quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Desmatamento na Amazônia atinge menor taxa em 22 anos

A taxa de desmatamento na Amazônia Legal caiu 14% entre agosto de 2009 e julho de 2010, segundo revelação do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) nesta quarta-feira. É o menor índice verificado desde 1988, quando o INPE iniciousua série de levantamentos anuais. Projetado a partir de 93 imagens de satélite, o desflorestamento foi estimado em 6.451 quilômetros quadrados.


Na medição de 2009, este número foi de 7,6 mil km². Do total desmatado, o Pará responde por mais da metade: 3.710 km². A seguir, muito distante, aparece o Mato Grosso com 828 km². acompanhado pelo Maranhão (679 km²) , Amazonas (474 km²), Rondônia (427 km²), Acre (273 km²) e Tocantins (60 km²). Amapá e Roraima não foram avaliados na estimativa.

Recuo nos líderes do ranking - Realizada através do Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), a pesquisa computa como desmatamento as áreas maiores que 6,25 hectares onde ocorreu remoção completa da cobertura florestal (corte raso).

Os dados ficaram acima do esperado pelo governo, que trabalhava com uma taxa em torno de 5 mil km². De qualquer forma, o INPE registrou redução significativa do desmatamento nos três estados que tradicionalmente lideram o ranking de derrubadas: Mato Grosso, Pará e Rondônia.

Mais próximo da meta – Agora, com a taxa de anual de 6 mil km², o Brasil se aproxima da meta de reduzir o desmatamento da Amazônia em 80% até 2020, segundo o Plano Nacional de Mudanças Climáticas. Assumido em compromisso internacional, o cronograma tem o objetivo de, ao final da próxima década, alcançar a uma taxa anual de 3,5 mil km² de desmatamento.

O governo já cogita antecipar o cumprimento da meta para 2016.

Para o diretor do INPE, Gilberto Câmara, a diminuição na derrubada de florestas é conseqüência de várias ações, o que engloba a fiscalização do Ibama e da Polícia Federal, ambos informados via monitoramento por satélite, agregado a uma maior responsabilidade empresarial que estaria reduzindo a compra de produtos – como carne e soja – oriundos de áreas desmatadas. Os novos dados do INPE devem ser apresentados pela ministra Izabella Teixeira (foto), do Meio Ambiente, na conferência sobre mudanças climáticas (Cop-16) em realização no México.

Fonte: Brasília Confidencial

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