Análise feita por especialistas consultados para matéria da Agência Brasil, a partir de um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), indica que a saída de 9,5 milhões de pessoas da indigência, além de 18,4 milhões da pobreza, entre os anos de 2004 e 2008, no período Lula, mudaram o perfil do eleitorado brasileiro.
“Essas pessoas que tiveram uma ascensão social estarão mais preocupadas em preservar algum patrimônio. Elas provavelmente mudaram o lugar de moradia, seus filhos agora estudam, e elas estarão preocupadas com essas coisas”, avalia o cientista político da Universidade de Brasília, David Fleischer.
Em decorrência da mudança desse perfil, diz, esses eleitores podem se tornar mais exigentes não apenas em relação a bens de consumo, mas também no que diz respeito a temas ligados a educação e saúde.
O economista e pesquisador do Centro de Estudos Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV), Marcelo Nery, acrescenta outra avaliação importante. Para ele, a chamada “nova classe C”, embora não seja homogênea, é formada por cidadãos que tendem a ser menos vulneráveis à manipulação eleitoral.
Claro, tal amadurecimento é decorrente da longa solidificação da democracia política no país. Os dados e as análises são animadores para os brasileiros que, há 20 anos, achávamos que nosso país não tinha jeito. E mostram que a democracia política e a democracia social são absolutamente dependentes entre si.
Por tudo isso, a continuidade de políticas sociais sérias e que universalizam os direitos só não são bem vistas pelos que se locupletam com o atraso e a injustiça.
Fonte: Visão Oeste
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