segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Trabalhadores com deficiência acusam Metrô de SP de discriminação

Operadores de trem demitidos criticam Metrô de SP por "brincar com a vida" de trabalhadores com deficiência

Trabalhadores foram demitidos pelo Metrô pelo mesmo motivo que foram contratados: por serem portadores de deficiência (Foto: Suzana Vier/Rede Brasil Atual)


São Paulo – Rubens Ascencio e Rogério Murari passaram no concurso da Companhia do Metropolitano (Metrô) de São Paulo para operadores de trem, em vagas destinadas a pessoas com deficiência. Também foram aprovados em exames médicos e laboratoriais, até que chegaram ao treinamento que permitiria a realização do sonho, especialmente de Rubens, de trabalhar no Metrô de São Paulo. Foram 90 dias de preparação e mais 20 de espera até a notícia da demissão.

Estranhamente, os trabalhadores foram demitidos pelo Metrô pelo mesmo motivo pelo qual foram contratados: por serem portadores de deficiência. "Fico revoltado porque questionei o médico e ouvi dele 'essa vaga aqui é exclusiva para deficiente'", protesta Rubens, em entrevista à Rede Brasil Atual. A admissão ocorreu em 18 de janeiro, e a dispensa, em 24 de junho.

"Como abrem vaga para deficiente e nos demitem por sermos deficientes?", indigna-se. Quando foram demitidos, Rubens e Rogério ouviram do Metrô que não atendiam a necessidade de rapidez para a função.


Parte da decepção dos trabalhadores se deve ao fato de terem deixado empregos estáveis para atuar no Metrô. "A funcionária do RH (departamento de recursos humanos) me disse 'está tudo certo, o senhor já pode pedir demissão'", lembra Rubens, que era funcionário de uma indústria em São Bernardo do Campo (SP).

"O médico deveria nos avisar se éramos compatíveis ou não com a função", critica Rogério. "Isso é muito incoerente", condena o trabalhador. Na visão deles, a área médica ou o próprio setor de recursos humanos da empresa deveriam ter avaliado previamente se o trabalho de operador é compatível com a deficiência dos trabalhadores.

Sem acessibilidade

Os dois trabalhadores, portadores de sequelas de poliomielite, consideram que o grave erro do Metrô de São Paulo é não oferecer condições de receber trabalhadores com certos tipos de deficiência. Durante o treinamento, eles tiveram de subir e descer escadas, andar por longos trajetos e participar de todas as atividades de formação "em pé de igualdade" com os outros operadores de trem. Para eles, foi o início da discriminação. "O treinamento foi puxado, porque fizeram tudo para pessoa que não tinha deficiência nenhuma", condena Rubens, que usa aparelho ortopédico na perna e caminha com bengala de apoio.

Além do constrangimento de não serem esperados pelos instrutores para começar as aulas, porque demoravam mais que os colegas durante os trajetos internos da empresa, os trabalhadores demitidos ouviam comentárias preconceituosos, como "o que o usuário vai falar ao ver operadores assim. Vão ficar com medo de entrar no trem", conta Rubens.

"Era um constrangimento ficarmos para trás. Não havia condições à altura da situação", avalia Rogério. "Sofremos pressão, e o processo de decisão (pela demissão) foi obscuro", lembra o trabalhador. "Não tivemos chance de dialogar. Nos chamaram e nos demitiram", completa Rubens.

Na avaliação de Rubens, operar trens não seria problema para eles. A linha azul, que liga as estações Jabaquara e Tucuruvi, tem trens totalmente computadorizados, em que os operadores permanecem para garantir providências em caso de pane. Os carros alinham-se à plataforma e abrem e fecham portas automaticamente.

O mais difícil, segundo ele, é ter acesso ao pátio de manobras, uma espécie de estacionamento de trens que fica em meio de túneis, entre estações, utilizado quando os trens têm problemas e onde é necessário passar por passarelas bem estreitas. "O operador que não tem deficiência já tem dificuldade, para o que tem a dificuldade é maior. Mas durante o treinamento, eu fui", comenta Rubens. "Eu consegui atuar como operador do meu jeito", avalia.

Processo

Os trabalhadores decidiram mover um processo contra o Metrô solicitando a reintegração ao quadro funcional, além de indenização por danos morais sofridos durante o treinamento e pela perda do emprego. "Brincaram com nossas vidas, fomos expostos a situações vexatórias e depois dispensados", acusa Rubens, que após a demissão ficou várias semanas sem dormir.

"Eu só chorava e não dormia", relata. "Psicologicamente, você não faz ideia do que eu passo. É muito constrangedor aos 47 anos, com família para cuidar, passar por essa reviravolta e terminar desempregado", resume Rubens.

De acordo com Flávio Godói, diretor do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, o Metrô comete um grande erro ao abrir concurso para trabalhadores com deficiência sem estipular o tipo de deficiência que se aceita ou não. Ele afirma que o sindicato tentou negociar a realocação dos trabalhadores para outra função, para evitar as demissões, mas a empresa não aceitou.

"Entendemos que o Metrô poderia aproveitar a pessoa que passou no concurso em outras áreas, de forma muito tranquila para todas as partes, até porque é muito difícil passar no concurso do Metrô. Então, estamos falando de pessoas bem preparadas", relata o sindicalista.

Segundo Almir de Castro, diretor dos Metroviários que acompanhou o treinamento dos operadores de trem, "o Metrô teve oportunidade de dizer para eles que não seriam operadores, mas deixou o barco correr até chegar a esta situação difícil". "A situação deles realmente foi constrangedora", interpreta o diretor

Fonte: Brasil Atual

Um pequeno, mas pequeno mesmo, resgate histórico das tragédias do PSDB em SP.

FHC magoado: Nem Serra defende seu governo na campanha

O ainda maior vulto do PSDB, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, tem confidenciado, para interlocutores próximos, estar magoado por não ver seus oito anos de mandato exaltados na campanha de Serra.

“Ele gostaria de ver as teses do governo dele sendo defendidas”, diz outro integrante do partido.


Serra chegou ao vexame de fazer propaganda na TV "lulo-petista" mostrando fotos ao lado do presidente Lula, enaltecendo o adversário; sem levar ao ar qualquer menção a FHC, o que deve ter atiçado a inveja e rancor do vaidoso ex-presidente.

Mesmo em aparições públicas de Serra, em debates ou comícios, FHC não está presente.

Para o cientista político e professor do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa), Carlos Melo, Serra e o PSDB correm o risco de saírem menor do que entraram nas eleições: “Lula perdeu várias eleições, mas nunca perdeu politicamente, porque ele sempre firmou posição. Na política, você tem que deixar claro quem é você e qual a sua história. O partido deveria reconhecer que o governo FHC, embora não seja um sucesso de público, foi um sucesso de crítica” (referindo-se à crítica favorável da imprensa demo-tucana).

O cientista político da Universidade de São Paulo (USP) Rubens Figueiredo repete as críticas feitas meses atrás por Dilma Rousseff, ao chamar a campanha de José Serra de "biruta de aeroporto":

“Não se constrói uma ideia de partido se não se passa para a sociedade uma postura. De dia, o PSDB critica Lula. À noite, afaga o presidente, e não defende aquilo que o próprio PSDB fez. É como uma biruta de aeroporto, que ninguém entende para onde vai.”

Porém 10 entre 10 marqueteiros, afirmam que a associação à FHC seria negativa, porque lembra mais uma época de desemprego e arrocho, com o Brasil quebrando 3 vezes, o apagão do racionamento elétrico, decadência internacional, e baixa auto-estima.

A melhor lembrança do eleitor quanto àquele período é o Plano Real, porém executado no governo Itamar Franco, passa a impressão de que o eleitor já deu 2 mandatos ao PSDB por conta do plano, e ele não andou para frente, desde 1994. A estabilidade econômica foi boa pelo fim da inflação, mas depois de 1998 a estabilidade passou a significar estabilidade da pobreza, e ninguém consegue ver virtude na falta de prosperidade, na falta de mobilidade social para cima.

A partir de 2003, com o governo Lula, além de recuperar a estabilidade econômica (que já dava sinais de descontrole em 2002), houve prosperidade e ascensão social para a maioria dos brasileiros, sobretudo das classes C, D e E.

Sob os holofotes, o ex-presidente não admite a mágoa, e minimiza sua ausência ao lado do candidato tucano.

O presidente do partido, Sérgio Guerra (PSDB/PE), diz que a atuação de FHC se dá nos bastidores. “Nenhuma decisão importante do partido acontece sem ele. Ele é o que mais colabora com o partido”, mostrando que Serra, na verdade, continua andando na garupa de FHC, apenas de forma escondida do grande público.

Guerra não descarta a aparição do ex-presidente no programa eleitoral. O blog dá o maior apoio à aparição de FHC na TV pedindo votos para Serra.

Fonte: Blog Os amigos da presidente Dilma, com informações do do Correio Braziliense
 
Fonte: O VERMELHO

Serra abraça discurso da ditadura em encontro com militares

Protagonista do primeiro encontro de um candidato a presidente com oficiais das Forças Armadas nesta campanha, José Serra (PSDB) foi recebido sem muito entusiasmo pelos militares que compareceram ao Clube da Aeronáutica na tarde de sexta-feira (27).


A palestra, a primeira de uma série que terá também as candidatas Marina Silva (PV) e Dilma Rousseff (PT), foi assistida por cerca de 200 pessoas, plateia que sequer conseguiu encher a sala reservada ao evento, e foi fechada à imprensa a pedido do candidato. Além de pouco público, também chamou a atenção na palestra a presença de muitos oficiais da reserva, alguns com clara posição antipetista, e a ausência dos atuais comandantes das três forças.

Descontraído, o ex-governador jogou para a plateia quando lembrou os temores militares frente ao governo de João Goulart e acusou o PT de ter formado "uma república de sindicalistas". O tucano também manifestou posição contrária ao Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH) e ao que qualificou como "tentativa de controle da imprensa" por parte do governo petista. Serra também criticou a política externa brasileira e citou a "quebra do sigilo fiscal de pessoas próximas na Receita Federal".

"O PNDH cria uma espécie de tribunal que iria permanentemente julgar a imprensa, para efeito desse controle. Há, além do mais, por parte do governo, uma ofensiva econômica em relação à imprensa"

Serra, que no passado foi perseguido político e exilado pela ditadura militar, não hesitou em condenar aqueles que pregam punição para os crimes de tortura cometido pelos militares: "Reabrir a questão da anistia para mim é um equívoco porque a anistia valeu pra todos e ao meu ver não é algo que deveria ser reaberto. Uma coisa é ter conhecimento do que aconteceu, etc. Outra é a reabertura dos processos que, aliás, pegaria gente dos dois lados. Permanentemente se procura reabrir essa questão, inclusive em nível ministerial, no atual governo", disse.

O poder do atual governo, segundo o candidato do PSDB, se dá "através da internet e da máquina sindical". Nesse momento, Serra chegou a citar o golpe militar que derrubou o presidente João Goulart em 1964: "Em 64, uma grande motivação para a derrubada do Jango era a idéia da república sindicalista. Quem estava por dentro sabia que isso não tinha a menor possibilidade de acontecer. Mas, eles [do PT] fizeram agora a verdadeira república sindicalista. Mas, não é pra fazer socialismo, estatismo, nada disso. É para curtir, e é uma máquina poderosa, que conta com internet, etc".

A política de direitos humanos do governo Lula foi o principal alvo do tucano, que chegou a afirmar que o PNDH "criminaliza quem não defende o aborto", para em seguida acrescentar: "Nesse mesmo programa de direitos humanos, passa-se por cima da ordem jurídica do país, por exemplo, no caso das invasões. O PNDH prevê que as invasões não poderão ser enfrentadas mediante ordem judicial e cria uma instância intermediária, um fórum para decidir se tal invasão é correta, etc. Isso viola o direito de propriedade".

Serra voltou a criticar o "conferencismo" do atual governo e a se queixar da "pressão" sobre a mídia: "Outro aspecto é o controle da imprensa, que se dá através de congressos e de conferências, mas, na prática, prevê o controle e o monitoramento da imprensa. Inclusive na área propriamente de direitos humanos, direitos civis, etc, o PNDH cria uma espécie de tribunal que iria permanentemente julgar a imprensa, para efeito desse controle. Há, além do mais, por parte do governo uma ofensiva econômica em relação à imprensa", disse.

"São mais um 'saludo a la bandera' em relação ao qual nós não temos interesse nenhum. Para não falar, como no caso da Bolívia, de uma espécie de cumplicidade com um governo que é cúmplice do contrabando de drogas para o Brasil".

Vizinhos "incômodos"

O tucano também aproveitou um velho ícone do imaginário militar de direita para criticar a política externa do governo Lula ao apontar que o Brasil reconheceu, "de maneira injustificada", a China como economia de mercado.

"A implicação prática disso é que nós não podemos adotar medidas de defesa comercial com a rapidez que seria possível caso não tivéssemos feito esse reconhecimento a troco de nada. Em matéria externa, nós não tivemos agressividade econômica, mas tivemos, sim, atividade política equivocada, dando trela para ditadores da pior espécie, como o ditador do Irã, inclusive armando uma encrenca diplomática para o Brasil inteiramente desnecessária".

A relação com os vizinhos latino-americanos também foi atacada por Serra: "Relações boas com Venezuela, Equador, Bolívia, etc, tudo bem. Com Cuba, também. Eu sou partidário que os Estados Unidos levantem o cerco econômico a Cuba. Isso, aliás, ajudaria o processo cubano a caminhar para a democracia. Mas o fato é que são parcerias e coalizões antinorteamericanas que, na verdade, são mais um 'saludo a la bandera' em relação ao qual nós não temos interesse nenhum. Para não falar, como no caso da Bolívia, de uma espécie de cumplicidade com um governo que é cúmplice do contrabando de drogas para o Brasil".

Além de reiterar a insinuação de cumplicidade do governo brasileiro com o narcotráfico, Serra voltou a insinuar que o PT faz corpo-mole em relação às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc): "Eu li a declaração do comandante do Exército na Amazônia dizendo que tropas da Farc entraram no Brasil, por questões logísticas deles e também para o narcotráfico. Nossas fronteiras não estão sendo guardadas como deveriam ser", disse.

Os vizinhos mais pobres foram alvo de outras queixas do tucano, que lembrou que uma cidade fronteiriça boliviana, à época em que era ministro da Saúde, tinha 75% das pessoas com dengue. Serra também citou o pré-sal: "A fronteira marítima merece atenção especial por causa das riquezas do subsolo referentes ao petróleo. Nós temos que ocupar nossas fronteiras. A tecnologia é muito importante e envolve as três armas. Quero criar uma guarda nacional especifica para trabalho de fronteira, não conflitante com o trabalho das Forças Armadas, e para florestas e meio ambiente", prometeu.

Passado de Dilma

Parte da plateia da palestra de José Serra no Clube da Aeronáutica não escondeu o seu antipetismo. Uma questão elaborada pelos coronéis Ozires Labatu e Ernani Almeida indagou ao tucano: "Por quê os condutores de sua campanha se eximem de abrir a biografia da senhora Dilma e de expor as verdadeiras intenções do PT?".

Serra respondeu que "essa questão biográfica é uma questão mais complicada" e saiu pela tangente: "Eu não acho que deva ser a campanha quem discute o passado, a vida de cada um. O que mais me incomoda na biografia da Dilma é atribuírem a ela coisas que ela não fez. Isso me aflige mais do que a questão do passado político. Conheço gente que fez a luta armada - não conheci muitos, foram alguns - e que hoje estão com uma posição política correta e trabalhando direito", disse.

Em outra questão, o tenente-brigadeiro Carlos Almeida Batista repreendeu Serra por "cometer os mesmos erros de Geraldo Alckmin na campanha passada". O militar disse que Serra não explora "conquistas tucanas como o Plano Real, a Lei de Responsabilidade Fiscal e as privatizações bem-sucedidas" e indagou: "Por quê o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não engaja em sua campanha como faz o Lula com a Dilma?".

Em sua resposta, Serra disse que as conquistas citadas pelo tenente-brigadeiro são "temas que não emocionam a população" e que "a internet é usada para a propagação da mentira". Sobre FHC, o tucano foi evasivo: "Quanto à participação do Fernando Henrique, ele tem plena liberdade para isso. Mas eles quiseram transformar a eleição na comparação entre dois governos e eleição não é isso. A meu ver, levar para esse tipo de comparação não é bom".

Fonte: Rede Brasil Atual

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Lula diz que campanha de Serra tenta “enganar a sociedade”

O presidente Lula classificou ontem o uso de sua imagem, nas peças de propaganda eleitoral de José Serra (PSDB), como uma tentativa de enganar a sociedade.


“É sempre muito ruim pessoas que acham que, em momento de eleição, é possível enganar a sociedade colocando uma imagem com pessoas que você tem participação política contrária”.

Lula não acredita que o eleitorado se deixará enganar pelas oposições.

“Todo mundo sabe que eu tenho lado, todo mundo sabe que eu tenho candidato, todo mundo sabe que eu tenho partido e todo mundo sabe quem eu quero que seja presidente da República”.

Fonte: Brasilia Confidencial

domingo, 22 de agosto de 2010

Posse da direção e inauguração da nova sede do SinPsi

Com a presença de companheiros do movimento sindical e importantes lideranças cutistas e da psicologia, o Sindicato dos Psicólogos de São Paulo (SinPsi) realizou uma confraternização para dar posse à nova diretoria e inaugurar a nova sede que fica agora na Rua Aimberê, 2053 – Perdizes.

“Este é um momento de alegria, de reafirmar nossa trajetória, compromissos e significado da nossa presença no mundo do trabalho. O SinPsi tem o constante desafio de ser capaz de fazer a representação sindical da categoria, de defesa dos direitos já existentes, lutando e buscando melhores condições de trabalho para os psicólogos e isso só será possível com um Sindicato fortalecido”, exalta Rogério Giannini, presidente do SinPsi.

A nova sede será, segundo Giannini, um espaço moderno e acolhedor para categoria, capaz de dialogar com outras entidades do movimento sindical, social e popular. “Um lugar que seja nosso e de muita gente”, resume Giannini.

Esse espírito de solidariedade, de abrir a sede para organização e atividades de outras representações foi exemplificado pela diretora da CNTSS-CUT, Miraci Astun. “Após a fundação do Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social no Estado de São Paulo (SinssP), o Sindicato do Psicólogos abriu a suas portas e cedeu uma sala para que o SinssP pudesse organizar as suas ações e dar encaminhamentos aos principais anseios da categoria”, relata Miraci.

Sindicato forte, compromissado e de luta - Todos os presentes a mesa de abertura da cerimônia parabenizaram o Sindicato pela aquisição da nova sede e a diretoria pelo trabalho feito na gestão passada, dando continuidade nesse próximo período.

Denise Motta Dau, secretária de Relações do Trabalho da CUT, lembrou da importância da atuação do Sindicato dentro das áreas da Seguridade Social, Saúde, sem deixar de lado as demandas específicas da categoria, como a luta pela redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais sem redução de salários.

Adi dos Santos Lima, presidente da CUT-SP, afirmou que para a Central é fundamental ter a diversidade de classes e que os psicólogos são uma categoria importante nesta constituição.

Já Helcio Aparecido Marcelino, secretário geral do SindSaúde-SP, fez questão de destacar que a cerimônia de posse na nova diretoria encerrava um ciclo vitorioso, que começou com um planejamento na gestão passada, passou pelo processo de reorganização da FenaPsi e termina com a eleição de uma diretoria comprometida com a classe trabalhadora.

Para Roger Leal, diretor de Políticas Sindicais do Sindicato dos Psicólogos no Estado do Rio Grande do Sul, a representação presente a cerimônia demonstra a força e a unidade dos psicólogos.

Carla Biancha, que encabeça a chapa 11 nas eleições do CRP-SP, falou sobre um tema polêmico, que é a questão da organização do trabalho. “O que nós queremos é a articulação e não englobar as funções do sindicato, como a questão da organização do trabalho. Precisamos trabalhar em parceria para fortalecer a categoria e melhorar as condições de trabalho para todos e todas.”

Neste sentido, o presidente do SinPsi, lembrou que no dia 27 de agosto, Dia Nacional do Psicólogo, acontece as eleições no Conselho Federal de Psicologia, onde o Sindicato apoia a chapa 21 por entender que a outra chapa concorrente trilha pela caminho de que os Conselhos devem tocar as lutas por condições de trabalho dos psicólogos, sendo que esta é uma das funções das entidades representativas dos trabalhadores. “Esta é uma concepção errada. Portanto, é de suma importância que os psicólogos não caíam em tentação e se deixem levar por uma resolução totalmente contraditória", afirma Giannini.

Ao final do evento, foi realizado o ato de posse da nova diretoria do SinPsi.

Nova direção:

Presidente

Rogério Giannini

Vice-Presidente

Arlindo da Silva Lourenço

Tesoureira

Fernanda Lou Sans Magano

1º Tesouraria

Valéria Cristina Lopes

Secretaria Geral

Simone Tinton de Andrade

1º Secretaria

Valdeluce Aparecida Maia

2º Secretaria

Lucio Costa

Diretores

Marcos Aurélio Colen Leite

Miriam Leirias

Tiago Noel Ribeiro

Fátima Regina Riani Costa

Leandro de Campos Fonseca

Cristiane Barbosa Carneiro

Luis Carlos de Araújo Lima

Conselho Fiscal

Titulares

Rosana Cathia Ragazzonni Mangini

Adalberto Boatarelli

Sandra Aparecida Cordeiro da Silva

Suplentes

Fábio Souza dos Santos

Cláudia Rejane de Lima.

Mariana Gersiley F. dos Santos

Fonte: Sindicato dos Psicólogos do Estado de São Paulo

Nem o Lula consegue conter vaia aos tucanos


Goldman usa presença de Lula para conter vaias


‘Lula me conhece. É de 40 anos que me conhece e sabe quem eu sou. Sabe que isso não mexe comigo, não me abala’, disse

ANNE WARTH – Agência Estado

SOROCABA – A inauguração do campus de Sorocaba (SP) da Universidade Federal de São Carlos tornou-se palco de protestos de servidores do Poder Judiciário estadual, em greve há 116 dias, contra o governador de São Paulo, Alberto Goldman. Durante a cerimônia, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governador enfrentou vaias durante os oito minutos e meio em que discursou. Apesar da manifestação, Goldman insistiu com seu discurso diante de um constrangido Lula que, em alguns momentos, ameaçou interferir, mas não o fez. No início, o governador usou a presença de Lula para tentar conter a manifestação.

“Lula me conhece. É de 40 anos que me conhece e sabe quem eu sou. Sabe que isso não mexe comigo, não me abala”, disse Goldman que prosseguiu citando dados sobre realizações do governo paulista na área de ensino técnico e superior. Depois dessa manifestação de Goldman, Lula aplaudiu o governador. Ao final de seu discurso, sem que os protestos tivessem diminuído, o governador se exaltou e gritou ao microfone: “Nada nem ninguém nunca na minha vida há de intimidar”.

O pequeno grupo, formado por cerca de 50 pessoas, que o fazia protesto vestia camisas vermelhas da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e segurava faixas com os dizeres “Judiciário parado há 116 dias”; “Queremos solução” e “Goldman, a culpa é sua”. A greve dos servidores do Judiciário paulista foi iniciada ainda quando José Serra (PSDB) ocupava o Palácio dos Bandeirantes.

O prefeito de Sorocaba, Victor Lippi (PSDB), também recebeu vaias dos integrantes do protesto, mas em volume menor. Já o presidente Lula foi ovacionado pela plateia, ao todo, de cerca de 200 pessoas, entre estudantes, convidados da prefeitura e políticos. Os manifestantes cantaram o jingle que ficou famoso na campanha presidencial de Lula em 1989 – “olé, olé, olá, Lula”.

Fonte: Paulo Henrique Amorim

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Mercado de trabalho terá o melhor desempenho da história em 2010

O mercado de trabalho no Brasil em 2010 deve ter o melhor resultado da história. Segundo a projeção de alguns economistas ouvidos pelo iG, a geração líquida de postos de trabalho (saldo total de admissões e dispensas de empregados, sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho) deve se aproximar de 2 milhões vagas no consolidado do ano.


O melhor resultado da série histórica, iniciada em 1992, do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged),foi registrado em 2007. Naquele ano, o saldo líquido de vagas no mercado de trabalho do País foi de 1.617.392.

Mas esse número pode ser superado hoje. Nesta quinta-feira, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulga os números do Caged referentes ao mês de julho. No acumulado do ano até junho, o saldo líquido do mercado de trabalho está em 1.473.320 vagas. Como as previsões dos especialistas no tema apontam que o resultado em julho deve ser de um saldo entre 180 mil e 200 mil vagas, o desempenho recorde acumulado em 2007 deve ser superado. Os setores de serviços e comércio devem seguir liderando a geração de postos de trabalho no País.
 
Confiança na economia


Segundo o economista Fábio Romão, da consultoria LCA, o desaquecimento da economia no segundo trimestre também terá reflexos no mercado de trabalho. O ritmo de contratações será menos pujante do que o verificado no início do ano, mas o desempenho deve continuar ainda em um nível elevado. No primeiro semestre, o saldo líquido de empregos em média foi de 235 mil postos por mês. “ Esse patamar poderá ficar um pouco abaixo das 200 mil vagas, mas ainda é um resultado forte e demonstra a confiança dos empresários na economia”, avalia Romão.

Para o economista da LCA, a evolução do mercado de trabalho segue na esteira do crescimento econômico verificado nos últimos anos. “Houve um aumento na formalização da mão de obra e crescimento da renda do trabalhador. Esse maior poder de consumo da população, aliado a uma certa estabilidade de preços, tornou mais fácil para os empresários prever o cenário econômico e planejar investimentos em projetos para expansão dos negócios, contribuindo para sustentar o ritmo elevado de contratações no País”, diz.

Comércio e serviços

Na avaliação dos especialistas que acompanham a evolução do mercado de trabalho, os números do setor no ano representam um dos melhores desempenhos da história recente do País, talvez só comparável ao período de forte crescimento da economia na década de 1970, conhecido como “Milagre Brasileiro”.

A maior geração de empregos nos setores de serviços e no comércio, segundo os analistas, indica que o Brasil está evoluindo para um cenário já consolidado em economias desenvolvidas como a dos Estados Unidos e de alguns países da Europa, onde a participação da população no emprego industrial vem caindo. “Essa mudança no perfil do emprego não é negativa e indica que a economia brasileira está buscando outras formas de crescer”, afirma o economista da Gradual Investimentos, André Perfeito.

Fonte: IG

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Alckmin afirma que vai manter aprovação automática na rede pública de ensino

Rede Brasil Atual

São Paulo - Em debate realizado pelo portal Uol e jornal Folha de S. Paulo, o candidato do PSDB ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin voltou a defender a aprovação automática em escolas da rede pública de ensino. Entretanto, foi confrontado pelo candidato do PT, Aloizio Mercadante, que afirmou que o governo de São Paulo deve desculpas aos jovens, pois tiveram a educação comprometida pela deficiente formação e falta de oportunidades.

Pressionado pelos candidatos do PP e PT, o tucano limitou-se a desviar o foco das perguntas feitas, não respondendo à maioria das críticas direcionadas aos 16 anos do PSDB no governo paulista.

Celso Russomano (PP), o terceiro participante, questionou o governo do PSDB sobre a falta de segurança no estado. Ele também afirmou que os dados sobre o tema, divulgados pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, são maquiados. Russomano sustentou que houve crescimento dos índices de criminalidade e da insegurança. Para o candidato, a polícia de Sâo Paulo trabalha sem estrutura e muitas cidades não têm nem delegado de polícia.

Mais críticas

Questionado sobre o caos aéreo, principalmente em São Paulo, Alckmin afirmou que em seu governo houve a ampliação e reforma dos aeroportos, como o de Itanhaém , no litoral de SP, onde há uma base de exploração das reservas do Pré-Sal.

Alckmin também foi confrontado a respeito do descumprimento do edital de privatização de empresas do setor elétrico por parte das empresas compradoras. Alckmin limitou-se a dizer: "Vou verificar" e voltou a afirmar: "Estado provedor de tudo não existe. Temos de trazer a iniciativa privada para o país".

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Alckmin cortou recursos para Apaes em São Paulo

Instituições privadas sem fins lucrativos – como as Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes) – que oferecem atendimento educacional especializado para alunos tiveram recursos cortados durante a gestão do tucano Alckmin no governo de São Paulo (2003-2006).

Mais de R$ 12 milhões previstos, entre 2004 e 2006, não foram aplicados em educação a alunos com deficiência e foi descumprida a meta de ampliar o número de atendimentos em 18% - 42.863 crianças deixaram de obter benefício. Nos Orçamentos de 2003 a 2006 a previsão de atendimento era para 239.925 crianças. O governo estadual, no entanto, cumpriu apenas 197.062.

A gestão Alckmin caminhou no sentido contrário à política de inclusão do governo federal, que aumentou o repasse de recursos federais destinados a melhorar as condições das instituições especializadas em alunos com deficiência. O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) passou a contar em dobro as matrículas das pessoas com deficiência que estudam em dois turnos, sendo um na escola regular e outro em instituições de atendimento educacional especializado.

Este ano, o valor total repassado por meio do Fundeb ao atendimento educacional especializado em instituições privadas será de R$ 293.241.435,86. Em 2009, foram encaminhados R$ 282.271.920,02. O número de matrículas atuais nessas unidades conveniadas é de 126.895.

Além disso, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) envia recursos às instituições filantrópicas para merenda, livro e aqueles originários do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE). Nos últimos três anos, foram repassados R$ 53.641.014,94 destinados a essas ações.
 
fonte: Contexto Livre

Oposição é enganosa e age contra o povo, afirma Dilma

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, criticou o DEM, partido aliado do seu adversário José Serra (PSDB) que ajuizou ação contra o ProUni no STF (Supremo Tribunal Federal) e afirmou que a oposição demo-tucana é "enganosa".

"Eles falam, falam, e quando podem, fazem contra o povo. Eles são enganosos, mas o povo é inteligente e capaz. Não vai se deixar enganar", disse Dilma, durante visita à Cidade de Deus (zona oeste do Rio) na tarde deste sábado.

Contra os pobres

A petista afirmou que o partido aliado a Serra "entrou no Supremo para acabar com o ProUni. A alegação política era que nivelamos a educação por baixo ao abrirmos vagas para a população mais pobre. Aconteceu o contrário, os estudantes pobres se superaram e tiveram um desempenho extraordinário."

Ao atacar o DEM, que indicou o candidato a vice Indio da Costa, Dilma cutuca também o tucano como oposicionista do programa, que prossegue com propaganda enganosa durante a campanha dizendo que defende a extensão do ProUni para o ensino médio.

"Quando criamos o ProUni entraram com uma ação no Supremo. Quem entrou? O partido aliado da candidatura alternativa à minha, o DEM", disse ela, a uma plateia de cerca de cem pessoas no auditório da Cufa (Central Única das Favelas), na Cidade de Deus.

Defesa dos professores

A petista criticou também a relação de Serra com os professores, que foi marcada pela truculência, segundo os dirigentes da Apeoesp (sindicato da categoria). Ao defender a reivindicação da classe por melhores salários e condições de trabalho, afirmou que os trabalhadores não devem ser "tratados a cacetada".

Foi uma referência aos conflitos entre professores e a polícia da administração Serra na véspera da saída do tucano do governo estadual. Ela usou também se referiu ao Bolsa Família para atacar a oposição. "Não adianta dizer que vão dobrar o Bolsa Família porque quando estavam no governo reduziram os programas sociais que tinham", ou seja, trata-se de mais uma propaganda enganosa.

Com agências

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

PSDB sucateia mais um patrimônio público: TV Cultura vai cortar programas e demitir até 1.400

Ex-secretário de Cultura do Estado de São Paulo, João Sayad assumiu a presidência da TV Cultura em junho com a missão de reduzir a TV pública paulista a uma simples TV estatal. Com o aval do ex-governador José Serra e do atual governador, Alberto Goldman, Sayad pretende reduzir ao máximo a produção de programas e cortar o número de funcionários em quase 80%, dos atuais 1.800 para 400.

Sayad pensa até em vender o patrimônio da TV Cultura. Já encomendou aos advogados da emissora um estudo sobre a viabilidade de a Fundação Padre Anchieta, mantenedora da TV, se desfazer de seus estúdios e edifícios na Água Branca, em São Paulo.

Em reuniões com diretores da emissora, Sayad tem dito que a Cultura não precisa ter mais do que 400 funcionários, que ficariam, segundo ele, muito bem instalados em um andar de um prédio comercial. A postura evidencia que a TV Cultura deixou de ser uma questão de política pública. Passou a ser um "pepino", um problema a ser eliminado pelo governo do Estado.

Fontes ouvidas pelo blog informam que Sayad vive dizendo que irá transformar a Cultura, hoje produtora de programas, em uma coprodutora. Ou seja, ela deixará de produzir programas de entretenimento. Passará a encomendá-los a produtoras independentes e a comprá-los no mercado internacional. Atrações como o Metrópolis podem estar em seus últimos dias.

O jornalismo da Cultura deixará de investir no noticiário do dia a dia, caro e mais bem produzido pelas redes comerciais. A partir de setembro, o Jornal da Cultura, com Maria Cristina Poli, passará a ser um jornal mais de debates, de discussão sobre o noticiário, do que de notícias.

Corte de receitas

A TV Cultura tem hoje um orçamento de cerca R$ 230 milhões. Desse total, R$ 50 milhões vêm da venda de espaço nos intervalos dos programas para anunciantes privados. Outros R$ 60 milhões são oriundos da prestação de serviços, como é chamada na emissora a produção de programas e vídeos para instituições como o Tribunal Superior Eleitoral, a Procuradoria da República, a TV Assembleia (do Estado de S.Paulo) e a TV Justiça.

Pois a gestão de Sayad já iniciou o desmonte dessas duas fontes de recursos. Até o ano que vem, a TV Cultura não terá mais nenhuma publicidade comercial em seus intervalos nem produzirá mais programação para órgãos públicos (a publicidade institucional, irrisória, será mantida). Dessa forma, reduzirá uma boa parte do seu número de funcionários.

Se o plano for executado, a TV Cultura sobreviverá apenas dos R$ 70 milhões que o governo do Estado aporta diretamente todos os anos, além de outros R$ 50 milhões que ela recebe pela produção de conteúdo para as secretarias estadual e municipal de Educação.

Demissões em massa

O plano de demissões de Sayad é mais complexo. Por causa das eleições de outubro, ele não pode demitir funcionários contratados em regime de CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) até dezembro. A Cultura tem entre 1.000 e 1.200 funcionários celetistas. Esses trabalhadores têm emprego garantido até janeiro. Depois, dependem da postura do novo governador do Estado. Para demitir funcionários celetistas, Sayad precisará do apoio do futuro governador, porque terá de contar com verbas extras para pagar as indenizações.

Já os profissionais contratados como pessoas jurídicas (os PJs, pessoas que têm microempresas) podem ser "demitidos" a qualquer momento. Eles seriam de 600 a 800. Os cortes devem ser feitos à medida que contratos de prestação de serviços, como o da TV Assembleia, forem vencendo e não renovados.

Outro lado

O blog tentou ouvir o presidente da Fundação Padre Anchieta, João Sayad, sobre as mudanças que ele pretende implantar na TV Cultura. Na última segunda-feira, por meio da assessoria de imprensa da emissora, pediu uma entrevista. Ontem à tarde, a TV Cultura informou que Sayad não falaria com o R7.

As informações aqui publicadas foram relatadas previamente à assessoria de imprensa da TV Cultura. Nada foi negado.

Fonte: Sindicato dos Psicólogos do Estado de São Paulo

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Berzoini: Folha está na campanha de Serra

Berzoini acusa Folha de estar em campanha para Serra

Acusação de envolvimento em dossiê apócrifo é tentativa de desqualificar sindicalistas e de mostrar PT como “partido que se dedica a manobras”

São Paulo – O deputado federal e ex-presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, acusa a Folha de S.Paulo de estar em campanha por José Serra (PSDB), candidato na corrida ao Palácio do Planalto. A crítica é a resposta do parlamentar a reportagem publicada no jornal paulista no domingo (1º), que traz informações sobre um dossiê apócrifo e com informações falsas sobre o ministro da Fazenda Guido Mantega.

“A Folha de S.Paulo está na campanha do Serra, qualquer pessoa com um mínimo de bom senso vê isso”, acusa Berzoini, em entrevista à Rede Brasil Atual. “Então, tudo o que ela puder criar de matérias que passem a ideia de que o PT é um partido que se dedica a manobras, artimanhas, a fazer jogo baixo é interessante para eles”, completa.

A reportagem da Folha sustenta, com base em declarações de pessoas “da estrutura do governo” que falaram em condição de anonimato, que o dossiê falso é atribuído a lideranças ligadas ao PT e ao sindicalismo bancário. O material acusa a filha de Mantega, Marina, de reunir-se com Paulo Caffarelli, vice-presidente do Banco do Brasil, para fazer tráfico de influência. O imbróglio envolvia o fato de que o ministro da Fazenda defendia Caffarelli na presidência do fundo de previdência dos funcionários do Banco (Previ).

Na visão de Berzoini, entre membros do primeiro escalão do governo, não há nenhum crédito nem para a acusação contra as lideranças egressas do sindicalismo bancário nem para as informações falsas do dossiê. Ele critica ainda o uso de declarações “off the record”, em que o nome da fonte da informação é ocultado.

“O off é pior do que carta apócrifa, é o último reduto dos canalhas”, afirma. O jornal cita nove pessoas que teriam confirmado as suspeitas. “Em off, sempre tem um oportunista para falar. (O jornalista) pode ouvir pessoas do terceiro ou quarto escalão, pessoas de quem ele gosta e (que) tenha prazer de ouvir”, reclama.

O ex-presidente do PT também vê uma tentativa de desqualificar lideranças sindicais. “Como temos uma bancada sindical grande na Câmara e no Senado, temos um presidente da República, a governadora do Pará e da Bahia, e vários ministros com origem sindical, eles se sentem incomodados, acham errado”, critica.

“Para setores da mídia, sindicalista é um cidadão de segunda categoria. Até hoje, não se conformam de um sindicalista ter chegado à Presidência da República”, sustenta. “Sempre que podem, procuram desqualificar o sindicalismo; a matéria (de domingo) serve a isso também”, reitera.

Do Blog de Luiz Carlos Azenha

Conflito campal entre polícias é marca da política de segurança de Serra, diz analista

Para especialistas, o conflito entre policiais civis e militares de São Paulo representa uma piora sensível da política de segurança pública do governo estadual. A condução convencional deu lugar a novos entraves. Em 16 de outubro de 2008, policiais civis, em greve havia 31 dias, realizavam um protesto em direção ao Palácio dos Bandeirantes, residência oficial do então governador paulista, José Serra, hoje candidato à Presidência da República pelo PSDB.

Mas o encontro com a Polícia Militar resultou em um enfrentamento transmitido para todo o Brasil e com repercussão internacional. Na ocasião, a batalha em campo aberto foi analisada pelo Times Online, da Grã Bretanha, em função do alerta das Nações Unidas de que deveria ser revertida a situação de baixos salários da polícia brasileira.

Serra preferiu não receber os policiais civis, dando mostras de inflexibilidade. A Polícia Militar, como fez ao longo da gestão do agora candidato à frente do estado, cumpriu a ordem de reprimir movimentos reivindicatórios. A diferença é que, desta vez, do outro lado estavam homens igualmente armados e que carregam, entre si, o peso de disputas por espaço. O resultado imediato foi de 24 feridos e manchas na imagem da política de segurança estadual.

A longo prazo, os efeitos são piores. Renato Sérgio de Lima, secretário-geral do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, lembra que foi prejudicado todo e qualquer esforço de integração das polícias. A divisão histórica é vista como um dos fatores para explicar os altos índices de criminalidade no estado, já que a comunicação entre policiamento ostensivo e investigativo fica prejudicada.

Lima lembra que, durante a gestão de Mário Covas, a primeira que o PSDB teve em São Paulo, foi feito um esforço grande na melhoria deste intercâmbio. “Se é que os governos posteriores não abandonaram isso, na prática deram menos ênfase, tiveram uma administração mais tradicional da polícia”, analisa. Ele refere-se aos seis anos de gestão de Geraldo Alckmin e três de José Serra.

O que vinha com problemas agravou-se. O especialista entende que os fatos de 2008 significam um enorme refluxo nos esforços empreendidos desde a década anterior. “É extremamente emblemático que, quando as reformas não ocorrem de uma maneira definitiva, ao menor sinal, podem retroceder muito. É uma quebra de confiança, uma fragilização da política de integração que vinha sendo conduzida há muitos anos.”

Luiz Flávio Sapori, ex-secretário de Segurança Pública de Minas Gerais e secretário-executivo do Instituto Minas pela Paz, entende que o setor de investigação vinha avançando na polícia paulista, com melhoria na resolutividade de casos. Mas, de 2008 para cá, a situação mudou. “Isso por conta do acirramento dos conflitos corporativos entre as duas polícias, que teve o ápice no enfrentamento em frente ao palácio de governo. Isso afeta a motivação policial na ponta, bem como aumenta a distância entre os trabalhos da polícia ostensiva e da polícia investigativa. À medida que esse trabalho é distante, antagônico, a eficiência na repressão ao crime diminui.”

Fonte: Sindicato dos Psicólogos do Estado de São Paulo

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Marina critica rótulo de ‘terrorista’ usado contra Dilma

A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, defendeu ontem a atuação de Dilma Rousseff (PT) na luta armada contra a ditadura militar. Em entrevista ao portal Terra, Marina repeliu a classificação de Dilma como “terrorista”. Essa classificação é difundida na internet contra a candidata do PT e fazia parte de material apócrifo distribuído no primeiro semestre por funcionários do DEM na Câmara dos Deputados.


“Acho que ela lutou por democracia. Tinha um grupo de jovens que foi à luta por um direito sagrado. Não acho que seja correto ficar chamando de terrorista”, disse Marina.

A candidata do PV manifestou-se favorável à instalação de uma Comissão da Verdade para apurar crimes políticos.

”Temos que tirar esses cadáveres do armário”, afirmou.

Marina também se declarou favorável à manutenção do status de refugiado político concedido pelo Ministério da Justiça ao escritor e ex-ativista político italiano Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua na Itália sob a acusação de que praticou quatro assassinatos.

“O Brasil tem tradição de dar abrigo, já deu até para ditadores. Por que seria diferente em dar abrigo a ele?”, questionou.

No ano passado, o Supremo Tribunal Federal considerou legal o pedido de extradição de Battisti apresentado pelo governo italiano, mas deixou para o presidente da República a decisão final. Lula ainda não decidiu o que fará.

Dilma supera, com Minas e Rio, a vantagem de Serra em São Paulo

Pesquisa não é eleição e intenção de voto não é voto, sabe-se há longo tempo. Contudo, a mais recente pesquisa feita pelo Ibope para a Rede Globo e o jornal O Estado de S. Paulo indica que o avanço da candidatura da petista Dilma Rousseff, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, superou a vantagem que seu principal adversário, José Serra, detém em São Paulo. Traduzidos para números absolutos os índices apurados pelo instituto nos três maiores colégios eleitorais do país, Dilma obteve vantagem equivalente a quase quatro milhões de votos entre os eleitores de Minas e do Rio, enquanto a vantagem de Serra em São Paulo é de aproximadamente 3,4 milhões.


De acordo com a pesquisa do Ibope, realizada entre 26 e 29 de julho, Dilma obteve 44% das intenções de voto entre os eleitores de Minas Gerais – segundo maior colégio eleitoral – enquanto Serra obteve 32%. Em números absolutos, o índice de Dilma equivale a quase 6,4 milhões de eleitores, enquanto o de Serra corresponde a 4,6 milhões. Assim, a vantagem da candidata petista é superior a 1,7 milhão.

No Rio, o Ibope apontou 46% para Dilma e 27% para Serra. Os índices equivalem a pouco menos de 5,3 milhões para a petista e a 3,1 milhões para Serra. A diferença, em favor de Dilma, é de quase 2,2 milhões.

Em São Paulo, de acordo com o Ibope, o presidenciável tucano obteve 44% das intenções de voto contra 33% obtidos pela presidenciável do PT. A diferença em favor de Serra, de 11 pontos percentuais, equivale a 3,3 milhões de votos.

Pesquisa Ibope nos três maiores colégios eleitorais

São Paulo

Dilma …….. 33% (9,99 milhões)



Serra …….. 44%  (13,33 milhões)

Diferença: 11 pontos (3,33 milhões)

Minas Gerais

Dilma …….. 44% (6,38 milhões)

Serra …….. 32% (4,64 milhões)

Diferença: 12 pontos (1,74 milhão)

Rio de Janeiro

Dilma ……. 46% (5,29 milhões)

Serra ……. 27% (3,10 milhões)

Diferença: 19 pontos (2,18 milhões)

Fonte: Brasilia Confidencial

SERRA PERDE ONDE ALCKMIN PERDEU; E NÃO IGUALA A VANTAGEM ONDE ELE GANHOU

2010 X 2006



As pesquisas divulgadas pelo Ibope revelam uma aproximação do cenário eleitoral deste ano com o resultado das urnas no primeiro turno de 2006, vencido pelo presidente Lula...Alguns dos maiores colégios eleitorais, como Minas, Rio e SP, que somam 41,5% dos votos, mostram uma distância entre Dilma e Serra semelhante à diferença entre Lula e Alckmin em 2006. No Rio, a diferença de 20,3 pontos a favor de Lula em 2006 (49,1% a 28,8%), ficou em 19 pontos pró-Dilma (46% a 27%). Em Minas, Lula venceu Alckmin no primeiro turno de 2006 por 10,2 pontos (50,8% a 40,6%). Agora, sua candidata derrotaria Serra por 44% a 32% - 12 pontos. Em São Paulo, em contrapartida, Serra ainda não conseguiu o mesmo apoio de seu antecessor (17,4 de vantagem em 2006 contra uma diferença de 11 pontos hoje). Em outros regiões e estados importantes, exceto no Espírito Santo --onde Lula levou a dianteira em 15,8 pontos e Dilma ainda está dois pontos abaixo de Serra-- quando há diferença frente ao padrão de 2006, a tendência é essa: derrota de Serra, como no Distrito Federal --onde Alckmin teve vantagem de 7 pontos e hoje Dilma tem 11 de supremacia--, ou o estreitamento da liderança tucana em relação ao que obteve Alckmin há quatro anos.

Emir Sader