sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Lula, consagrado o Filho do Brasil.



Por Lucio Costa

No primeiro dia de estréia do filme, Lula o filho do Brasil, fui até o cinema para conferir e durante o filme cheguei a algumas conclusões.
Conclusões essas, que me fizeram questionar sobre o contexto de fabricação de ídolos, que alguns artistas sem méritos de relevância social, acabam tendo e são colocados como vitrines ou espelhos para a população brasileira.

Os meios de comunicação, que esquecem funcionar através de concessão publica e têm um lado ideológico em vários conteúdos de sua programação, constroem ciclos com artistas, atribuindo a essas pessoas o papel de pessoas vencedoras ou merecedoras de serem admiradas.

Tenho o reconhecimento que quem possui uma veia, ou um dom artístico, é merecedor de ter, ou não, a sua arte admirada e reconhecida, seja através da critica pelo não agrado de sua obra, como pela critica de valorização de seu trabalho. Um artista que produz a arte pela sua inspiração, não se importa em fazer parte da linha ditatorial de produção comercial.

A valorização das produções artísticas passa muito distante do endeusamento atribuído a essas pessoas, colocando elas como inabaláveis ou merecedoras de serem seguidas, ou como exemplo de seres humanos, uma vez que um ídolo para ser um ídolo comercial, não tem como atribuição lutar pelas desigualdades sócias, mas sim, ser uma pessoa que hipoteticamente, veio de uma família pobre e conseguiu ficar rica e que se encaixou dentro dos padrões de belezas exigidos pelos meios de comunicação de massa.

A produção gigante e parcial ideologicamente dos “donos” da informação brasileira, de valorizar as pessoas pelo que elas têm e não pelo que elas fizeram de bom para a sociedade, é sem duvida alguma, ponto de questionamento do porque esconder ou não dar importância para quem dá a vida pelo bem estar social e do porque da valorização da futilidade.

O filme Lula o filho do Brasil, inverte essa lógica comercial, fazendo o que eles não fazem que é retratar a vida de um homem que a sociedade se orgulha de tê-lo como brasileiro e que sem duvida, muito contribui com a nossa sociedade, tendo como objetivo os interesses sociais a cima de seus interesses pessoais, se mostrando um verdadeiro artista na sua trajetória de vida e hoje tem o seu reconhecimento, não porque ficou rico ou atingiu o padrão de beleza imposto pela mídia, mas por ter dedicado a sua vida a humanização da sociedade em que vive.

Lucio Costa

Um comentário:

  1. Senti o mesmo que você, e refleti sobre a 'construção de ídolos'...
    Além de me dar mais vontade de lutar pela IGUALDADE.
    'Lula o Filho do Brasil' traz a luz a necessidade de se 'teimar', teimamos, e conquistemos, a união do coletivo é a maior força que se pode ter.
    Parabéns pelo texto!!!

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