terça-feira, 8 de junho de 2010

O reinado ---- as drogas --- a venda da saúde pública para os amigos.


Hoje, em reunião com “especialistas em políticas públicas” contra drogas, Serra afirmou que se ganhar as eleições de 2010, financiara através do SUS, internação para dependentes químicos.

O fato é, que o Sr. Candidato continuara fazendo, o que nesses 16 anos de governo do PSDB no estado de São Paulo tem feito. Enxugar e sucatear a maquina estatal, lutando com unhas e dentes para conseguir privatizar o Sistema Único de Saúde - SUS

A maior parcela da população paulista, aceitou uma política de sucateamento do Estado, não se importando com a política NEOLIBERAL tucana. Não quero acreditar que a oligarquia burguesa paulista, representada pelo PSDB / DEM/PPS e aliados no estado de São Paulo, ainda seja eleita, porque esse projeto neoliberal de governar tenha sido escolhido de uma forma consciente pela sociedade paulista.

Acredito (para não me desmotivar) que a sociedade ainda não entendeu que partidos políticos são diferentes sim, em sua maneira de gerenciar o público, e que essa mesma sociedade que sustenta a hegemonia PSDB-DEM no estado de São Paulo, ainda sustenta, porque não entendeu até hoje as conseqüências dessa política suja, de entreguismo do PÚBLICO para os amigos da iniciativa privada e/ou para os amigos das chamadas “OSs” (Organização Social).

No caso especifico do tratamento para as pessoas usuárias de drogas, o candidato Serra confirma sua postura ideológica neoliberal, quando propõe que o SUS financie a internação de dependentes químicos em clinicas especializadas, ou comunidades terapêuticas.

Nessa mesma reunião, Serra tentou minimizar a importância do investimento de mais de 400 milhões feito pelo Governo Federal no mês passado no combate ao CRACK, e no investimento maciço na rede de tratamento(humanizado) através dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e dos Consultórios de Rua, que visa trabalhar com um consultório itinerante com equipes multidisciplinares, indo ao encontro da população que estejam em situação de rua, usuários de drogas, oferecendo o serviço de tratamento, aquelas pessoas que muitas vezes não sabem onde, não quer e não consegue procurar ajuda para se libertar do vicio.

Outro ponto demagógico nessa reunião com os “especialistas” é que nesse ano acontecerá a Conferência Nacional de Saúde Mental no final de junho e como qualquer Conferência, existe etapas anteriores a serem cumpridas a etapa Nacional, através das municipais e estaduais.

Devido à onda de terceirização da saúde pública no Estado de São Paulo, já era de se esperar que o governador (SERRA), iria enrolar na convocação da etapa estadual, no sentido de tentar desmobilizar os movimentos sociais e evitar as criticas a sua pessoa, pela sua incompetência e (dês) governo com a saúde no estado.

Para a nossa maior surpresa, o Governo do Estado de São Paulo simplesmente se negou a chamar a etapa estadual da Conferência de Saúde Mental.

Com a pressão dos movimentos sociais e do Conselho Estadual de Saúde, a prefeitura de São Bernardo do Campo, por perceber o descaso do estado com o tema, garantiu com que uma Plenária Estadual de Saúde Mental, fosse chamada em São Bernardo, onde o município se responsabilizou em oferecer as condições necessárias para a realização da plenária.

Relato esse fato, pois quando Serra diz estar preocupado com a questão das drogas no estado, podemos perceber uma completa demagogia eleitoral.

Se José Serra estivesse comprometido com os usuários de drogas, com a saúde pública e/ou preocupado em oferecer um tratamento digno para as pessoas que sofrem desse vicio, ele teria priorizado a convocação da Conferência Estadual de Saúde Mental, que tinha como objetivo tratar, além das problemáticas da dependência química, as situações de abandono de aproximadamente 6 mil moradores dos hospitais psiquiátricos do estado, que encontram-se jogados e esquecidos em condições sub-humanas e que em sua maioria, esses hospitais são privados, ou de “OSs”(como ele gosta de dizer).

Ele continua na lógica manicomial de tratamento com os usuários de drogas. Na lógica de tratamento a base do cassete.

Isso a sociedade não pode aceitar. Internação involuntária, não é igual à política pública; ainda mas quando a internação tem interesses além de oferecer o tratamento.

Qualquer pessoa com problema de saúde, seja qual problema for, tem que ter o seu direito garantido de ser tratado em hospital público, pelo SUS e não por empresa que explora a doença e pouco faz pela saúde.

Não confundamos especialistas de mercado, com especialistas de políticas sérias e públicas!

Confira a entrevista absurda do SERRA aqui

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