 anos de ditadura), ressuscitando fantasmas tipo "República Sindical" e outros jargões que serviram de mote para o golpe de 1964, o senhor José Serra se comporta como um fascista.

Quando o senhor José Serra se articula com a grande mídia comercial para divulgar todo tipo de mentiras e aleivosias contra a candidata Dilma Rousseff e seus apoiadores, sem a menor vergonha de falsificar e publicar uma suposta ficha dos órgãos de repressão da ditadura sobre candidata Dilma Rousseff, o senhor Serra age como um fascista.

Quando o senhor José Serra conquista como apoiadores e se reúne com organizações paramilitares – verdadeiras societas sceleris – como a Tradição Família e Propriedade – TFP, e o Comando de Caça aos Comunistas – CCC, o senhor José Serra está se articulando com fascistas.

E somente fascistas se articulam com fascistas.

Quando o senhor José Serra, em atos aparentemente menores (e apenas demagógicos), como na sua lei antifumo, ou na criação da "nota paulista", e não equipa o Estado da quantidade adequada de funcionários para o controle dessas questões, transferindo esse controle para os cidadãos, estamos frente ao pior dos fascismos: a tentativa de transformar os cidadãos e cidadãs num grande exército de dedos duros e alcagüetes, um verdadeiro embrião das "rondas de cidadãos" do senhor Berlusconi.

Muito mais poderíamos apontar como atos que fazem do senhor José Serra um fascista. A lista, no entanto, seria grande demais (uma verdadeira lista telefônica).

Neste momento, o mais importante é que tenhamos todos muito claro, o que significam as duas candidaturas, onde se diferenciam fundamentalmente, e as conseqüências que enfrentaremos com a eleição de uma ou do outro dos candidatos.

A unidade, neste segundo turno, em torno da candidatura de Dilma Rousseff – do meu ponto de vista – tem um claro caráter de frente antifascista.

Sem sombra de dúvida, a unidade em torno do entendimento acima exposto sobre o significado das duas candidaturas e, em conseqüência, a escolha da candidata Dilma Rousseff constituem um ponto de partida fundamental.

Apesar disto, não é suficiente, não basta.

É necessário um passo a mais.

É necessário que nos organizemos e passemos à ação, de forma articulada com o geral da campanha. É necessário, portanto, que procuremos os comitês de campanha dos partidos aos quais sejamos filiados, ou os comitês suprapartidários que apóiam a nossa candidata.

Neste momento, circulam dezenas de manifestos de setores sociais, profissionais, religiosos, etc., com milhares de assinaturas em apoio à candidata Dilma Rousseff. É óbvia a importância de fazermos com que circulem em nossas listas via internet. No entanto, se nos detivermos apenas nisto, corremos o risco de conversarmos sempre e apenas entre nós. E é fundamental que consigamos sair do nosso círculo. Creio que uma boa maneira de faze-lo, de sairmos da tentação do espelho, seria – e que proponho – que reproduzíssemos grandes quantidades desses manifestos e, em grupos, fôssemos distribuí-los, nos locais de concentração dos sujeitos aos quais se dirigem esses manifestos e abaixo-assinados.

Por exemplo: no pé desta mensagem, repasso para todos um documento assinado por religiosos e leigos católicos e evangélicos. Pois bem, podemos reproduzi-lo e panfletarmos organizadamente nas saídas das igrejas e templos, conversando com as pessoas, explicando, convencendo aqueles que ainda tenham dúvidas, etc. Com o manifesto dos juristas, como um segundo exemplo, faríamos panfletagens nas portas de fóruns e tribunais nos horários de entrada e saída do pessoal, e assim por diante.

Temos de vencer o poder da grande mídia.

Para isto, vamos todos para as ruas, praças e avenidas – espaços privilegiados da nossa luta, pois é neles que podemos ser mais forte.

E nos encontraremos pelas ruas e praças do Brasil.

(*) Jornalista, escritor e membro do Conselho Editorial do Brasil de Fato.

Fonte: Carta Maior

Ela é a nossa presidenta! É o Brasil com Dilma dia 31!

Vox Populi aponta Dilma com 51%; Serra tem 39%

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, tem 51% das intenções de voto, contra 39% de seu adversário, José Serra (PSDB), segundo pesquisa Vox Populi divulgada nesta terça-feira pelo portal IG.


De acordo com o Vox Populi, 4% dos entrevistados se declararam indecisos.

Na pesquisa anterior do instituto, realizada nos dias 10 e 11 de outubro, Dilma tinha 48%, contra 40% de Serra. Os indecisos somavam 6%.

Se considerados somente os votos válidos --que excluem os brancos, nulos e indecisos-- Dilma tem 57%, contra 43% de Serra. Na sondagem anterior, a petista aparecia com 54% dos válidos, ante 46% do tucano.

O levantamento do Vox Populi analisou ainda o voto religioso. Conforme o instituto, Serra tem 44% das intenções de voto entre o eleitorado evangélico, ante 42% de Dilma. Entre os entrevistados que se declararam ateus, Dilma tem 49%, ante 36% de Serra.

Dilma também aparece à frente de Serra entre os eleitores que se disseram católicos praticantes (54% contra 37%) e não praticantes (55% contra 37%).

O voto religioso foi apontado como um dos fatores que impediram a vitória de Dilma já no primeiro turno da eleição presidencial em 3 de outubro.

O motivo seria uma rejeição dessa classe do eleitorado à suposta posição de Dilma favorável à descriminalização do aborto. Pressionada por setores religiosos, Dilma assinou uma carta na semana passada se comprometendo a não alterar a legislação existente sobre o aborto.

Segundo o Vox Populi, 89% dos entrevistados declararam estarem decididos sobre em quem votarão no dia 31 de outubro, enquanto 9% afirmaram que ainda podem trocar de candidato. A consolidação é maior entre os eleitores de Dilma, 93%, enquanto entre os de Serra 89% estão decididos.

A pesquisa, realizada entre os dias 15 e 17 de outubro, tem margem de erro de 1,8 ponto percentual para mais ou para menos. O instituto ouviu 3.000 pessoas para o levantamento.

A pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número 36193/2010.

Fonte: UOL

Alceu Valença com Dilma.

Fernando Morais (escritor) também apoia Dilma.

Chico Buarque esta com DILMA!

José Serra, é oportunista e tenta usar a igreja, mas em Canindé, ele se deu mal! Confira:





Blog do SARAIVA

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Assista duas formas de governar, totalmente diferente uma da outra! Veja o que SERRA faria se fosse presidente na crise.

FHC ESTÁ ACERTANDO A VENDA DO BRASIL EM FOZ DO IGUAÇU

Laerte Braga

(DESAFIO QUALQUER TUCANO OU ALIADO A DESMENTIR OS FATOS ABAIXO. A VENDA DO BRASIL PELAS COSTAS DO POVO BRASILEIRO – SÃO CORRUPTOS E TRAIDORES)

Neste momento que escrevo, domingo, 21h31m, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso está falando, em inglês, para 150 investidores estrangeiros no Hotel das Cataratas, em Foz do Iguaçu.

O evento é fechado, a fala de FHC está se dando em um jantar e o assunto é a privatização da PETROBRAS, de ITAIPU e do BANCO DO BRASIL, além de outras “oportunidades” de negócios no Brasil.

FHC está assumindo com os empresários o compromisso de venda dessas empresas em nome de José FHC Serra.

A idéia inicial dos organizadores de realizar o evento no Hotel Internacional foi afastada para evitar presença de jornalistas.

Cada um dos investidores recebeu uma pasta com dados sobre o Brasil, artigos de jornais nacionais e internacionais e descrição detalhada do que José FHC Serra vai vender se for eleito.

E além disso os investidores estão sendo concitados a contribuir para a campanha de José FHC Serra, além de instados a pressionar seus parceiros brasileiros e a mídia privada a aumentar o tom da campanha contra Dilma Roussef.

Segundo FHC disse a esses empresários logo após ser apresentado pelo organizador do evento, “se deixarmos passar a oportunidade agora jamais conseguiremos vender essas empresas”.

Para o ex-presidente é fundamental a participação desses grupos na reta final de campanha. A avaliação de FHC é que a campanha de Dilma sofreu um golpe com a introdução do tema religioso (o que foi deliberado pelos tucanos para desviar a atenção das pessoas dos reais objetivos do candidato José FHC Serra). É preciso, na concepção do ex-presidente arrematar o processo derrotando a candidata e impedindo-a de respirar nessa reta final.

O acordo com empresários internacionais em Foz do Iguaçu envolve a instalação de uma base militar norte-americana na região, desejo antigo dos governos dos Estados Unidos.

O corretor da venda do Brasil, FHC, com toda certeza, está acertando também a comissão (propina) a ser paga caso o negócio venha a se concretizar, ou seja, a eleição de José FHC Serra.

Para o ex-presidente também não há grandes problemas com a mídia privada “sob nosso controle”, mas é preciso evitar a divulgação de notícias mesmo que sejam pequenas ou de pequenos fatos e que possam prejudicar o projeto de venda do Brasil.

Esse tipo de evento, essa fala de FHC é característica da fala de agente estrangeiro e mostra a desfaçatez tucana em relação ao Brasil e aos brasileiros.

No mesmo momento em que o corrupto e venal José FHC Serra debate com Dilma Roussef na REDE TEVÊ e fala sobre trololós petistas, FHC, seu mentor e principal corretor de vendas de empresas públicas brasileiras, negocia traiçoeiramente a entrega de patrimônio público a esses investidores.

É a opção que os brasileiros temos diante de nós.

Ou caímos de quatro e abrimos mão de nossa soberania ou resistimos e rejeitamos a quadrilha tucana.

Desafio qualquer tucano, qualquer DEM, qualquer pilantra tipo Roberto Freire, quem quer que seja, a desmentir esse fato. O evento em FOZ DO IGUAÇU e sua natureza, a venda do BRASIL!
 
Fonte: Dilma na Rede

MANO BROW: "EU VOTO DILMA"

Quando governador de SP, Serra vetou lei de incentivo à doação de medula óssea

Serra alegou que assunto compete à União; outros estados aprovaram lei semelhante

Por: Cida de Oliveira, Rede Brasil Atual
Está na ordem do dia da Assembleia Legislativa de São Paulo a votação da derrubada do veto de José Serra à lei que institui um programa de incentivo à doação de medula óssea em São Paulo. O projeto, de autoria do deputado Hamilton Pereira (PT), foi aprovado por unanimidade, mas o então governador o vetou totalmente. A justificativa: o assunto não é competência do estado. A votação ainda não entrou na pauta.

Em seu parecer contrário ao veto, o deputado João Barbosa (DEM), apresenta razões pelas quais “somos compelidos a discordar das razões elencadas pelo governador.” Segundo ele, a propositura dispõe sobre proteção e defesa da saúde, matéria cuja competência é conferida, concomitantemente, à União e aos estados, como determina a Constituição.

O projeto, conhecido como Promedula (PL 334), foi apresentado em 2004 com o objetivo de articular instituições e órgãos públicos paulistas em todas as etapas do transplante de medula óssea. Ou seja, despertar as pessoas para a importância de se cadastrarem como doadoras, orientar doadores e receptores e melhorar a eficiência dos serviços disponíveis por meio da integração de recursos institucionais, humanos, tecnológicos, administrativos, econômicos e financeiros para a ampliação do número de doadores de medula óssea.

“O veto é um grande prejuízo e precisa ser derrubado”, afirma Nerli Peres Gonçalves, fundadora da ONG Asa Morena, de Sorocaba, SP. “A lei tornará o tema mais conhecido e certamente aumentaria o cadastro de doadores e as chances de se encontrar um doadro compatível”. A entidade oferece apoio e informações a pessoas com leucemias e outras doenças diretamente ligadas ao sangue.

Outros governadores não pensam como Serra. Em 2009 foram aprovadas leis que incentivam a doação de medula óssea para salvar no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul.

O que é a medula óssea?

É o tecido encontrado no interior dos ossos, também conhecido popularmente como "tutano". Sua função é produzir as células sanguíneas: glóbulos brancos (responsáveis pela defesa do organismo contra agentes infecciosos, vírus, bactérias e corpos estranhas), glóbulos vermelhos (transportam o oxigênio dos pulmões para os tecidos e retiram o gás carbônico para ser eliminado pelos pulmões) e as plaquetas (atuam na coagulação e são essenciais contra hemorragias).

Quem precisa do transplante?

Pessoas com doenças que comprometem o funcionamento da medula óssea, como problemas no sangue, tumores, deficiências no sistema imunológico e alguns tumores sólidos e doenças auto-imunes, entre outras.

O transplante de medula óssea requer compatibilidade absoluta entre doador e receptor.

O doador compatível deve ser procurado em primeiro lugar na família, entre irmãos filhos do mesmo pai e da mesma mãe. Mesmo assim, a chance de encontrar um irmão idêntico é de 25%. As chances serão maiores quanto maior for o número de irmãos. Quando não há doador compatível entre os irmãos ainda há chance de encontrar um doador na família. Aproximadamente 60% dos pacientes não encontram doador entre familiares e precisam buscar um doador compatível voluntário cadastrado no Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea (Redome).

Para saber mais:

http://www.ameo.org.br/

http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?ID=677

http://www.asamorena.org.br

Fonte: Rede Brasil Atual

Conselho Federal de Psicologia repudia demissão da psicóloga Maria Rita Kehl pelo jornal O Estado de S.Paulo

JOSÉ SERRA: LENDO O ARTIGO DA MARIA RITA KEHL E LOGO EM SEGUIDA MANDA DEMITI-LÁ


Nota do CFP em repúdio à demissão da psicóloga Maria Rita Kehl pelo jornal O Estado de S.Paulo

Diante da agressão à liberdade de expressão cometida pelo jornal O Estado de S. Paulo contra a psicóloga e psicanalista Maria Rita Kehl, o CFP emitiu a nota a seguir. Para o Conselho, o jornal deu exemplo de produção de alienação pois, ao mesmo tempo em que se diz ameaçado em sua liberdade de expressão, impede a emissão de opinião por articulista que ali escrevia há anos.

Veja aqui o artigo de Maria Rita Kehl

Veja aqui entrevista da psicóloga e psicanalista ao Terra Magazine

Leia também artigo do jornalista Eugênio Bucci sobre o tema

Nota:

CFP repudia demissão da psicóloga Maria Rita Kehl pelo jornal O Estado de S.Paulo

No dia 2 de outubro de 2010, a psicanalista e psicóloga Maria Rita Kehl, colunista do jornal O Estado de S. Paulo publicou artigo intitulado “Dois pesos” no qual questionou a desqualificação do voto da população pobre e fez comentários sobre o programa Bolsa Família, do governo Lula. O texto gerou grande repercussão na internet e mídias sociais nos últimos dias e culminou com a demissão da colunista no dia 6 de outubro. Segundo ela, a justificativa dada pelo jornal foi que Maria Rita cometeu um “delito” de opinião.

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) repudia a demissão de Kehl, solidariza-se a ela e externa preocupação com a atitude do Estadão que, ao demitir uma articulista que se posiciona de maneira contrária ao discurso do jornal, fere o direito à liberdade de expressão e de pensamento. Ou não é para garantir a diversidade de opiniões que os jornais, além de editoriais, publicam artigos?

A grande mídia tem acusado o governo de cercear a liberdade de expressão e o Estadão há meses questiona um processo de censura. Entretanto, a demissão da colunista expõe a fissura entre o discurso da mídia que se diz ameaçada em sua liberdade de expressão e suas práticas cotidianas, restritivas à liberdade de opinião.

Fonte: Conselho Federal de Psicologia

Programa de TV do LULA em 1998. Lembrando com o Brasil vivia com FHC e SERRA.

domingo, 17 de outubro de 2010

Serra nomeou filha de Paulo Preto em São Paulo


No primeiro mês como governador de São Paulo, José Serra (PSDB) nomeou uma filha do ex-diretor de engenharia da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, para cargo de confiança no Palácio dos Bandeirantes.
A jornalista Tatiana Arana Souza Cremonini foi contratada como assistente técnica de gabinete em decreto assinado por Serra em 29 de janeiro de 2007. Ela atua no cerimonial, com salário de R$ 4.595, com gratificações.

Souza foi levado ao epicentro da campanha eleitoral pela candidata Dilma Rousseff (PT) no debate da Band no último domingo. A petista, baseada em reportagem publicada pela revista "IstoÉ", disse que ele teria desviado R$ 4 milhões supostamente destinados ao caixa 2 da campanha tucana.
No debate, o tucano não respondeu à petista. No dia seguinte, em visita a Goiânia (GO), disse que desconhecia o acusado e que o episódio era um "factoide".
Na terça-feira, depois de a Folha publicar entrevista em que Vieira de Souza cobrava solidariedade dos tucanos, Serra saiu em defesa do ex-dirigente da empresa responsável por obras viárias como o Rodoanel e afirmou que a acusação era injusta.
Souza dirigiu o setor de engenharia da Dersa de 2007 até abril deste ano, quando foi exonerado durante a transição de Serra para Alberto Goldman.
 
OUTRO LADO
Em nota, a Secretaria de Comunicação do governo informou que Tatiana foi contratada por sua formação profissional e pela fluência em inglês e espanhol.
Serra, por meio de sua assessoria, afirmou que todos os processos para nomeação de servidores de confiança "são instruídos pelas secretarias responsáveis pela indicação, chegando às mãos do governador após processo de avaliação criterioso, como ocorreu nesse caso".
A assessoria do candidato sustenta que "o governo de SP possui mais de 6.000 cargos de livre provimento" e, por lei, as nomeações são assinadas pelo governador.
Questionado, o tucano não respondeu se conhecia o parentesco de Tatiana com o ex-diretor da Dersa na ocasião de sua nomeação.
O advogado José Luís Oliveira Lima, que defende Souza, disse que seu cliente comentaria a contratação da filha, mas não ligou de volta até a conclusão desta edição.
Nesta semana, o PT-SP questionou no Ministério Público a atuação de outra filha de Souza, Priscila Arana, como advogada de empreiteiras contratadas pela Dersa.
Em dezembro de 2009, a Folha revelou que ela defendia construtoras que executaram obras do Rodoanel.
Em 2007, Priscila e sua mãe, Ruth, emprestaram R$ 300 mil ao senador eleito Aloysio Nunes Ferreira, para a compra de um apartamento. O tucano disse que quitou o empréstimo neste ano.

Fonte: UOL

sexta-feira, 15 de outubro de 2010