Dilma Rousseff é a nova presidente do Brasil. A primeira mulher a ocupar o cargo representa por si só um marco político na história do País. Se não bastasse, as origens de Dilma, sua história de luta pela democracia e justiça social e sua identidade com um projeto democrático e popular são razões de orgulho para todos os que sonham com um país justo e soberano.
A vitória de Dilma é, para a classe trabalhadora, motivo de grande orgulho e alegria. É a vitória da esperança de um país ainda melhor, para seguir o processo de transformação iniciado há oito anos com o governo de Lula, operário, sindicalista e fundador da CUT e do PT.
Durante o processo eleitoral, enfrentamos uma campanha truculenta do candidato da aliança PSDB/DEM recheada de mentiras, baixarias, demagogia e manipulações sórdidas – reproduzidas pela velha mídia conservadora, contra a candidata, e hoje presidente da república, Dilma Rousseff.
Mas o ódio das elites e da mídia não se dirigiu apenas à figura de Dilma e do presidente Lula. Buscaram atingir a democracia e os movimentos sociais, as mudanças e os avanços conquistados nestes últimos oito anos, sem aceitar o crescimento econômico com soberania e que o Brasil tenha se tornado menos desigual e injusto.
Mais uma vez, o povo brasileiro rejeitou nas urnas, como em 2002 e 2006, a campanha baseada nas mentiras, dizendo não ao entreguismo e privatizações, a retirada de direitos, ao desemprego e a criminalização dos movimentos sociais.
Uma fala do filósofo Leonardo Boff resume o sentimento desta conquista. “Se vitória de Lula representou a vitória da esperança contra o medo, a de Dilma representou a vitória da verdade contra a mentira, calúnia e tentativa de difamação.”
Agora após as apurações, é o momento de comemorarmos a vitória do povo brasileiro.
E também para reafirmar que as mudanças em curso devem ser aprofundadas. O SinPsi estará mobilizado juntamente com as outras entidades que representam a classe trabalhadora na agenda de lutas gerais, como a redução da jornada de trabalho para 40 horas, pelo fim do fator previdenciário e sem aumento na idade mínima da aposentadoria, pela utilização no desenvolvimento social dos recursos obtidos no pré-sal, pela valorização do salário mínimo, pelo fortalecimento da organização sindical e democratização das relações de trabalho, pela igualdade, distribuição de renda e inclusão social, por um Estado democrático com caráter público e participação ativa da sociedade.
Buscaremos também avanços nas condições de trabalho para os psicólogos e psicólogas tanto no serviço público como no privado. A luta pela redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais sem redução de salários ganha um destaque especial no próximo período.
Contamos com apoio amplo da categoria. Exemplo disto é o número de assinaturas nos manifestos publicados em nosso site. Foram 6.654 assinaturas enviadas aos Deputados Federais e Senadores.
Isto deixa claro o quanto representa esta conquista para a categoria. É importante registrar que em diversos municípios e estados, por meio de processos de negociação coletiva, já conquistamos a redução da jornada para 30 horas semanais. Em nenhum desses casos há relato ou avaliação de que a redução trouxe prejuízos, pelo contrário, a jornada reduzida é frequentemente apontada como componente de melhoria das condições de trabalho, com reflexos positivos diretos na qualidade dos serviços.
Mas temos a certeza de que a aprovação de uma lei federal (no Congresso Nacional) é o caminho mais efetivo e por esta razão estaremos realizando uma grande mobilização no próximo período, cobrando dos candidatos eleitos compromisso com as nossas lutas.
- Clique aqui e tenha maiores informações sobre a jornada de 30 horas
- Clique aqui para asssinar o Manifesto redigido pela FenaPsi e pelo CFP
Fonte: Sindicato dos Psicólogos do Estado de São Paulo
Os patriotários prometem atacar de novo
Há 10 meses
Nenhum comentário:
Postar um comentário