Na última reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) em 2009, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que sua reeleição no segundo turno em 2006 provou que o Brasil tem maturidade política e que a crise econômica demonstrou fundamentos sólidos do país apesar de a oposição atribuir bons resultados do seu governo ao acaso e à conjuntura internacional.
Lula afirmou também que o último ano do seu segundo mandato terá de ser de mais trabalho porque "quando chegar 31 de dezembro de 2010 vamos comemorar um ciclo e nos preparar para um novo ciclo". O presidente já apontou a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, presente na reunião do CDES, como sua favorita para sucedê-lo no Palácio do Planalto.
"Tem duas coisas que agradeço a Deus. Primeiro o segundo turno na eleição de 2006, porque se ganhasse no primeiro turno as pessoas ficariam remoendo. E outra é que foi preciso ter uma crise econômica para alguns perceberem que não era questão de sorte (a recuperação do Brasil). Era porque o país estava arrumado", disse Lula em discurso.
O presidente recomendou cautela em meio à euforia de gastos de fim de ano. "É só não ficar rasgando dinheiro, aplicando errado que tudo dá certo", comentou. Mas em seguida exaltou a perspectiva de empregos no Brasil no ano que vem. "O presidente Obama está comemorando a diminuição da queda do emprego nos Estados Unidos. Nós comemoramos aumento do emprego. E com viés de alta", afirmou.
Lula afirmou que 2010 será um ano mais difícil para a administração pública porque "antes o Brasil não tinha nada e não tinha muito com que se preocupar". "Agora temos poder de veto no FMI (Fundo Monetário Internacional). Agora nós temos um patrimônio. Por isso, passem bem o Natal, comprem todos panetones que quiserem comprar, mas no ano que vem se preparem. Vamos ter que trabalhar um pouco mais."
Em tom de brincadeira, o presidente criticou companheiros de governo que deixarão os cargos até março para disputar as eleições de 2010. "Não sei porque porcaria as pessoas querem se candidatar", disse ele, que antes de vencer as eleições presidenciais de 2002 perdeu três vezes consecutivas.
Fonte: UOL
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